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Normalmente, os pacientes com transtornos de ansiedade procuram primeiro um clínico ou cardiologista e fazem vários exames antes de serem encaminhados a um profissional de saúde mental para avaliação.
Isso não é necessariamente negativo, pois é importante descartar outras condições clínicas antes de diagnosticar um transtorno de ansiedade. Por exemplo, um ataque de pânico pode se parecer muito com uma crise cardíaca aguda.
O problema surge quando há atrasos no diagnóstico, com o paciente passando por médicos de diferentes especialidades e repetindo exames diversas vezes antes de receber o diagnóstico correto. Isso é ainda mais problemático se o paciente não acreditar que seus sintomas são causados por um distúrbio ansioso, mesmo após consultar vários especialistas.
Esse atraso e falta de crença comprometem o tratamento, levando o paciente a um ciclo onde ele fica ansioso por estar experienciando a ansiedade. Isso pode levar a uma narrativa mental de que está morrendo, que o diagnóstico está errado e que todos os médicos erraram, aumentando a intensidade do quadro ansioso.
Se não tratada a longo prazo, a ansiedade pode aumentar o risco de desenvolver doenças físicas como hipertensão, infarto, AVC, diabetes, gastrite, úlcera e enfraquecimento do sistema imunológico. A ansiedade crônica, por exemplo, pode predispor à hipertensão devido à ativação crônica do sistema nervoso autônomo, responsável pela regulação da pressão arterial.
O tratamento dos transtornos de ansiedade inclui medicação e psicoterapia. A medicação regula os neurotransmissores cerebrais relacionados à ansiedade, enquanto a psicoterapia ajuda a modificar os pensamentos e crenças que alimentam a ansiedade. Técnicas de relaxamento, como o relaxamento muscular progressivo e a respiração diafragmática, também podem aliviar os sintomas físicos da ansiedade.
(Fonte: Jornal O Tempo)
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