Campeão do reality show "The Ultimate Fighter Brasil 3" fala sobre a superação da Síndrome do Pânico
Por Karen Terahata
"Frescura", "bobagem", "maluquice", "falta de Deus", "de fé"...
Estas são apenas algumas das "definições" que nós, pacientes de transtornos de ansiedade, costumamos ouvir de pessoas que desconhecem o nosso problema.
Atacados por um medo incontrolável, que vem de não sabemos onde e nem quando, ainda temos que nos preocupar com o julgamento de pessoas próximas, tantas vezes nossos familiares - com quem deveríamos poder contar, mas que não conseguem (e às vezes não querem mesmo) nos compreender. Mais do que isso, nos ajudar.
A vergonha é um dos motivos que nos fazem adiar a procura por ajuda médica. No caso dos homens, essa dificuldade é ainda maior.
Se o sentimento de fragilidade não é nada fácil de assumir, imagine num universo tão machista como no que vivemos.Pois o nosso entrevistado, nada menos do que o lutador Antonio "Cara de Sapato", bicampeão mundial e campeão Pan-Americano absoluto de Jiu-Jitsu, e campeão da última edição do TUF Brasil, exibido pela TV Globo, enfrentou todo esse preconceito de cabeça erguida.
Há cerca de três anos, Cara de Sapato foi acometido por crises de pânico e saiu em busca de um diagnóstico. Após peregrinar por diversos médicos, de diversas especialidades, recebeu a indicação de se consultar com um psiquiatra.
Com coragem e humildade, aceitou o tratamento e hoje leva uma vida, como ele mesmo diz, "normal".
Prestes a fazer sua primeira luta no UFC após o The Ultimate Fighter (no dia 20 de dezembro ele enfrentará o americano Patrick Cummins), este paraibano de 24 anos nos mostra que é um vencedor não somente nos tatames e octógonos, mas também na vida!
Veja também: Da síndrome do pânico ao sucesso no TUF Brasil 3: conheça a história de ‘Cara de Sapato’
Por Karen Terahata
"Frescura", "bobagem", "maluquice", "falta de Deus", "de fé"...
Estas são apenas algumas das "definições" que nós, pacientes de transtornos de ansiedade, costumamos ouvir de pessoas que desconhecem o nosso problema.
Atacados por um medo incontrolável, que vem de não sabemos onde e nem quando, ainda temos que nos preocupar com o julgamento de pessoas próximas, tantas vezes nossos familiares - com quem deveríamos poder contar, mas que não conseguem (e às vezes não querem mesmo) nos compreender. Mais do que isso, nos ajudar.
A vergonha é um dos motivos que nos fazem adiar a procura por ajuda médica. No caso dos homens, essa dificuldade é ainda maior.
Se o sentimento de fragilidade não é nada fácil de assumir, imagine num universo tão machista como no que vivemos.Pois o nosso entrevistado, nada menos do que o lutador Antonio "Cara de Sapato", bicampeão mundial e campeão Pan-Americano absoluto de Jiu-Jitsu, e campeão da última edição do TUF Brasil, exibido pela TV Globo, enfrentou todo esse preconceito de cabeça erguida.
Há cerca de três anos, Cara de Sapato foi acometido por crises de pânico e saiu em busca de um diagnóstico. Após peregrinar por diversos médicos, de diversas especialidades, recebeu a indicação de se consultar com um psiquiatra.
Com coragem e humildade, aceitou o tratamento e hoje leva uma vida, como ele mesmo diz, "normal".
Prestes a fazer sua primeira luta no UFC após o The Ultimate Fighter (no dia 20 de dezembro ele enfrentará o americano Patrick Cummins), este paraibano de 24 anos nos mostra que é um vencedor não somente nos tatames e octógonos, mas também na vida!
Veja também: Da síndrome do pânico ao sucesso no TUF Brasil 3: conheça a história de ‘Cara de Sapato’
Karen essa ficou 10, o cara mostrou que é portador desse mal fazendo-me identificar com os sintomas dele, é um exemplo de superação, assim como vc, vamos torcer por ele na luta que terá em dezembro.
ResponderExcluirKaren, sou eu outra vez, rs. Da mesma forma que aconteceu com ele aconteceu comigo. Durante uma viagem que tudo começou a acontecer. Mesmo ele, sendo esportista, com ótimo condicionamento físico e observado por bons médicos, tem todos os medos que nós temos. Não sei se cheguei a ter Sindrome do Panico exatamente, mas me identifiquei com o que ele disse. Ótima trabalho Karem. Parabéns.
ResponderExcluirOlá, Karen, parabéns pela entrevista. Seu texto introdutório já diz tudo: todo a estigmatização por trás da doença. Eu mesma não comento com quase ninguém que tenho TAG, sei que as pessoas não compreendem e te julgam. A começar da nossa própria família. Gostaria também de parabenizar e agradecer ao lutador "Cara de Sapato" e dizer que invejo sua coragem de falar abertamente sobre o assunto. Tudo que ele disse faz sentido para mim. Estou lutando há quatro anos contra o TAG, porém tive uma recaída no ano passado e neste ano as coisas têm sido difíceis. O sintoma que mais me incomoda é a fadiga. Meu Deus. É um cansaço sem fim. Tenho feito meu tratamento, tomando a medicação e fazendo terapia, mas, mesmo assim, estou afastada do serviço por tempo indeterminado. E o pior é ter de enfrentar o julgamento das pessoas. Bom, chega de falar. Abraço. Parabéns. Coragem a todos nós.
ResponderExcluirParabéns e obrigada por este trabalho. É muito confortante ver que várias pessoas que têm transtornos de ansiedade, síndrome do pânico e etc., hoje conseguem viver normalmente. Quando ele disse que raramente pensa na sua condição, desatei a chorar, não há um minuto da minha vida em que a ansiedade não está presente. Confesso que é muito difícil imaginar que seja possível viver normalmente. Mas fico muito feliz pelos que conseguiram com tanta determinação e força.
ResponderExcluirUm abraço.
Nossa, eu fui diagnosticada com síndrome do pânico este ano, depois de 8 anos da minha primeira crise. Eu sempre fui ansiosa, desde criança, hoje tenho 30 anos, faço tratamento com anti-depressivo, e depois que eu comecei já melhorei bem, agora pelo meno tenho conseguido dormir, coisa que eu não conseguia há 2 anos, o meu problema é a falta de ar que sinto tem 2 anos, foi o primeiro sintoma, mas tenho conseguido respirar um pouco melhor. Agora é dar tempo ao remédio pra fazer efeito. Bjo bjo!!!
ResponderExcluirA bem da verdade não sei se caio na gargalhada (num misto de euforia pela libertação), ou se desmorono num choro (numa mistura de tristeza e sensação de fracasso), mas, o fato é que somente agora, aos 45 anos de idade (burro velho/kkkk) é que eu vim - por conta própria, diga-se de passagem (benditas: informática /internet/ redes sociais) descobrir que desde sempre (desde sempre mesmo, pois não tenho uma única recordação, se quer, de mim em que eu esteja sem algum dos comportamentos indefectíveis dos portadores de TDAH) eu tinha, na verdade, era um transtorno (mais um na minha vasta e ampla coleção pessoal/kkkk) e não um retardamento mental como tantas vezes ouvi de pessoas das mais diversas relações, desde de parentes proximilíssimos (minha mãe, meu pai, meus irmãos, só pra citar uns exemplos)!
ResponderExcluir“Esse menino só pode ser retardado!”; “Sai daqui seu retardado”; “Lá vem o aluado das ideias” e etc., etc., e etc. Quantas não foram as vezes (e isso até muito recentemente!) que me isolei (me refugiava mesmo!) num canto pra chorar e lamentar por ter nascido com essa “doença”!
Sempre fui muito desatento, sempre perco tudo, sempre esqueço, sempre me atraso, sempre me enrolo, sempre faço gigantescas viagens maionésicas, crio um bilhão de situações fantasiosas. Basta uma música maneira para eu, simplesmente, sair do foco. Sou, quase que imediatamente, abduzido e transporto-me para um mundo lindo, suave, colorido, leve, meu. Somente meu! Um mundo onde só a felicidade impera, onde não existem dores, nem traumas nem transtornos. Como faço isso diariamente, meu Deus!
Mas - vejam vocês! –, não sou louco! E eu jurava de pés e mãos juntas que eu era! Aliás, eu e uma galera imensa à minha volta (KKK). A diferença agora é que, finalmente (Ufa, como demorou esse laudo!!!) eu sei quem sou e o que sou. Hoje sei exatamente o que habita em mim (mas quantos inquilinos inconvenientes eu possuo!) e que me faz agir e reagir da forma que sempre me comporto.
NÃO! NÃO SOU RETARDADO! Aleluia! Sou complicado, é verdade! Afinal... Tentem imaginar um ser que sofre de TDAH + transtorno do pânico + mais dermatite atópica e psoríase (tudo junto e misturado e tudo emocional - agora sei! kkkk) e que - pra dar a última pincelada (será mesmo a última?) na aquarela – recentemente perdeu a visão do olho esquerdo (exatamente por ser tão desligado, tão fora do mundo real e negligenciar uma infecção ocular por toxoplasmose).
Esse sou eu, meus amigos! Fazer o que, né? Bem... faço sempre (ou, ao menos, me esforço muito em tentar fazer o máximo possível) uso do ensinamento (uma linda e breve oração) da serenidade: “Concedei-me, Senhor, a Serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, Coragem para modificar aquelas que posso e Sabedoria para distinguir umas das outras.
Então, é isso... Perdoem-me por ter sido prolixo, mas, esse é só mais um dos meus muitos defeitos de fábrica (kkkkk).
Abraços afetuosos e cheios de admiração a você Karen Terahata e muito obrigado por nos dar essa oportunidade de nos expressarmos e nos relatarmos nesse espaço que nos permite efetuarmos uma importante troca de ideias, de opiniões e de conhecimentos.
Você põe em prática os mandamentos da oração da serenidade quando, principalmente, quando faz uso da sua sabedoria para ir modificando as coisas que pode como, por exemplo, esse seu trabalho constante de ir derrubando aos pedacinhos à imensa muralha da ignorância e preconceito que ainda cerca fortemente a esse universo chamado psiquê.
Forte abraço,
Guimarães (RJ)
Nossa Guimarãe, belo comentario, desabafo. Que Deus vá melhorando as coisas em sua vida, afira que vc ja conhece seus inqulinos :)
ResponderExcluirAforei a frase da serenidade, Coragem e Sabedoria. Amem Senhor nosso. Que a coragem seja também força para agir!
Ja identifiquei varias coisas que preciso mudar, aquelas coisas obvias, praticar exercicis rtc, mas nao encontro forças. A preguiça (ou a acomodação com o panico) sempre vence e me prende na cama e no sofá.
negligenciar eh compicado, seu relato eh prova do quanto eh importante.
Eu vibo negligencia do coisas =/ estraguei todos meus dentes por vacilar no tratamento do aparelho. Estou a 5 anos sem transferir um carro do meu nome que vendi pra um colega. 5 anos... fala serio.. todo mes eu falo que vou fazer e nao faço. O mesmo com meu TCC da faculdade, soh falta o TCC, mas estou a 3 anos tentando fazer, e nao consigo passar do 1% =/ ... eu faço a matricula mas nao vou ariante, deixo de lado e me afundo na minha rotina doentia de trabalho e sono. minha vida se resumiu em dormir, acordar trabalhar e dormir.
vamo a vamo. Esse semestre viro essa pagina! ':(
força pra nois!