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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Arteterapia: aliada no controle da ansiedade

(Imagem: Freepik)

A arteterapia, que envolve expressões artísticas como pintura, pode ser uma poderosa aliada no controle da ansiedade e na promoção do bem-estar. 

Em Belo Horizonte, o Atelier Marcos Lima oferece aulas de pintura com abordagem voltada à arteterapia. O professor Marcos Lima, fundador da escola, acredita que a arte pode ajudar as pessoas a se expressarem com clareza e a se conhecerem melhor. Ele destaca que o processo é mais importante do que o resultado final e que qualquer pessoa pode aprender, independentemente de possuir talento artístico.

As aulas atendem a uma ampla faixa etária, desde jovens até idosos, e muitas pessoas procuram o Atelier em busca de alívio para problemas como síndrome do pânico, hiperatividade, ansiedade e depressão.

Marcos Lima enfatiza a importância da concentração durante as aulas de pintura, que ajudam os alunos a se afastarem dos problemas externos e se dedicarem à obra em progresso. Além das atividades de pintura, o Atelier também promove momentos de meditação artística e terapia em grupo, onde os alunos compartilham experiências e fortalecem vínculos.

A arteterapia é vista como uma forma de expressão e autoconhecimento, que pode ser transformadora. Além da pintura, outras formas de arte, como a música, também desempenham um papel importante na psicologia. A musicoterapia, por exemplo, pode ser usada como uma ferramenta terapêutica para promover mudanças positivas no bem-estar.

Em resumo, a arteterapia, incluindo pintura e música, pode ser uma maneira eficaz de lidar com a ansiedade e promover o bem-estar emocional, permitindo que as pessoas se expressem e se conheçam melhor.

Essas abordagens terapêuticas muitas vezes precisam de mais reconhecimento e apoio para serem acessíveis a um público mais amplo.

(Fonte: Tiago Rodrigues, para Curadoria em Rede)

terça-feira, 15 de julho de 2014

Tico Santa Cruz envia um recado para os leitores do Sem Transtorno

O vocalista da banda Detonautas teve uma crise de pânico há dez anos.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Superação - Férias!


Após anos evitando viagens de avião, consegui superar o medo
e me divertir muito!!!

Desde que passei a sofrer de pânico, em 1997, perdi muitas oportunidades por causa do medo. Muitas dessas oportunidades pelo medo de viajar de avião.
Como já contei uma vez aqui pra vocês, deixei de ir pro Japão por receio das horas de voo até lá. Além disso, foram muitas as oportunidades de trabalho que me esquivei, looongas viagens de carro que fiz... tudo por medo de voar.

E olha que viajo de avião desde que me entendo por gente, moro no Rio, mas minha família é de São Paulo e sempre pegava a ponte aérea, de dia, de noite, com sol, com chuva, com os meus pais, sozinha, e adorava. Mas o pânico traz consigo alguns medos incontroláveis, e este foi um dos que adquiri.

"Vamos todos pra Disney nas próximas férias"!

Para piorar a minha situação, meu filho, que hoje está com sete anos, é completamente destemido e vivia me pedindo para viajar de avião. Achava muito chato ter que passar tanto tempo dentro do carro. Haja DVD, gibi e 
Nintendo DS para entreter essa criança durante 8, 10, 15 horas! 

No meio do ano passado, meu marido resolveu me fazer uma surpresa e programou uma viagem à Disney. Ele sabia que eu tinha muita vontade de levar meu pequeno pra lá, só faltava coragem. 

Quando ele me deu a notícia, fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo pensava em como iria conseguir passar tanto tempo fechada, dentro de uma aeronave. Meu problema maior não era voar, disso eu até gosto. O problema era o medo de ficar fechada, "presa", querer sair e não poder. É isso que me dá desespero, que me falta o ar só de imaginar.


Durante esses anos todos, só não consegui evitar duas viagens de avião. Mesmo assim foram viagens profissionais e só até São Paulo, menos de uma hora de voo. Ao meu lado, colegas de trabalho, diretores globais, isso me intimidava um pouco - eu não podia dar um chilique! 

Então comecei a trabalhar a ideia da viagem com a minha psicóloga e com a minha psiquiatra. Aos poucos a vontade de enfrentar e de superar aquela limitação foi ficando muito maior do que o medo. Resumo da ópera: o dia chegou e minha alegria era tão grande que nem tive tempo de sentir medo nenhum. Obviamente levei vários ansiolíticos sublinguais por precaução, e saquei três deles durante a ida, mas na volta nem precisei!
 
A felicidade de ver o meu filho tão encantado com aquela experiência nova, com as nuvens, com tudo que ele estava vivendo me anestesiou. Não senti fobia nenhuma, li, escrevi, comi à beça (como de costume! rss), dormi... e lá se vai mais um obstáculo! Já estamos sonhando com as próximas férias, dessa vez pra Europa! :)

Faço questão de compartilhar com vocês algumas fotos dessa minha aventura em família. Não deixem de acreditar que é possível enfrentar todos os nossos medos, as nossas fobias, a depressão, e superá-los. Com tratamento adequado e força de vontade, podemos levar uma vida normal e até sermos felizes, vejam só! ;)

Um grande abraço a todos, muita saúde, força e coragem! Já estou me preparando para os próximos desafios!

Tirei muitas fotos do avião! Cada lugar lindo que sobrevoamos!
Feliz na fila do Trem da Mina, que fui quando tinha dez anos
Karen Potter :)
Enchi a cara de cerveja amanteigada!


Revenge of the Mummy favoritado pelo meu filho

 
Presente da natureza em Busch Gardens
Pena que a caranga não coube na mala!
 

Camiseta fofa da lojinha do Men in Black
Me acabei nas montanhas-russas!!!

Mais montanha-russa!!! Yeaaaaah!!!!!


Esse bar do Bob Marley na Universal é muito legal! <3
Fim de tarde no Magic Kingdom
Café da manhã "humilde" no Discovery Cove! 


Essa não precisa de legenda!... :D <3




quarta-feira, 13 de março de 2013

Até onde vai a culpa dos pais?



Quando a gente vê uma criança na rua fazendo o maior escândalo porque quer ou porque não quer alguma coisa, o que passa pela nossa cabeça? 
"Ah, coitado dos pais"!!! Ou então: "Que criança mal-educada, os pais não deram educação"!!! 
Não é verdade?! 
De alguma forma a gente sempre pensa nos pais da criança birrenta.

Um dia desses, minha mãe estava toda cabisbaixa, dizendo que errou comigo, que devia ter prestado mais atenção em mim, que não quis enxergar que eu tinha um problema "de cabeça"... (rs)

Bom, eu acho que os pais, ou os responsáveis, enfim, que quem cria uma criança tem responsabilidade sim sobre o desenvolvimento saudável ou não dessa criança. Não total responsabilidade. Mas tem.

No meu caso, acho que vários fatores contribuíram para que eu me tornasse uma pessoa ansiosa e depressiva. E um dos fatores, certamente, foi o meio em que cresci. 

Não quero entrar em detalhes para não expor outras pessoas que não eu, mas posso dizer que não fui criada num ambiente totalmente positivo e benéfico. 
Minha mãe era workaholic, trabalhava muito, de domingo a domingo, praticamente sem folga, sem feriado, sem férias muito menos. Era carinhosa, dedicada, mas tinha pouco tempo pra mim.
 
Meu pai também trabalhava o dia todo, de segunda a sábado. Também era carinhoso, brincalhão, mas nem um pouco chegado a diálogo
Então eu ficava muito tempo sozinha, já que sou filha única e meus familiares moram distante. Minhas companhias eram os brinquedos, os desenhos animados e as empregadas lá de casa. Nem todas muito carinhosas, digamos assim.

Não culpo os meus pais não. Tenho algumas mágoas, é verdade, mas não os culpo. Nesse dia eu disse pra minha mãe que tenho certeza de que se ela errou comigo de alguma forma, foi tentando acertar. Assim como hoje eu tento acertar com o meu filho, e por mais que eu me esforce muito e que o ame mais do que tudo, sei que não vou conseguir acertar cem por cento. 
Só fico atenta para não repetir os mesmos erros dos meus pais. Que eu pelo menos erre em outras coisas! ;)

Minha mãe diz que muitas crianças passam por situações bem piores do que a minha e que não desenvolvem nenhum tipo de trauma, nem transtorno.
Só que nem todo mundo reage da mesma maneira, né, mãe!? Cada um é cada um, sabemos disso!

 
Esses traumas precisam ser superados e a terapia tem me ajudado muito nesse sentido. Não quero culpar a minha mãe nem ninguém pelo que passei. Quero só pensar no passado se for para resolvê-lo dentro de mim e viver melhor o meu presente. Sem mágoas, sem raiva. 

De qualquer forma, peço que fiquem atentos aos seus filhos e pessoas próximas. Muitas vezes precisamos de ajuda, mas não sabemos como pedir.

Pra finalizar, uma frase que adoro:
"É mais fácil criar crianças fortes do que consertar homens quebrados".

Coragem, saúde e paz para todos nós! 

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Tratamento da Síndrome do Pânico

Além das palpitações e da falta de ar, o que mais me incomodava eram os pensamentos negativos que me acompanhavam o tempo todo. Como se eu andasse com uma nuvenzinha negra - daquelas de desenhos, sabe, com trovoadas - em cima da cabeça. Pra onde quer que eu fosse, a tal nuvenzinha carregada ia comigo.
"Ó, céus... ó, vida... ó, azar..."
Abençoados sejam os descobridores da fluoxetina! :)

TRATAMENTO

Dr. Drauzio Varella entrevista o psiquiatra Marcio Bernik (parte 4)

Drauzio – Como você orienta o tratamento de uma pessoa que diz ter crises de pânico em determinadas situações?
Bernik – O pânico pode indicar um problema primário próprio do transtorno de pânico ou ser a manifestação secundária do uso exagerado de medicamentos que podem provocar crises de pânico em pessoas propensas, como os corticóides e a maioria das anfetaminas, no Brasil, largamente usadas por mulheres jovens que querem emagrecer. É preciso pesquisar também o uso de psico-estimulantes, como a cocaína e o ecstasy, uma anfetamina halogenada de ação serotonérgica extremamente rápida. Portanto, é fundamental verificar se o quadro de pânico é secundário a outras patologias. O hipertireoidismo, por exemplo, pode provocar sintomas muito parecidos com os das crises de pânico. Uma vez afastadas essas possibilidades, é relativamente simples firmar o diagnóstico clínico do transtorno de pânico. Os sintomas são muito claros. Deve-se, ainda, tentar fazer uma análise funcional para estabelecer as limitações que a doença acarretou a fim de estimular uma melhora na qualidade de vida do paciente.

Drauzio – O tratamento implica uma parte medicamentosa e outra comportamental. Qual é a orientação que se dá aos doentes?
Bernik – O que se sabe hoje é que a técnica de combinar medicamentos e terapia comportamental é mais eficiente, pois é muito penoso para o paciente adotar um programa comportamental baseado na exposição a situações que provocam pânico, sistematicamente, de forma gradual e progressiva, até que ocorra a dessensibilização.A terapia de exposição baseia-se na capacidade de o ser humano habituar-se ao estresse. É como se assistisse a um filme de terror 15 vezes. Na primeira vez, os cabelos ficam em pé. Na segunda, como já sabe o que vai rolar e que vai espirrar sangue no teto, a reação é menos intensa. Na última, o filme não desperta mais nenhuma resposta emocional. Todavia, os pacientes aceitam melhor o tratamento e melhoram mais depressa se simultaneamente tomarem antidepressivos, medicação que se torna obrigatória para os 60% daqueles que têm depressão associada ao pânico.