sábado, 30 de setembro de 2023

Por que o Sem Transtorno não apoia o Setembro Amarelo?

(Imagem: Freepik)

Todos os anos, principalmente durante o mês de setembro, recebo muitas mensagens e sugestões para publicações relacionadas ao Setembro Amarelo. No entanto, na maioria das vezes prefiro não explicar meus motivos para não aderir à campanha. 

Pensando melhor, entendi que é importante que eu também compartilhe meu ponto de vista, pois estou aqui à frente do Sem Transtorno para promover a conscientização sobre saúde mental, não é? Então vamos à minha argumentação.

Embora seja uma iniciativa valiosa, destinada a aumentar a conscientização sobre a prevenção do suicídio e a promoção da saúde mental, a campanha Setembro Amarelo também apresenta alguns pontos negativos que merecem ser considerados. Uma das minhas principais preocupações é que, assim como provoca gatilhos emocionais em mim, também pode afetar outras pessoas mais sensíveis que acompanham o meu trabalho. A campanha aborda um tópico extremamente delicado, e algumas pessoas podem ter experiências pessoais relacionadas ao tema ou a problemas de saúde mental.

Alguns dos gatilhos que podem ser desencadeados incluem:

1. Lembranças traumáticas: Pessoas que perderam entes queridos para o suicídio ou que tiveram experiências traumáticas relacionadas à saúde mental podem ser afetadas emocionalmente pela campanha.

2. Experiências pessoais: Indivíduos que lutam ou lutaram contra problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade ou ideações suicidas, podem encontrar a discussão sobre o suicídio perturbadora.

3. Sensibilidade emocional: Mesmo aqueles que não têm experiências diretas podem ser sensíveis ao tema do suicídio devido à sua natureza emocionalmente carregada.

Outros motivos que me fazem não divulgar a campanha Setembro Amarelo: 

1. Equívoco na abordagem: O Setembro Amarelo muitas vezes se concentra em falar sobre o problema do suicídio, mas não enfatiza o suficiente a importância da promoção da saúde mental de maneira geral, como a prevenção de transtornos mentais, o acesso a tratamentos e o apoio emocional. 

2. Estigmatização: Em alguns casos, a campanha pode inadvertidamente estigmatizar as pessoas que sofrem de problemas de saúde mental ao destacar a questão do suicídio de forma isolada. Isso pode fazer com que as pessoas se sintam mais desconfortáveis em buscar ajuda, em vez de se sentirem apoiadas.

3. Ênfase excessiva na mídia: A campanha pode ser, em alguns casos, excessivamente influenciada pela mídia, resultando em uma abordagem sensacionalista que pode não ser benéfica para a discussão responsável e sensível do tema.

4. Falta de recursos: O Setembro Amarelo destaca a conscientização, mas nem sempre leva em consideração a necessidade de recursos tangíveis para apoiar as pessoas em risco. A falta de financiamento para serviços de saúde mental pode limitar a eficácia da campanha.

5. Foco na crise, não na prevenção a longo prazo: Embora a campanha seja importante para criar conscientização sobre o risco iminente do suicídio, ela pode não enfatizar o suficiente a importância da prevenção a longo prazo, como o desenvolvimento de resiliência e habilidades de enfrentamento desde a infância.

6. Risco do aumento de comportamentos suicidas: Existem preocupações legítimas de que, ao ampliar demais o tema do suicídio sem cuidados adequados na abordagem e na cobertura da mídia, a campanha possa inadvertidamente incentivar pensamentos e comportamentos suicidas em algumas pessoas. Isso ocorre porque a exposição a histórias de suicídio pode normalizar o comportamento e criar um "efeito de contágio" ou "efeito de imitação", levando outros a considerarem o mesmo caminho.

É muito importante que a campanha Setembro Amarelo seja realizada com sensibilidade e responsabilidade. Isso inclui a divulgação de informações sobre onde as pessoas podem procurar apoio emocional e ajuda profissional se necessário, bem como a criação de espaços seguros para discussões sobre o tema (como o grupo de apoio Sem Transtorno, por exemplo).

Campanhas de conscientização, como o Setembro Amarelo, deveriam considerar diretrizes éticas para a divulgação de informações sobre o suicídio. Isso inclui:

1. Evitar detalhes sensacionalistas: As histórias de suicídio não devem ser relatadas de maneira sensacionalista ou romântica, para não atrair a atenção indesejada.

2. Fornecer informações corretas e úteis: As campanhas devem incluir informações sobre como buscar ajuda, como identificar sinais de risco e como apoiar aqueles que estão em necessidade.

3. Destacar histórias de recuperação: Além de relatar histórias de perda, é importante destacar histórias de recuperação e superação para dar esperança às pessoas que estão lutando com problemas de saúde mental.

4. Reforçar a importância do diálogo: Incentivar o diálogo aberto sobre saúde mental e a importância de buscar ajuda quando necessário.

5. Monitoramento da mídia: A mídia deve ter cuidado ao relatar casos de suicídio e seguir diretrizes de reportagem responsável.

6. Acesso a recursos: Certificar-se de que as pessoas que precisam de apoio tenham acesso a recursos de saúde mental.

Em resumo, a conscientização sobre o suicídio é necessária, mas deve ser conduzida com responsabilidade para evitar possíveis efeitos contraproducentes. O equilíbrio entre destacar o problema e promover a prevenção responsável é fundamental para o sucesso de campanhas de conscientização desse tipo. Isso inclui a divulgação de informações sobre onde as pessoas podem procurar apoio emocional e ajuda profissional quando necessário, bem como a criação de espaços seguros para discussões sobre o tema, como o próprio grupo de apoio Sem Transtorno, por exemplo. 

O Setembro Amarelo é uma campanha importante, que coloca em destaque uma questão crítica de saúde pública. No entanto, deve levar em conta os pontos negativos para garantir que a conscientização sobre o suicídio seja acompanhada de ações concretas, que promovam uma abordagem menos "marqueteira" e mais eficaz para a saúde mental.


Karen Terahata - Fundadora do projeto Sem Transtorno
www.semtranstorno.blogspot.com
Contato: semtranstorno@gmail.com
Instagram: @semtranstorno


sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Prefeitura de Montes Claros realiza roda de conversa sobre depressão com idosos

(Imagem: Freepik)

Como parte das celebrações da Semana do Idoso, a Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Montes Claros (MG) realizou uma roda de conversa sobre "Depressão" com os idosos participantes do programa Viver Mais nesta quinta-feira. Durante o evento, os idosos compartilharam reflexões sobre a importância do autocuidado.

Em colaboração com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMMA), foram distribuídas 40 mudas de plantas aos participantes do programa. Inicialmente, 40 acadêmicos do curso de Psicologia receberam as mudas, mas depois foram convidados a escolher um idoso para presenteá-lo com a planta.

Marina Mendonça Maciel, coordenadora do Programa Viver Mais, explicou que essa dinâmica foi escolhida para promover a interação entre os participantes e incentivar a reflexão sobre o altruísmo, enfatizando que não devemos buscar apenas o benefício pessoal, pois isso pode transformar a vida das pessoas.

Newton Júnior, psicólogo do programa, destacou a importância de eventos como esse, que criam um ambiente propício para abordar o tema da depressão e ajudar os idosos a evitar crises existenciais. Ele enfatizou a necessidade de refletir sobre o potencial de cada um, indo além de ficar apenas em casa, e elogiou o programa por proporcionar momentos de alegria.

Elinalva de Jesus Ramos, moradora do bairro Planalto e participante do programa Viver Mais há quatro meses, compartilhou sua experiência pessoal, enfatizando a importância de discutir a saúde mental e o autocuidado. Ela mencionou que superou a síndrome do pânico e momentos de autodestruição, e agora dedica-se a ajudar outras pessoas a não enfrentarem a depressão.

A Semana do Idoso do Programa Viver Mais será encerrada no sábado, 30 de setembro, com um programa de rádio ao vivo apresentado por Gelson Dias e Du Novais. O programa contará com conversas, músicas, brincadeiras e uma apresentação da banda da Guarda Municipal de Montes Claros.


(Fonte: Portal Montes Claros)

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Apenas um terço da população idosa recebe tratamento adequado para transtornos de ansiedade

(Imagem: Freepik)

Os transtornos de ansiedade são condições de saúde mental que afetam pessoas de todas as idades, incluindo os idosos. No entanto, muitas vezes, os transtornos de ansiedade em idosos são subdiagnosticados e subtratados, o que pode ter consequências significativas para sua qualidade de vida e bem-estar.

Existem várias razões pelas quais os idosos podem não receber o tratamento adequado para transtornos de ansiedade, entre elas:

1. Estigma: Em algumas culturas e gerações, o estigma associado à saúde mental ainda é prevalente. Os idosos podem se sentir relutantes em buscar ajuda devido ao medo do estigma ou ao desconhecimento sobre transtornos de ansiedade.

2. Comorbidades: Os idosos muitas vezes têm várias condições médicas crônicas, o que pode dificultar o diagnóstico e tratamento de transtornos de ansiedade. Os sintomas de ansiedade podem ser atribuídos erroneamente a outras condições médicas.

3. Falta de reconhecimento: Os sintomas de ansiedade em idosos podem ser diferentes dos observados em adultos mais jovens. Eles podem ser atribuídos ao envelhecimento, como insônia, dores crônicas ou preocupações com a saúde, o que pode fazer com que os sintomas de ansiedade passem despercebidos.

4. Acesso limitado a serviços de saúde mental: Em muitos lugares, especialmente em áreas rurais ou em países com sistemas de saúde subdesenvolvidos, o acesso a serviços de saúde mental é limitado. Os idosos podem enfrentar barreiras geográficas, financeiras ou de transporte para obter tratamento adequado.

5. Falta de conscientização: Tanto os idosos quanto os profissionais de saúde podem não estar cientes dos sintomas de ansiedade em pessoas mais velhas. Isso pode atrasar o diagnóstico e tratamento.

É importante destacar a necessidade de conscientização e educação contínuas sobre saúde mental em idosos, bem como a importância de garantir que os serviços de saúde mental sejam acessíveis e culturalmente sensíveis às necessidades dessa população. Isso pode incluir treinamento para profissionais de saúde para reconhecer e tratar transtornos de ansiedade em idosos, bem como políticas que facilitem o acesso a serviços de saúde mental.

Além disso, familiares e cuidadores desempenham um papel fundamental na identificação e apoio a idosos que possam estar sofrendo de transtornos de ansiedade. A detecção precoce e o tratamento adequado podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos idosos e ajudá-los a lidar com os desafios emocionais que enfrentam.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Dia Mundial de Combate ao Estresse é celebrado neste sábado

(Imagem: Freepik)


O estresse, considerado o mal do século XXI, é uma resposta natural do corpo a estímulos que podem causar reações físicas e emocionais, como aceleração da respiração e batimentos cardíacos, conhecida como "reação de luta ou fuga". Neste sábado (30), Dia Mundial do Combate ao Estresse, é importante destacar os danos que ele pode causar à saúde.

O estresse pode surgir de diversas situações, como extremos de temperatura (estresse térmico), uso de substâncias psicoativas (estresse químico), eventos psicológicos ou sociais, como perdas pessoais, e na vida cotidiana, seja no trabalho ou no ambiente pessoal.

É fundamental reconhecer que não é possível eliminar completamente o estresse, mas devemos prestar atenção aos sinais que nosso corpo nos envia. O estresse prolongado pode desencadear doenças cardiovasculares e outras manifestações físicas e emocionais, como fadiga e problemas psicológicos, incluindo depressão, síndrome do pânico e síndrome de Burnout.

Para evitar situações estressantes, é recomendável praticar atividades de autocuidado, como respiração profunda e automassagem, evitar o uso de celulares antes de dormir, manter uma dieta adequada e fazer exercícios físicos. 

Manter contato com amigos e familiares, gerenciar o tempo e equilibrar o trabalho com momentos de lazer também são essenciais para uma rotina menos estressante. Além disso, buscar refúgio em atividades terapêuticas, como interagir com animais, pode ser uma maneira eficaz de aliviar o estresse e recarregar as energias.


(Fonte: Site da Prefeitura do Rio de Janeiro)

terça-feira, 26 de setembro de 2023

"Síndrome da Gaiola": jovens não estão querendo sair de casa

(Imagem: Freepik)

No Brasil, enfrentamos uma preocupante epidemia de transtornos de ansiedade, com uma taxa de 26,8% da população diagnosticada, segundo a OMS.

Os jovens entre 18 e 24 anos são os mais afetados, com impressionantes 31,6% sofrendo desse transtorno.

Esse quadro pode levar à "síndrome da gaiola", na qual indivíduos, sobrecarregados por ansiedade e pressões sociais, se isolam em seus quartos ou dentro de casa, recusando-se a interagir com o mundo exterior. Esse fenômeno ganhou força após a pandemia, quando os jovens se sentiram mais seguros em casa.

O termo "síndrome da gaiola" enfatiza a sensação de prisão e isolamento dessa condição, destacando a importância de reconhecê-la e buscar ajuda para superar o ciclo de ansiedade, depressão e isolamento que pode resultar dela. Um relatório de 2022 revelou que muitos jovens sentem que seus lares não refletem sua identidade, levando a comportamentos de reclusão.

Para combater essa síndrome e a alta taxa de ansiedade, é crucial promover a interação de crianças com outras pessoas e a natureza. Estimular conexões sociais e com o ambiente natural é fundamental para a saúde mental.

O Brasil pode liderar não apenas em prevalência, mas também em busca de soluções que fortaleçam a saúde mental da população, criando um ambiente propício para o desenvolvimento emocional e social. É hora de quebrar barreiras e construir um futuro mentalmente mais saudável.

(Fonte: Estado de Minas)

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Mulheres vivem mais, mas são afetadas com maior frequência por algumas doenças

(Imagem: Freepik)


As mulheres têm uma expectativa de vida mais longa do que os homens, com taxas de mortalidade menores. Em 2012, 74,5% dos homens e 69,5% das mulheres morreram de causas evitáveis, enquanto em 2021 essas taxas foram de 78,6% para homens e 77,4% para mulheres. 

A maior longevidade das mulheres é atribuída ao seu autocuidado, com maior atenção à saúde, busca por atendimento médico e exames periódicos. No entanto, apesar de viverem mais, as mulheres enfrentam uma maior prevalência de doenças como depressão, Alzheimer e osteoporose devido a fatores biológicos e de estilo de vida.

A diminuição do estrogênio no organismo das mulheres à medida que envelhecem as torna mais vulneráveis a certas doenças, mas também há fatores sociais, como sobrecarga de tarefas, desigualdades no mercado de trabalho e violência, que afetam sua saúde.


(Fonte: UOL VivaBem)

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Grupo de Apoio presencial para pessoas com pânico e ansiedade generalizada está de volta no Rio de Janeiro

Encontros acontecerão em clínica da Barra da Tijuca e serão gratuitos


Fundado em fevereiro de 2014, o Grupo de Apoio Sem Transtorno retomará suas atividades presenciais no próximo dia 7 de outubro, sábado, na nova unidade da clínica Núcleo Integrado Ana Café, localizada no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca.


O projeto tem como objetivo acolher e encorajar pessoas com transtornos de ansiedade, como a síndrome do pânico e a ansiedade generalizada (TAG), com os quais sua idealizadora, a jornalista Karen Terahata, convive há cerca de 25 anos.


Os encontros acontecerão a partir do dia 7 de outubro, sempre no primeiro sábado do mês, das 9h30 às 11h30, e serão gratuitos. Familiares também são bem-vindos.


As inscrições devem ser feitas clicando neste link ou enviando e-mail para semtranstorno@gmail.com





quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Sem Transtorno 16 anos: nesta quarta tem live às 20h!

 Nesta quarta-feira, a psicóloga Ana Café, fundadora da clínica Núcleo Integrado, conversa com a criadora do Sem Transtorno, Karen Terahata, sobre os 16 anos do projeto. 

O bate-papo acontece a partir das 20h, no Instagram do @nucleointegradoanacafe e do @semtranstorno , esperamos vocês!





terça-feira, 19 de setembro de 2023

Insônia pode sugerir algum transtorno

(Imagem: Freepik)

Uma boa noite de sono desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde mental. A falta de sono noturno pode resultar em irritabilidade, desânimo, tristeza, problemas de memória e dificuldades de concentração durante o dia.

A insônia pode ser causada por diversas situações, incluindo condições médicas como fibromialgia, ansiedade, depressão, doenças neurológicas como a doença de Parkinson e o Alzheimer, distúrbios hormonais como hiper e hipotireoidismo, e também fatores emocionais.

Se persistente, a insônia pode levar a problemas de saúde mais graves, como doenças cardiovasculares, distúrbios respiratórios e transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade. Além disso, transtornos mentais como bipolaridade, esquizofrenia e TDAH frequentemente estão associados a problemas de sono.

Os médicos identificam três tipos principais de insônia: a inicial, que envolve dificuldade em adormecer; a intermediária, onde a pessoa acorda no meio da noite e tem dificuldade em voltar a dormir; e a terminal, quando a pessoa acorda muito cedo e não consegue dormir novamente.

A atividade física pode ajudar a melhorar o sono, mas é aconselhável evitar exercícios intensos à noite, pois podem causar agitação.


(Fonte: Meu Valor Digital)

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Tabaco + cannabis: risco de transtornos é maior

(Imagem: Freepik)

O uso simultâneo de tabaco e cannabis está associado a um maior risco de ansiedade e depressão, de acordo com um estudo recente realizado por cientistas da Universidade da Califórnia. Os pesquisadores analisaram respostas de 53.843 adultos dos EUA que participaram do estudo COVID-19 Citizens Health, conduzido de 2020 a 2022.

No estudo, 4,9% dos participantes relataram usar apenas tabaco, 6,9% relataram usar apenas cannabis e 1,6% relataram o uso conjunto das duas substâncias. Entre os que faziam uso conjunto, 26,5% relataram ansiedade e 28,3% relataram depressão. Em comparação, entre os que não usavam tabaco ou cannabis, apenas 10,6% relataram ansiedade e 11,2% relataram depressão.

Os pesquisadores calcularam que a probabilidade de desenvolver esses transtornos mentais é cerca de 1,8 vezes maior para os que fazem uso conjunto em comparação com os que não usam nenhuma das substâncias. Além disso, o uso conjunto e o uso exclusivo de cannabis foram associados a um risco maior de ansiedade em comparação com o uso exclusivo de tabaco.

Embora não seja possível estabelecer uma relação de causalidade direta, os cientistas concluíram que existe uma associação entre o uso combinado de tabaco e cannabis e problemas de saúde mental. Dado que o tabaco e a cannabis são amplamente consumidos em todo o mundo, e o uso combinado está aumentando devido à legalização da cannabis em muitos lugares, os pesquisadores recomendam a integração de apoio à saúde mental em programas de cessação do tabaco e da cannabis.


(Fonte: Galileu)

sábado, 16 de setembro de 2023

Brasil é segundo em número da Síndrome de Burnout no mundo

(Imagem: Freepik)

A Síndrome de Burnout, reconhecida pela OMS como uma doença ocupacional, é um grande desafio de saúde mental no ambiente de trabalho moderno. Esta síndrome, também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, surge em resposta a situações extremamente desgastantes no trabalho, manifestando-se com sintomas como exaustão física e mental, estresse, ansiedade e alterações de humor.

No Brasil, um estudo da USP em 2021 revelou que um em cada quatro brasileiros sofre com a Síndrome de Burnout, colocando o país em segundo lugar no ranking global de prevalência da doença. Isso destaca a necessidade de examinar as condições de trabalho e fatores contribuintes.

O reconhecimento oficial pela OMS traz implicações significativas, garantindo aos diagnosticados os mesmos direitos trabalhistas e previdenciários concedidos a outros com doenças relacionadas ao trabalho. Isso representa uma mudança fundamental na abordagem da saúde mental no ambiente de trabalho.

A saúde mental no local de trabalho tornou-se cada vez mais importante, com distúrbios como Depressão, Síndrome do Pânico e estresse se destacando. As causas da Síndrome de Burnout incluem alta competitividade, pressão inadequada e questões organizacionais, como sobrecarga de tarefas.

A prevenção envolve melhorar as condições de trabalho, promover relações profissionais saudáveis e equilibrar a vida pessoal e profissional. Para aqueles que já sofrem com a síndrome, intervenções como afastamentos temporários, reorganização das atividades e apoio médico e psicoterapia são fundamentais.

A Síndrome de Burnout destaca a necessidade urgente de repensar o ambiente de trabalho e priorizar a saúde mental dos trabalhadores. A colaboração entre empresas, profissionais de saúde e governo é essencial para enfrentar essa epidemia crescente, com ações coletivas e medidas preventivas desempenhando um papel crucial na criação de locais de trabalho mais saudáveis e sustentáveis.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Sem tratamento, ansiedade pode levar a crises de pânico e depressão

(Imagem: Freepik)

A ansiedade pode surgir devido a eventos estressantes na vida, mas quando se torna constante, requer avaliação de um especialista. 

O Transtorno de Ansiedade Generalizado (TAG), por exemplo, pode começar com sintomas leves, como medo e ansiedade, e evoluir para crises de pânico se não for tratado precocemente. A síndrome do pânico envolve sentimentos de angústia, desespero e ansiedade intensa, acompanhados de pensamentos negativos e sensações de morte iminente.

Sem tratamento, o TAG pode progredir e levar a outros transtornos mentais, como depressão, além de afetar a saúde física, como ataques cardíacos. O tratamento adequado, geralmente fornecido por psicólogos e psiquiatras, é essencial para controlar essas condições.

Para lidar com crises de ansiedade ou pânico, é importante tentar manter a calma e focar na respiração. No entanto, um tratamento eficaz envolve buscar apoio psicológico e terapêutico de um profissional de saúde mental.

Reconhecer esses transtornos e procurar ajuda é o primeiro passo para a recuperação e o bem-estar mental.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Sintomas da ansiedade podem motivar suspeita de problemas cardíacos

(Imagem: Freepik)

Normalmente, os pacientes com transtornos de ansiedade procuram primeiro um clínico ou cardiologista e fazem vários exames antes de serem encaminhados a um profissional de saúde mental para avaliação. 

Isso não é necessariamente negativo, pois é importante descartar outras condições clínicas antes de diagnosticar um transtorno de ansiedade. Por exemplo, um ataque de pânico pode se parecer muito com uma crise cardíaca aguda.

O problema surge quando há atrasos no diagnóstico, com o paciente passando por médicos de diferentes especialidades e repetindo exames diversas vezes antes de receber o diagnóstico correto. Isso é ainda mais problemático se o paciente não acreditar que seus sintomas são causados por um distúrbio ansioso, mesmo após consultar vários especialistas. 

Esse atraso e falta de crença comprometem o tratamento, levando o paciente a um ciclo onde ele fica ansioso por estar experienciando a ansiedade. Isso pode levar a uma narrativa mental de que está morrendo, que o diagnóstico está errado e que todos os médicos erraram, aumentando a intensidade do quadro ansioso.

Se não tratada a longo prazo, a ansiedade pode aumentar o risco de desenvolver doenças físicas como hipertensão, infarto, AVC, diabetes, gastrite, úlcera e enfraquecimento do sistema imunológico. A ansiedade crônica, por exemplo, pode predispor à hipertensão devido à ativação crônica do sistema nervoso autônomo, responsável pela regulação da pressão arterial.

O tratamento dos transtornos de ansiedade inclui medicação e psicoterapia. A medicação regula os neurotransmissores cerebrais relacionados à ansiedade, enquanto a psicoterapia ajuda a modificar os pensamentos e crenças que alimentam a ansiedade. Técnicas de relaxamento, como o relaxamento muscular progressivo e a respiração diafragmática, também podem aliviar os sintomas físicos da ansiedade.

(Fonte: Jornal O Tempo)

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Arteterapia: aliada no controle da ansiedade

(Imagem: Freepik)

A arteterapia, que envolve expressões artísticas como pintura, pode ser uma poderosa aliada no controle da ansiedade e na promoção do bem-estar. 

Em Belo Horizonte, o Atelier Marcos Lima oferece aulas de pintura com abordagem voltada à arteterapia. O professor Marcos Lima, fundador da escola, acredita que a arte pode ajudar as pessoas a se expressarem com clareza e a se conhecerem melhor. Ele destaca que o processo é mais importante do que o resultado final e que qualquer pessoa pode aprender, independentemente de possuir talento artístico.

As aulas atendem a uma ampla faixa etária, desde jovens até idosos, e muitas pessoas procuram o Atelier em busca de alívio para problemas como síndrome do pânico, hiperatividade, ansiedade e depressão.

Marcos Lima enfatiza a importância da concentração durante as aulas de pintura, que ajudam os alunos a se afastarem dos problemas externos e se dedicarem à obra em progresso. Além das atividades de pintura, o Atelier também promove momentos de meditação artística e terapia em grupo, onde os alunos compartilham experiências e fortalecem vínculos.

A arteterapia é vista como uma forma de expressão e autoconhecimento, que pode ser transformadora. Além da pintura, outras formas de arte, como a música, também desempenham um papel importante na psicologia. A musicoterapia, por exemplo, pode ser usada como uma ferramenta terapêutica para promover mudanças positivas no bem-estar.

Em resumo, a arteterapia, incluindo pintura e música, pode ser uma maneira eficaz de lidar com a ansiedade e promover o bem-estar emocional, permitindo que as pessoas se expressem e se conheçam melhor.

Essas abordagens terapêuticas muitas vezes precisam de mais reconhecimento e apoio para serem acessíveis a um público mais amplo.

(Fonte: Tiago Rodrigues, para Curadoria em Rede)

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Evento gratuito em São Paulo com mais de 160 atividades explica transtornos psiquiátricos


No dia 22 de setembro, o evento "IPq Portas Abertas" oferecerá em São Paulo mais de 160 atividades e palestras sobre transtornos psiquiátricos e saúde mental, incluindo temas como depressão, ansiedade, déficit de atenção e terapias. Mais de 200 especialistas do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP estarão disponíveis para esclarecer dúvidas e fornecer informações baseadas em evidências científicas. O evento, em sua nona edição, busca combater o estigma associado às doenças mentais, promovendo a busca por ajuda e tratamento. Além das palestras, haverá práticas integrativas, exposições de arte, oficinas e outras atividades. A entrada é gratuita, com inscrições disponíveis para até cinco atividades por pessoa. O evento ocorrerá das 8 às 17 horas no Instituto de Psiquiatria da USP, em São Paulo, SP. Mais detalhes e inscrições estão disponíveis neste link. Certificados podem ser obtidos mediante pagamento de taxa única de R$ 150,00.

O IPq Portas Abertas acontece das 8 às 17 horas na Instituto de Psiquiatria da USP, na Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785, Cerqueira César, próximo à estação Clínicas do Metrô, em São Paulo, SP.

domingo, 10 de setembro de 2023

O que é o TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada)

(Imagem: Freepik)

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado por preocupações excessivas e irracionais em relação à vida cotidiana, afetando o funcionamento diário. 

Os sintomas incluem preocupações constantes com saúde, dinheiro, família, trabalho ou escola, além de sintomas físicos como dores de cabeça, sudorese e fadiga.

A causa da Ansiedade Generalizada não é completamente conhecida, mas fatores genéticos, químicos cerebrais e estressores ambientais podem contribuir. Traumas e eventos estressantes também podem aumentar a ansiedade.

Cerca de 20 milhões de brasileiros sofrem de algum transtorno de ansiedade, sendo mais comum em mulheres. A ansiedade saudável é controlável, enquanto a ansiedade patológica prejudica o desempenho e o enfrentamento de eventos geradores de ansiedade.

Prevenir a Ansiedade Generalizada não tem uma fórmula mágica, mas um estilo de vida saudável, incluindo exercícios, sono adequado e vida social ativa, pode ajudar a manter a ansiedade sob controle.

É crucial consultar um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, para uma avaliação adequada, diagnóstico e criação de um plano de tratamento personalizado.  

O tratamento para o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) geralmente envolve uma abordagem multifacetada, que pode incluir terapia, medicação e mudanças no estilo de vida. 

A recuperação pode ser um processo gradual, e é importante ser paciente e consistente com o tratamento, que ajuda no controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

sábado, 9 de setembro de 2023

Como tratar a ansiedade

(Imagem: Freepik)

O tratamento da ansiedade pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e das preferências individuais. Aqui estão algumas abordagens comuns que podem ser eficazes no tratamento da ansiedade:

1. Terapia cognitivo-comportamental (TCC): A TCC é uma das abordagens mais eficazes para tratar a ansiedade. Ela ajuda as pessoas a identificar e modificar padrões de pensamento negativos e comportamentos disfuncionais que contribuem para a ansiedade.

2. Terapia de exposição: Especialmente útil para transtornos de ansiedade específicos, a terapia de exposição envolve gradualmente enfrentar situações ou objetos que causam ansiedade para reduzir a resposta de medo.

3. Medicação: Em alguns casos, um médico pode prescrever medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos, para ajudar a controlar os sintomas de ansiedade. Esses medicamentos geralmente são usados em conjunto com a terapia.

4. Mindfulness e meditação: Práticas de mindfulness, como a meditação, podem ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade, pois ensinam as pessoas a focar no presente e a cultivar a aceitação e a autocompaixão.

5. Estilo de vida saudável: Manter um estilo de vida saudável pode ser fundamental no gerenciamento da ansiedade. Isso inclui uma dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool.

6. Apoio social: Conversar com amigos, familiares ou participar de grupos de apoio pode proporcionar um alívio significativo da ansiedade. O apoio emocional de outras pessoas pode ser muito reconfortante.

7. Redução do estresse: Aprender técnicas de gerenciamento do estresse, como a respiração profunda, a organização do tempo e a definição de limites pessoais, pode ajudar a reduzir a ansiedade.

8. Tratamento combinado: Em muitos casos, uma combinação de terapia e mudanças no estilo de vida é a abordagem mais eficaz para o tratamento da ansiedade.

É importante lembrar que a ansiedade é uma condição médica tratável, e as pessoas não devem hesitar em procurar ajuda profissional se estiverem sofrendo com sintomas de ansiedade que afetam significativamente sua qualidade de vida. Um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, pode fazer uma avaliação adequada e ajudar a desenvolver um plano de tratamento personalizado. Além disso, é essencial lembrar que a recuperação pode levar tempo, e a paciência é fundamental durante o processo de tratamento.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Casa bagunçada pode provocar ansiedade: o que fazer a respeito disso?

(Imagem: Freepik)

Você já se sentiu sobrecarregado pela visão de desordem e bagunça em sua casa? Entrar pela porta e deparar-se com papéis espalhados, pratos sujos e roupas desorganizadas já te fez sentir esgotado? Talvez você até tenha tido discussões porque isso te incomoda mais do que seu parceiro ou colega de casa.

Você não está sozinho. Muitas pessoas relatam que uma casa bagunçada pode desencadear sentimentos de estresse e ansiedade. Então, por que a desordem e o caos afetam alguns de nós dessa maneira? 

Sobrecarga cognitiva

Quando estamos cercados por distrações, nossos cérebros se tornam campos de batalha por atenção. Tudo compete pelo nosso foco. No entanto, o cérebro tende a preferir a ordem e a realização de uma tarefa de cada vez, em vez de multitarefas.

A organização contribui para reduzir a competição pela nossa atenção e alivia a carga mental. Embora algumas pessoas sejam melhores em ignorar distrações do que outras, ambientes desorganizados podem sobrecarregar nossas capacidades cognitivas e nossa memória.

Desordem e bagunça podem afetar mais do que apenas nossos recursos cognitivos. Eles também estão relacionados à nossa alimentação, produtividade, saúde mental, decisões parentais e até nossa disposição para doar dinheiro.

As mulheres são mais afetadas do que os homens?

Pesquisas sugerem que os efeitos prejudiciais da bagunça e da desordem podem ser mais acentuados nas mulheres do que nos homens. Um estudo com 60 casais de renda dupla descobriu que mulheres que viviam em lares desorganizados e estressantes tinham níveis mais altos de cortisol (um hormônio associado ao estresse) e sintomas de depressão mais intensos.

Esses efeitos permaneceram consistentes mesmo quando fatores como satisfação conjugal e traços de personalidade foram levados em consideração. Em contraste, os homens deste estudo pareceram em grande parte não afetados pelo estado de seus ambientes domésticos.

Os pesquisadores teorizaram que as mulheres podem sentir uma responsabilidade maior pela manutenção da casa. Também sugeriram que o aspecto social do estudo (que envolveu visitas domiciliares) pode ter induzido mais medo de julgamento nas mulheres do que nos homens.

Todos nós enfrentamos desordem e desorganização em algum grau em nossas vidas. Às vezes, no entanto, problemas significativos de desordem podem estar relacionados a condições subjacentes de saúde mental, como transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de acumulação, transtorno depressivo maior, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (tdah) e transtornos de ansiedade.

Isso levanta uma questão crucial: o que veio primeiro? Para alguns, a desordem é a fonte de ansiedade e angústia; para outros, a saúde mental precária é a fonte de desorganização e desordem.

Nem toda bagunça é um problema

É importante lembrar que a desordem não é inteiramente negativa, e não devemos buscar a perfeição. As casas reais não se parecem com as das revistas. Na verdade, espaços desorganizados podem resultar em maior criatividade e provocar novos insights.

Viver em constante desordem não é produtivo, mas buscar a perfeição na limpeza também pode ser contraproducente. O perfeccionismo em si está associado a sentir-se sobrecarregado, ansioso e com problemas de saúde mental.

A desordem me deixa ansioso, então o que posso fazer a respeito?

É importante lembrar que você tem algum controle sobre o que é importante para você e como deseja priorizar seu tempo.

Uma abordagem é tentar reduzir a desordem. Por exemplo, você pode reservar um tempo dedicado à organização toda semana. Isso pode envolver a contratação de alguém para te ajudar (se puder pagar) ou ouvir música ou um podcast enquanto arruma a casa por uma hora com as outras pessoas que moram nela.

Estabelecer essa rotina pode reduzir as distrações causadas pela desordem, aliviar sua carga mental geral e diminuir a preocupação de que a bagunça saia do controle.

Você também pode tentar uma micro-organização. Se não tiver tempo para uma limpeza completa, reserve apenas cinco minutos para limpar um pequeno espaço.

Se a desordem for causada principalmente por outros membros da casa, tente discutir com calma com eles como essa bagunça está afetando sua saúde mental. Veja se eles podem negociar alguns limites como sobre qual nível de bagunça é aceitável e de que forma será tratado se esse limite for excedido.

Essa situação também pode ajudar você a desenvolver uma mentalidade autocompassiva.

A bagunça não define se você é uma pessoa "boa" ou "ruim" e, às vezes, pode até estimular sua criatividade. Lembre-se de que você merece sucesso, relacionamentos significativos e felicidade, seja o seu escritório, casa ou carro uma bagunça.

Conforte-se com pesquisas que sugerem que, embora ambientes desorganizados possam nos tornar suscetíveis ao estresse e à má tomada de decisões, sua mentalidade pode protegê-lo contra essas vulnerabilidades.

Se a desordem, o perfeccionismo ou a ansiedade começarem a parecer incontroláveis, converse com seu médico sobre um encaminhamento a um psicólogo. O psicólogo certo (e você talvez precise tentar alguns antes de encontrar o certo) pode ajudá-lo a cultivar uma vida orientada por valores que são importantes para você.

Desordem e bagunça são mais do que apenas incômodos visuais. Elas podem ter um impacto profundo no bem-estar mental, na produtividade e nas nossas escolhas.

Compreender por que a desordem afeta você pode te capacitar a assumir o controle de sua mentalidade, seus espaços e, consequentemente, sua vida.

(Fonte: Érika Penney, professora de Psicologia Clínica da Universidade de Tecnologia de Sydney - The Conversation


quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Sala sensorial acolhe pessoas com crises de ansiedade no The Town

Uma equipe de terapia ocupacional em parceria com uma empresa de equipamentos sensoriais criou um espaço para auxiliar pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) dentro do Centro de Acessibilidade do festival The Town, que está acontecendo desde o último sábado (2) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

O objetivo da sala é ajudar a reduzir crises de ansiedade através de um ambiente climatizado, silencioso e colorido, com cobertores pesados e almofadas espalhadas pelo chão, criando uma sensação de conforto e segurança. Além disso, o Festival The Town disponibilizou kits sensoriais contendo abafadores de ruído e óculos especiais para ajudar a atenuar estímulos sensoriais excessivos. 

Os responsáveis pela sala conseguem identificar pessoas com autismo na fila não apenas pela solicitação de ajuda, mas também pelo comportamento e pela presença de cordões de girassol, que são usados por autistas e outros neurodivergentes.

Essas medidas possibilitaram que autistas pudessem controlar suas sensações e desfrutar do festival. Alguns retornaram várias vezes para lidar com suas crises e conseguiram aproveitar o evento até o final.


(Foto: reprodução g1/Paola Patriarca)


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Excesso de telas pode causar ansiedade em crianças

(Imagem: Freepik)

O uso excessivo de telas por crianças e adolescentes pode estar relacionado à ansiedade e a problemas motores. 

Quando estão diante de celulares ou tablets, as crianças recebem uma grande quantidade de informações visuais e sonoras, e muitas vezes usam esses dispositivos como uma forma de se acalmar. No entanto, essa dependência pode causar problemas quando não estão disponíveis, como na sala de aula, por exemplo.

O excesso de exposição às telas pode ter implicações negativas na saúde mental e no desenvolvimento motor das crianças e adolescentes, tornando importante que os pais e educadores limitem o acesso a esses dispositivos e incentivem atividades analógicas para um desenvolvimento saudável.

Confira a matéria completa na Band News.

terça-feira, 5 de setembro de 2023

O papel da escola diante do diagnóstico de TDAH

(Imagem: Freepik)

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno que afeta a concentração e o comportamento das crianças e pode persistir na vida adulta. Muitas escolas não estão adequadamente preparadas para lidar com alunos com TDAH, o que pode resultar em situações bastante problemáticas. Alguns casos incluem punições injustas, falta de apoio adequado, compreensão por parte dos colegas e funcionários da escola, possibilitando um impacto negativo na autoestima e desempenho acadêmico desses alunos.

Algumas escolas adotam medidas paliativas, como conceder mais tempo para provas ou permitir que os alunos se sentem na frente da sala. Além disso, o uso de medicação sob supervisão médica pode ajudar a melhorar a concentração, mas também pode apresentar efeitos colaterais.

É fundamental que as escolas estejam cientes do diagnóstico de TDAH de seus alunos e ofereçam os recursos necessários para garantir um aprendizado de qualidade. Compreender os sintomas do TDAH, como dificuldade de concentração, inquietação e impulsividade, é crucial para criar um ambiente mais inclusivo e eficaz para esses alunos.

Em novembro de 2021, foi aprovada a Lei n°14.254, que garante aos estudantes com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e outros transtornos de aprendizagem o acesso a acompanhamento integral e adaptação de recursos de acordo com suas necessidades. Para promover a inclusão dessas crianças na escola, é necessário que a escola tenha conhecimento e comprometimento.

Em entrevista ao Diário de Pernambuco, a neuropsicopedagoga Adriana Milanez destacou a importância de uma boa relação entre a família e a escola para o bem-estar da criança. Os professores precisam de formação e apoio, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Eles desempenham um papel crucial no desenvolvimento dos alunos com TDAH - devem estar cientes do diagnóstico e não classificar os sintomas do transtorno como mau comportamento ou preguiça. 

Métodos de ensino construtivistas podem ser úteis, envolvendo atividades que permitem movimento e estimulam o senso crítico dos alunos. É importante que os professores foquem nas qualidades do aluno e minimizem a ênfase nas falhas.

Em novembro de 2021 foi aprovada a Lei n°14.254, que garante aos estudantes com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e outros transtornos de aprendizagem o acesso a acompanhamento integral e adaptação de recursos de acordo com suas necessidades. Para promover a inclusão dessas crianças, é necessário que a escola tenha conhecimento e comprometimento.

Em resumo, a inclusão de alunos com TDAH requer colaboração entre famílias, escolas e professores. A capacitação dos educadores, o desenvolvimento de planos individuais e a compreensão das necessidades desses alunos são fundamentais para garantir seu sucesso acadêmico e bem-estar emocional.


segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Exercícios físicos podem ajudar a saúde mental

(Imagem: Freepik)

Exercícios físicos podem beneficiar a saúde mental, promovendo a socialização e reduzindo ansiedade, que atinge cerca de 9,3% da população brasileira. 

Além de tratamentos específicos, a adoção de novos hábitos é muito importante para melhorar a saúde mental. Estudos recomendam exercícios regulares para reduzir o estresse e aumentar o bem-estar. A atividade física também está associada a um menor risco de desenvolver transtornos mentais, como depressão e ansiedade, e promove a interação social, combatendo o isolamento.

Os exercícios, no entanto, não devem substituir o tratamento para doenças mentais, mas sim complementá-lo. E é importante diferenciar atividade física e exercício físico. A atividade física envolve qualquer movimento do corpo que gaste energia, como tarefas domésticas e caminhadas. Já o exercício físico é composto por movimentos planejados, estruturados e repetitivos, com o objetivo de melhorar a aptidão e a saúde, e deve ser prescrito por profissionais de educação física.

sábado, 2 de setembro de 2023

Assédio Moral no trabalho

Imagem: Freepik

O assédio moral no trabalho é um problema comum que afeta muitos trabalhadores. Ele envolve comportamentos repetidos que expõem os colaboradores a situações constrangedoras, humilhantes ou ofensivas, prejudicando sua saúde mental e física. Isso pode incluir xingamentos, cobranças excessivas e fofocas, entre outras práticas negativas. 

Para identificá-lo, é importante reconhecer comportamentos repetidos que expõem os trabalhadores a situações constrangedoras. Isso pode vir de gestores ou colegas de trabalho e tem o objetivo de desestabilizar o profissional afetado.

As consequências do assédio moral incluem problemas de saúde mental como estresse, depressão, ansiedade, além de possível demissão ou abandono do emprego.

As empresas têm a responsabilidade de prevenir o assédio moral, promovendo um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. Devem adotar medidas preventivas e políticas que protejam a dignidade dos seus funcionários. 

A lei trabalhista protege os funcionários, permitindo que denunciem o assédio moral e busquem reparação na Justiça do Trabalho. Aqueles que se sentirem afetados devem procurar o setor de Recursos Humanos ou a ouvidoria da empresa para relatar o ocorrido.

Para comprovar o assédio moral, podem ser usadas evidências como e-mails, mensagens de celular, mudanças físicas no local de trabalho e gravações de áudio do assediador. Testemunhas que tenham presenciado o assédio também podem ser aceitas como prova, e é aconselhável buscar orientação legal para proteger seus direitos.


sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Pesquisa aponta ansiedade como principal problema entre as mulheres

(Imagem: Freepik)

Uma pesquisa realizada pelo Laboratório Think Olga revelou que a ansiedade é o principal problema de saúde mental entre mulheres. 

O estudo foi conduzido no contexto pós-pandemia de covid-19 e ouviu 1.078 mulheres de diferentes idades, classes sociais e raças em todo o Brasil, entre os dias 12 e 26 de maio de 2023.

Os resultados indicam que 45% das participantes afirmaram ter diagnóstico de ansiedade, depressão ou outro transtorno mental. A ansiedade foi o transtorno mais comum, representando 35% dos diagnósticos, seguida pela depressão com 17% e a síndrome do pânico com 7%. Os sintomas frequentemente relatados incluíam estresse, irritabilidade, sonolência, fadiga, baixa autoestima, insônia e tristeza.

As mulheres relataram insatisfação significativa em várias áreas de suas vidas. Embora as relações amorosas e familiares tenham recebido a nota mais alta de satisfação (3,2 de 10), a situação financeira e a habilidade de equilibrar diferentes aspectos da vida registraram altos níveis de insatisfação, com notas de 1,4 e 2,2, respectivamente.

Quanto às finanças, 46% das mulheres expressaram insatisfação, seja devido a baixos salários, sobrecarga no trabalho, descontentamento profissional, dívidas ou desemprego. Além disso, 86% das entrevistadas sentiam uma grande carga de responsabilidades, incluindo trabalho, tarefas domésticas e cuidado com outras pessoas.

A pesquisa também identificou que o sofrimento psíquico é mais acentuado entre mulheres pretas e pardas e entre aquelas das classes sociais D e E. Esses grupos enfrentam maior pressão devido ao desemprego, sobrecarga de tarefas e violência de gênero. 

O estudo ressalta a importância de abordagens amplas para lidar com os desafios de saúde mental enfrentados pelas mulheres, considerando as complexas interações entre gênero, raça e classe social.