quinta-feira, 31 de agosto de 2023

São Paulo: Casos de ansiedade e síndrome do pânico triplica, segundo governo

(Imagem: Freepik)

De acordo com matéria exibida nesta última quarta-feira no Jornal Hoje, da TV Globo, o número de casos de ansiedade e síndrome do pânico triplicou no estado de São Paulo entre 2019 e 2022 segundo dados do governo. Os atendimentos para essas condições de saúde mental aumentaram de 29 mil para 90 mil nesse intervalo e mulheres são as mais afetadas por esses problemas.

A comerciante e corretora de imóveis, Adriana da Silva, descreveu os sentimentos de ansiedade, pressa e tristeza que muitas pessoas estão enfrentando: "Parece que você não consegue dar conta de si e de tudo que você precisa realizar". 

Esses sintomas são cada vez mais comuns nas cidades grandes. No primeiro semestre de 2023, mais de 62 mil consultas foram realizadas para tratar essas doenças somente em São Paulo, representando quase 70% do total de consultas do ano anterior.

Especialistas apontam várias possíveis causas para esse aumento. A psicanalista Maria Homem destaca a pandemia, que evidenciou conflitos sociais e psicológicos, além da polarização política no Brasil nos últimos anos. Esses fatores podem contribuir para o surgimento de ansiedade e síndrome do pânico.

O psicólogo Max Henrique Sadetsky, que trabalha na rede de saúde municipal de São Paulo, enfatiza a importância de buscar ajuda profissional para lidar com esses problemas de saúde mental. Ele ressalta que uma abordagem ampliada, envolvendo diversas disciplinas, é necessária para oferecer um cuidado mais completo aos pacientes.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Abandono repentino da medicação: o que acontece?

(Imagem: Freepik)

Cerca de 10% da população mundial sofre de transtornos mentais e, entre os países latino-americanos, o Brasil é líder em casos de ansiedade e depressão, atingindo quase 19 milhões de pessoas. Como consequência, a busca por medicamentos psiquiátricos tem aumentado, com um crescimento de 58% nas vendas entre 2017 e 2021, de acordo com o Conselho Federal de Farmácia.

Infelizmente, muitas pessoas interrompem o uso desses medicamentos sem consultar um médico, o que pode levar a sintomas de abstinência e também à recorrência intensificada dos sintomas originais dos transtornos. Especialistas enfatizam a necessidade de um tratamento contínuo, com consultas médicas regulares e abordagens individualizadas.

Esse abandono repentino deve-se em grande parte aos efeitos colaterais dos medicamentos psiquiátricos, como redução da libido, sonolência, ganho de peso e efeitos gastrointestinais, entre outros. Os médicos aconselham os pacientes a relatarem quaisquer efeitos indesejados para que possam encontrar soluções alternativas, mas não simplesmente desistir do tratamento.

Ao parar de tomar medicamentos psiquiátricos, é importante um processo de "desmame" adequado. Esse processo deve ser gradual, sob a supervisão de um médico, e considera fatores como a estabilização dos sintomas e a recuperação do cérebro.


terça-feira, 29 de agosto de 2023

Quando ansiedade e depressão caminham juntas



A ansiedade e a depressão são dois transtornos mentais distintos, mas compartilham algumas semelhanças e podem se manifestar de maneira interligada em algumas pessoas.

A ansiedade é caracterizada por sentimentos de preocupação intensa, medo, nervosismo e apreensão. Pessoas com transtornos de ansiedade podem experimentar sintomas como palpitações, sudorese, tremores, dificuldade de concentração e irritabilidade.

A depressão é marcada por uma sensação persistente de tristeza, desesperança, perda de interesse ou prazer nas atividades que antes eram apreciadas. Além disso, podem ocorrer alterações no apetite, no sono, na energia e na concentração. A depressão pode afetar negativamente o funcionamento diário e a qualidade de vida.

A comorbidade de ansiedade e depressão ocorre quando uma pessoa apresenta sintomas significativos de ambos os transtornos ao mesmo tempo. Isso pode ser desafiador, pois os sintomas de ansiedade e depressão podem interagir e amplificar um ao outro. Por exemplo, a ansiedade pode levar a preocupações constantes sobre a depressão, enquanto a depressão pode aprofundar sentimentos de desesperança e inutilidade associados à ansiedade.

O tratamento geralmente envolve uma abordagem abrangente, que pode incluir psicoterapia, terapia medicamentosa, práticas de autocuidado, suporte social e mudanças no estilo de vida. O tratamento deve ser personalizado de acordo com as necessidades individuais de cada pessoa. É importante lembrar que a busca por ajuda profissional é fundamental para o diagnóstico adequado.

Aproveite para conferir a relação de profissionais parceiros do Sem Transtorno.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

TDAH: Temos nosso próprio tempo


Pessoas com TDAH podem enfrentar dificuldades ao realizar tarefas que são consideradas simples, e isso ocorre devido a uma série de fatores complexos, incluindo:

* Problemas de atenção - Elas podem se distrair facilmente com estímulos externos, como ruídos e movimentos, ou com seus próprios pensamentos, o que frequentemente as impede de se concentrarem em uma atividade por um período prolongado de tempo.

* Problemas de memória - Indivíduos com TDAH podem esquecer facilmente coisas que acabaram de fazer ou que foram solicitadas a fazer.

* Problemas de organização - Priorizar tarefas, criar listas de afazeres ou estabelecer uma rotina se mostra muito complicado para aqueles que têm TDAH.

* Problemas de execução - Iniciar uma tarefa ou manter-se motivado para concluí-la pode ser extremamente difícil para alguém com TDAH. Eles podem ficar entediados ou distraídos, o que leva a abandonarem o que estão fazendo e pularem para outra coisa.

Se você conhece alguém que possui TDAH e enfrenta desafios ao concluir tarefas simples, procure compreender e respeitar o tempo dessa pessoa.

Comemorar cada pequena conquista ao longo do percurso também pode ajudar a manter a motivação e elevar sua autoestima.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Ansiedade e a fome

A ansiedade pode afetar a nossa fome de diferentes maneiras: algumas pessoas podem sentir falta de apetite quando estão ansiosas porque seus níveis de estresse podem ser elevados, levando-as a não querer comer. Outras podem sentir aumento do apetite ou compulsão alimentar, pois buscam aliviar a tensão ou preencher algum vazio emocional. Essa ansiedade também pode causar outros efeitos digestivos, como dores estomacais e náuseas.

Se a ansiedade anda atrapalhando a sua rotina, você pode tentar algumas estratégias para lidar com ela, como respirar profundamente, praticar exercícios físicos, meditar, ou conversar com alguém de confiança.

Se ainda assim a ansiedade persistir, não pense duas vezes para buscar apoio profissional. Lembre-se de que cuidar da sua saúde mental é tão importante quanto cuidar da sua saúde física!

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Um terço dos brasileiros diz ter ansiedade, problemas com sono e alimentação, segundo Datafolha

(Imagem: Freepik)

De acordo com uma pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (19), um terço dos brasileiros relata ter problemas frequentemente ou sempre com ansiedade, com o sono e com a alimentação.

A sondagem foi realizada entre os dias 31 de julho e 7 de agosto, com 2.534 pessoas de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa mostra que, apesar da presença de sintomas de desânimo e falta de prazer nas tarefas diárias, cerca de 70% dos entrevistados acreditam ter uma saúde mental ótima ou boa. Outros 23% a consideram regular e apenas 7% disseram ser ruim ou péssima.

Na divisão por idade, a faixa de 16 e 24 anos teve o pior resultado, com 13% de ruim ou péssimo.
Já a divisão entre sexo mostra que homens também são mais avessos a reconhecer problemas de saúde mental: apenas 5% a consideram ruim ou péssima. Entre as mulheres são 9%.

Veja os principais resultados:

Avaliação de saúde mental entre homens

77% de ótima ou boa;
19% de regular;
5% de ruim ou péssimo.

Avaliação de saúde mental entre mulheres

64% de ótima ou boa;
27% de regular;
9% de ruim ou péssimo.

Os resultados acima contrastam com sintomas e diagnósticos também pesquisados pelo Datafolha nesta rodada de pesquisa. Segundo o instituto, 21% dos brasileiros procuraram algum profissional focado em saúde mental nos últimos 12 meses, como terapeutas, psicólogos e psiquiatras.

Veja abaixo os principais resultados da sondagem de sintomas:

Frequência em que sente pouco interesse ou prazer em fazer as coisas, entre homens

16% disseram que sempre;
7% disseram que frequentemente;
23% disseram que às vezes;
19% disseram que raramente;
35% disseram que nunca;
1% não soube responder.

Na divisão por idade, a faixa de 16 e 24 anos teve o pior resultado, com 13% de ruim ou péssimo. Já a divisão entre sexo mostra que homens também são mais avessos a reconhecer problemas de saúde mental: apenas 5% a consideram ruim ou péssima. Entre as mulheres são 9%.

Veja os principais resultados abaixo.

Avaliação de saúde mental entre homens

77% de ótima ou boa;
19% de regular;
5% de ruim ou péssimo.

Avaliação de saúde mental entre mulheres

64% de ótima ou boa;
27% de regular;
9% de ruim ou péssimo.

Os resultados acima contrastam com sintomas e diagnósticos também pesquisados pelo Datafolha nesta rodada de pesquisa. Segundo instituto, 21% dos brasileiros procuraram algum profissional focado em saúde mental nos últimos 12 meses, como terapeutas, psicólogos e psiquiatras.

Veja abaixo os principais resultados da sondagem de sintomas:

Frequência em que sente pouco interesse ou prazer em fazer as coisas, entre homens

16% disseram que sempre;
7% disseram que frequentemente;
23% disseram que às vezes;
19% disseram que raramente;
35% disseram que nunca;
1% não soube responder.


(Fonte: G1)

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Camisetas Sem Transtorno!

Chegaram as camisetas do projeto Sem Transtorno, pensadas com muito carinho para representar, conscientizar e - por que não!? - divertir! 😊

Feitas em parceria com a marca Reserva.Ink, nossas peças são inspiradas no conteúdo do Sem Transtorno e confeccionadas com material de excelente qualidade. 

Todas as vendas ajudarão a manter o projeto Sem Transtorno, que desde 2007 se empenha para oferecer informação e acolhimento para pessoas com síndrome do pânico e outros transtornos de ansiedade.

Conheça nossa loja e nos ajude a crescer! 

www.reserva.ink/semtranstorno







quinta-feira, 17 de agosto de 2023

O sangramento emocional de ajudar aqueles que não querem ser ajudados

 


Quase todo mundo foi educado para fazer o que é possível, e o impossível, para ajudar os outros. É um conceito profundamente enraizado e que, sem dúvida, é muito louvável. No entanto, às vezes, no ato de ajudar os outros podemos praticar um sangramento emocional que drena nossa energia e destrói nosso equilíbrio psicológico.

Todos os psicólogos sabem que você não pode ajudar aqueles que não querem ser ajudados. Portanto, em alguns casos, o primeiro objetivo da terapia psicológica é fazer a pessoa entender que ela tem um problema e que precisa de ajuda. Esse é o ponto de partida para poder trabalhar, porque sem um compromisso pessoal a mudança interna é praticamente impossível. O mesmo acontece na vida em geral. Só podemos ajudar quem aceita ser ajudado.


Dar óculos para alguém que não quer ver

Ajudar quem não quer ser ajudado é como arrumar óculos pra quem não quer ver. Simplesmente não  a pessoa nãos os usará. É provável que nem mesmo valorize a nossa ajuda e o esforço que investimos, podendo até considerar nossos gestos como uma invasão em sua privacidade….

Isso significa que devemos jogar a toalha quando percebemos que uma pessoa está causando danos a si mesma? Não! No entanto, devemos estar cientes de que nossa ajuda tem limites, limites muitas vezes colocados pela outra pessoa. Devemos aprender que  a ajuda que podemos fornecer está limitada à ajuda que o outro está disposto a aceitar.

É importante entender que quando alguém está passando por uma situação difícil, pode ser assustador reconhecê-la, então ela pode precisar de um pouco de tempo para processar emocionalmente e racionalmente o que está acontecendo. Só mais tarde consegue pedir ajuda. Portanto, às vezes você tem que dar tempo para ela olhar para dentro de si mesma, entender o que está acontecendo e pedir apoio. 


A atitude correta para ajudar alguém de verdade

Quando uma pessoa que está com problemas rejeita sua ajuda, você pode se sentir irritado, frustrado. No entanto, é bom entender que esses sentimentos não ajudarão essa pessoa. Trata-se de enfrentar a situação com uma atitude diferente, e para isso você terá que:

– Suponha que todos devem aprender com seus erros e superar seus obstáculos. Nós devemos parar de agir como pais superprotetores. Precisamos entender que todos devem aprender suas próprias lições com seus erros. Por mais que amemos algumas pessoas, nem sempre podemos carregar seu “fardo” ou resolver problemas em seu lugar, porque o crescimento ocorre precisamente quando os obstáculos que a vida coloca diante de nós são superados.

– Pare de pensar que as coisas devem ser feitas de maneira precisa. Em muitas ocasiões, essa tendência de ajudar nasce da crença de que a outra pessoa está fazendo as coisas “mal”, o que é porque acreditamos que sabemos fazer “bem”. Na realidade, todos devem encontrar o caminho para resolver problemas e desenvolver um estilo de enfrentamento. Não existe uma maneira única de fazer as coisas, portanto, antes de dar sua ajuda, você deve se certificar de que se distanciou dessa crença, do contrário, é provável que queira impor sua opinião ou ponto de vista, algo que não costuma ser bem recebido e faz o outro ficar na defensiva….


O que você pode fazer:

– Não pressione. Quando uma pessoa não está psicologicamente preparada para buscar ou aceitar ajuda, pressionar pode ter o efeito oposto ao que você pretende, fazendo com que ela se feche e se afaste. Portanto, o primeiro passo é não pressionar.

– Mantenha-se disponível. A melhor maneira de apoiar uma pessoa que não quer ser ajudada é ficar ao lado dela quando ela decidir procurar ajuda. Devemos ter em mente que todos devem passar por uma série de etapas quando sofrem feridas emocionais e há etapas em que apenas um ombro amigo é necessário.

– Aprenda. O que tem sido melhor para você pode não ser uma boa solução para quem você quer ajudar. Portanto, é importante informar-se em profundidade sobre o problema. Também é conveniente encorajar essa pessoa a falar sobre o assunto para que você entenda a perspectiva dela. O melhor conselho vem da empatia, se você aconselhar do seu lugar e ponto de vista, suas soluções podem ser perfeitamente inúteis.

– Definir limites. Em alguns casos, uma pessoa com problemas pode cair numa espiral de autodestruição e, se você não for cuidadoso, pode se arrastar com ela. Portanto, é importante que você estabeleça limites que protejam seu equilíbrio emocional se realmente quiser ajudar o outro. 




quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Cordão de girassol: 6 benefícios para o TDAH

O cordão de girassol é um símbolo que identifica pessoas com deficiências ocultas, como o TDAH. Saiba o que é, como obter e como ele pode facilitar o seu atendimento e inclusão

Via: TDHALIZADO


O cordão de girassol é uma identificação para pessoas que possuem deficiências ocultas, ou seja, condições de saúde que não são facilmente perceptíveis pelos que estão ao redor e que podem afetar a participação efetiva dessas pessoas na sociedade. 

Algumas dessas condições são:

Autismo;

Asma;

Dores crônicas;

Baixa audição;

Surdez;

Demência;

Doença de Crohn;

Fobias extremas;

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).


O cordão de girassol permite que as pessoas com deficiências ocultas tenham acesso prioritário ao atendimento e à assistência às suas necessidades especiais sem precisar dar explicações ou justificativas, evitando assim constrangimentos e situações desagradáveis que podem prejudicar a sua saúde mental e emocional. Adicionalmente, o uso do cordão promove a empatia e o respeito por parte das outras pessoas que convivem com elas.

Criado em 2016 pelos funcionários do aeroporto de Gatwick (Londres), com objetivo de facilitar e humanizar o atendimento às pessoas com deficiências ocultas, principalmente em ambientes movimentados e estressantes, como aeroportos, supermercados, bancos, farmácias, bares, restaurantes e lojas em geral, o cordão tem se espalhado pelo mundo e ganhado o apoio de diversas organizações públicas e privadas.

O que são deficiências ocultas?

Deficiências ocultas são aquelas que não são visíveis ou evidentes para os outros e podem ser físicas ou mentais, afetando a forma como as pessoas se comunicam, interagem ou se comportam em diferentes situações. Muitas vezes, as pessoas com essas condições não recebem o apoio ou a compreensão que precisam, pois são julgadas como preguiçosas, desatentas, mal-educadas ou incapazes, gerando assim sentimentos de frustração, isolamento, baixa autoestima e depressão.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% da população mundial possui algum tipo de deficiência, sendo que a maioria delas é oculta. No Brasil, estima-se que existam mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, das quais 24 milhões têm deficiências ocultas, revelando a importância de se reconhecer e valorizar a diversidade humana e garantir os direitos e a dignidade de todas as pessoas.


Como o TDAH pode ser enxergado como uma deficiência oculta?

O TDAH pode ser considerado uma deficiência oculta uma vez que nem sempre é diagnosticado ou tratado adequadamente, e seus sintomas não são facilmente visíveis. Muitas pessoas que sofrem com o transtorno são vítimas de preconceito e discriminação por parte da família, dos amigos, dos professores e dos colegas de trabalho, que muitas vezes não compreendem suas limitações e dificuldades cotidianas. Além disso, muitos desses indivíduos não se reconhecem como portadores de uma deficiência e não buscam ajuda profissional ou apoio especializado.


Como o cordão de girassol pode ajudar pessoas com TDAH?

O uso do cordão de girassol pode trazer vários benefícios para as pessoas com TDAH. Veja alguns deles:


Facilita a comunicação

O cordão é um sinal visual que indica que a pessoa tem uma deficiência oculta e que pode ter dificuldades para se expressar ou entender o que os outros dizem. Assim, ele facilita a comunicação entre as pessoas com TDAH e as que estão ao seu redor, pois permite que elas sejam mais claras e objetivas nas suas demandas e expectativas.

Uma pessoa com TDAH pode ter dificuldade em se concentrar e se comunicar no caixa do supermercado. O uso do cordão de girassol pode ajudar a indicar que ela tem uma deficiência oculta e precisa de mais paciência e apoio durante o processo de pagamento. Assim, o caixa pode fornecer instruções claras e diretas ou permitir que a pessoa faça o pagamento em um ritmo mais confortável.


Promove a inclusão

Como uma forma de conscientizar a sociedade sobre a existência e a diversidade das deficiências ocultas, ele promove a inclusão das pessoas com TDAH nos mais variados espaços e atividades, pois estimula o respeito, a tolerância e a solidariedade entre as pessoas, além de incentivar as instituições públicas e privadas a oferecerem serviços individualizados e adaptados às necessidades especiais dessas pessoas.

Em um evento social, uma pessoa com TDAH pode sentir-se sobrecarregada com o barulho e a agitação do ambiente. Utilizando o cordão de girassol, ela pode chamar a atenção dos organizadores para suas necessidades especiais. Os organizadores podem providenciar um local mais reservado e silencioso para que essa pessoa possa descansar ou se acalmar. Dessa forma, o cordão de girassol ajuda a promover a inclusão e a acessibilidade em eventos sociais, garantindo que todas as pessoas possam participar e se divertir em um ambiente seguro e confortável.


Melhora a concentração

Como uma espécie de âncora, o cordão pode se tornar um recurso para ajudar as pessoas com TDAH a melhorarem a sua concentração em ambientes movimentados ou barulhentos. Ele pode servir como um lembrete para elas se focarem na tarefa que estão realizando ou no objetivo que querem alcançar. Ele também pode chamar a atenção dos outros para não interromperem ou distraírem as pessoas com TDAH enquanto elas estão concentradas.

Em uma biblioteca, uma pessoa com TDAH está estudando para uma prova importante. Ela usa o cordão de girassol e se senta em uma mesa silenciosa e isolada para se concentrar melhor. O cordão chama a atenção dos outros usuários da biblioteca para não interrompê-la ou distraí-la enquanto ela está estudando. Além disso, o cordão serve como um lembrete para ela manter o foco na tarefa em questão e não se distrair com barulhos ou movimentos ao redor.


Simplifica as instruções

Como um meio de simplificar as instruções que são dadas às pessoas com TDAH, o cordão de girassol pode indicar que elas precisem de informações mais detalhadas, claras e diretas sobre o que devem fazer ou como devem agir em determinadas situações, sugerindo que elas precisam de mais tempo para processar as informações

Durante um exame de saúde, uma pessoa com TDAH pode ter dificuldades para compreender as orientações do médico ou para manter a concentração durante o procedimento, o que pode aumentar a ansiedade e o estresse. Através do uso do cordão de girassol, ela pode indicar que precisa de orientações mais precisas e objetivas para entender melhor o que está acontecendo e sentir-se mais tranquila durante o exame. O médico pode, então, adaptar a maneira como se comunica com ela e fornecer orientações mais simples e sucintas.


Aumenta a autoestima

Não é apenas uma ferramenta para se destacar, mas também um símbolo de autoestima para pessoas com deficiências ocultas. O cordão mostra que esses indivíduos se aceitam como são, não têm vergonha ou medo de expor suas dificuldades, além de mostrar que eles se valorizam e buscam seu bem-estar e desenvolvimento pessoal.

Um exemplo de como o cordão de girassol pode ajudar a aumentar a autoestima de pessoas com deficiências ocultas é quando alguém com TDAH usa o cordão em um ambiente social, como uma festa ou um encontro com amigos. Sabendo que tem o cordão de girassol e que pode contar com a empatia e o respeito dos outros, essa pessoa pode se sentir mais confiante e menos ansiosa em relação à sua condição.


Reduz o estresse

O cordão é um instrumento que pode reduzir o estresse das pessoas com TDAH. Ele pode evitar que elas se sintam sobrecarregadas ou ansiosas em ambientes que não são adequados às suas necessidades. Ele pode garantir que elas tenham acesso a um caminho mais calmo e tranquilo em locais como aeroportos, prédios públicos ou eventos sociais. Ele pode facilitar os processos rotineiros de segurança, como revistas ou detectores de metais, que podem ser desconfortáveis ou assustadores para elas.


O uso do cordão de girassol é obrigatório?


Não, o uso do cordão de girassol é voluntário e opcional. Cada pessoa com deficiência oculta pode decidir se quer ou não usar esse acessório para se identificar. O cordão é apenas uma ferramenta que pode facilitar a vida dessas pessoas, mas não é uma exigência legal ou moral.


Onde posso conseguir um cordão de girassol?


Você pode conseguir um cordão de girassol em diversos locais que aderiram à iniciativa, como aeroportos, supermercados, bancos, farmácias, bares, restaurantes e lojas em geral. Você também pode comprar um cordão de girassol pela internet, em sites especializados ou em plataformas de comércio eletrônico.

O preço varia de acordo com o modelo e a qualidade do material, mas geralmente é bem acessível.


O que fazer se alguém não respeitar o cordão de girassol?

Em situações em que algumas pessoas não respeitarem o cordão de girassol ou não souberem o que ele significa, é possível tentar explicar de forma educada que possui uma deficiência oculta e que necessita de um atendimento especial ou diferenciado. Caso se sinta ofendido ou discriminado devido ao uso do cordão de girassol, é possível denunciar a situação aos órgãos competentes ou procurar um advogado para defender os seus direitos.


O cordão de girassol substitui o laudo médico ou o documento comprobatório da deficiência oculta?

Não, o cordão de girassol não substitui o laudo médico ou o documento comprobatório da deficiência oculta, mas é apenas uma forma de facilitar a identificação e o atendimento das pessoas com deficiências ocultas e não uma prova oficial ou legal da sua condição. Portanto, se for necessário, você deve apresentar o seu laudo médico ou o seu documento comprobatório da deficiência oculta para ter acesso aos seus direitos e benefícios.


Conclusão

O cordão de girassol representa a inclusão e o respeito pelas diferenças. Para indivíduos com deficiências ocultas, como o TDAH, esse acessório pode ser uma ferramenta valiosa para promover a comunicação, a inclusão, a acessibilidade e a autoestima. Com o uso desse simples objeto, essas pessoas demonstram que não estão sozinhas e que merecem ser respeitadas e valorizadas como qualquer outra.

Através deste artigo, esperamos ter inspirado você a apoiar esta iniciativa e a reconhecer a importância da diversidade humana, bem como a criar coragem e usar o coração. Compartilhe esta ideia com seus amigos e familiares e, juntos, vamos construir uma sociedade mais inclusiva e solidária para todos.


N. da E.: No Brasil o TDAH não é considerado uma deficiência, portanto uma pessoa com TDAH não tem os direitos de pessoa com deficiência. O cordão pode ser utilizado no Brasil por pessoas com TDAH como uma forma de gerar empatia e para que outras pessoas reconheçam a diversidade, mas, infelizmente, ainda não lhe garante direitos ou benefícios.