terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Pode parecer antipático, ou que sou do contra, mas o fato é que eu nunca liguei para essas festas de final de ano. Acho gostoso pelo clima afetuoso que paira no ar, por reunirmos a família e os amigos - quando os temos e quando podemos -, mas não chego a me empolgar. Ano novo pra mim pode ser todo dia. Todo dia pode ser dia de recomeço, de um novo início. Então o que desejo para todos vocês é que sintam a vida com menos medo, com menos sofrimento, e com mais alegria. 
                                                       Foto: reprodução internet
E se isso não acontecer a partir de amanhã, primeiro dia do ano, acontecerá em um dos muitos outros dias que virão! :)

Tenham força e coragem!!!


Em 2014 vamos iniciar os encontros do grupo de apoio a portadores de pânico aqui no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca. Vai ser um passo muito importante de um belo projeto de conscientização e superação que tenho em mente.


Um grande abraço e todo meu carinho,

Karen Terahata



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Entenda a ansiedade

O que é ansiedade?

A ansiedade é uma reação normal do organismo que prepara a pessoa para situações de perigo. Se não existisse ansiedade ou medo, as pessoas morreriam, pois não estariam alertas aos perigos da vida. Diante do perigo, as glândulas adrenais liberam adrenalina na corrente sanguínea, que prepara o corpo para uma reação de luta ou fuga.

Ansiedade é normal?

A ansiedade é normal e faz parte do repertório normal de emoções do ser humano. No entanto, quando exagerada, provoca muito sofrimento e interferência na vida cotidiana e passa a ser considerada patológica. 

Quais são os sintomas da ansiedade?

Os sintomas da ansiedade podem ser divididos em mentais e somáticos.
Os sintomas mentais (ou psíquicos) são medo de que ocorra algo ruim, preocupação excessiva e sensação de perigo iminente. 
Os sintomas somáticos incluem tensão motora, hiperatividade autonômica e hipervigilância, além de somatização importante. A hiperatividade autonômica se manifesta por meio da descarga de adrenalina, que causa taquicardia (coração acelerado), sudorese, tremores, falta de ar, calafrios ondas de calor, náusea, aperto no peito, tontura, urgência urinária e diarreia. A hipervigilância, que é estar alerta ao perigo, ocasiona dificuldade de concentração e, consequentemente, de memorização.

A ansiedade exagerada é uma doença?

Na realidade, a ansiedade exagerada pode fazer parte de várias doenças. Há os transtornos que são primariamente relacionados à ansiedade, como é o caso do transtorno do pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo*, as fobias, entre outros. Em outras doenças, psiquiátricas ou não, também se encontra ansiedade excessiva, por exemplo, na depressão, no hipertireoidismo, entre outras. Por isso, é necessária uma avaliação médica cuidadosa em cada caso de ansiedade, muitas vezes com a solicitação de exames laboratoriais para um diagnóstico diferencial. 

Como se trata a ansiedade?

A ansiedade é tratada com medicamentos e psicoterapia. Vários medicamentos aliviam-na, sendo alguns indicados para uma crise e outros para tratamento de longo prazo. 

Há várias abordagens psicoterápicas para o tratamento da ansiedade. Por exemplo, uma técnica cognitivo-comportamental que pode ser usada é a exposição com prevenção de resposta. Essa técnica pode ser usada por meio da imaginação ou in vivo.

Outras técnicas para manejo de ansiedade


Dessensibilização sistemática: é uma técnica que pode ser usada nas fobias. O paciente é exposto gradualmente ao objeto temido, de modo que a ansiedade vai diminuindo aos poucos. 

Relaxamento aplicado: o paciente é orientado a controlar ou antever os sintomas fisiológicos relacionados à ansiedade e relaxar nos momentos em que se sente ansioso.

Que medidas posso tomar para ajudar no controle da ansiedade?

Existem várias medidas que ajudam a controlar a ansiedade. Todas elas envolvem a busca por uma melhor qualidade de vida (saúdes física e mental): uma mente sã depende de um corpo são.

Como cuidar do corpo?


  • Mantenha uma dieta saudável;
  • Não abuse de bebidas alcoólicas, nem mesmo de "bebedeiras" de fim de semana, pois aumentam o risco de alcoolismo. O álcool também piora a depressão e a ansiedade e pode interferir na qualidade do sono;
  • Evite drogas ilícitas. Maconha causa depressão, desencadeia psicoses em pessoas predispostas e pode prejudicar o aprendizado;
  • Pratique exercícios: a prática de atividades físicas reduz o estresse e o mau-humor por meio da liberação de endorfinas e outros neurotransmissores no cérebro. Exercícios também aceleram a recuperação de pacientes com depressão;
  • Tome sol: o sol estimula a produção de vitamina D no organismo, que fortalece os ossos, músculos e melhora o humor. Use filtro solar.
  • Evite situações estressantes. Por exemplo, procure evitar congestionamentos utilizando horários alternativos;
  • Aprenda técnicas de respiração e relaxamento, como ioga;
  • Uma boa qualidade de sono é fundamental para manter o bom ânimo e a energia para o dia a dia, para consolidar a memória do que se aprende durante o dia e para evitar doenças físicas e mentais, como enxaqueca e depressão.
  • Sexo: é relaxante e também uma atividade física. Uma vida sexual saudável contribui para manter a boa saúde mental.
  • Lazer: procure dedicar-se ao lazer ou descansar nos fins de semana. 

Texto retirado da publicação Qualidade de Vida - Ansiedade (Mantercorp Farmasa), patrocinada pela Hypermarcas.
Imagens: reprodução internet.


* No DSM-5 (2013), o TOC foi retirado do capítulo dos transtornos de ansiedade e colocado em um novo capítulo com o título de Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Transtornos Relacionados.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sugestão de leitura: "A Garota Que Tinha Medo"

Há algumas semanas, uma representante da Editora Schoba entrou em contato comigo para oferecer um de seus últimos lançamentos. Achei muito chique isso e aceitei, claro, a gentileza!

O livro "A Garota Que Tinha Medo", de Breno Melo, conta a história de Marina, uma jovem universitária que sofre de síndrome do pânico.

Como quase todos nós, os chamados "panicosos", Marina teve uma primeira crise traumática e precisou passar por outros ataques aterrorizantes até descobrir que precisava de tratamento mental.

Situações bastante comuns para quem vive ou já viveu a doença, como o pavor nas primeiras crises e o frio afastamento do namorado preconceituoso, são contadas
de maneira bastante esclarecedora. Aproxima, dessa forma, um leitor que pouco sabe sobre o assunto e ajuda a diminuir o preconceito.

A
lgumas referências históricas e religiosas podem ser um pouco cansativas, mas escolhi um desses momentos para compartilhar com vocês. Talvez por refletir uns dos meus mais inquietantes sentimentos. 

       "Péqui voltou sozinha, não havia conseguido ajuda e viu os momentos finais de meu desespero, quando os sintomas haviam diminuído a ponto de já não caracterizarem um ataque.
- Está melhor?

- Agora, sim. Mas e daqui a cinco minutos?
       A verdade é que eu poderia ter outro ataque a qualquer momento. Alguns panicosos têm vários ao dia. 

       Lancei lágrimas sobre meu peito como o céu acima lançava pingos sobre o solo. Por que Deus não Se manifestava no meio dessa tempestade para falar comigo? Por que Ele ao menos não me dava uma satisfação? Eu me desmanchava em lágrimas e não sabia exatamente o motivo.
       Mas chorar depois das crises era pouco, e eu voltava a chorar pelas crises que havia tido, pelas que poderiam vir e por tudo o que havia perdido devido a elas. (...) Me senti um lixo e tive raiva de Deus, que havia criado este lixo.
       (...) Nunca mais fui a mesma depois do primeiro ataque, temendo as pessoas ou os lugares. Tinha medo de passar por outros ataques, que poderiam acontecer a qualquer momento.
       Voltar aos lugares onde eu havia tido crises era praticamente impossível. Enfrentar multidões agora me metia medo! E ficar sozinha me deixava ansiosa, porque temia entrar em pânico sem que houvesse alguém de confiança por perto.

       Por que eu tinha de sofrer gratuitamente como Jó? Minha raiva de Deus se redobrava, ainda que continuasse menor que meu desespero. Me lembrei das aulas de Filosofia; me lembrei de Hegel. Para ele, Deus não intervém neste mundo, que funciona sozinho. Milagres? Não há milagres. (...)
       Refletindo sobre Deus, concluí que Ele era ausente e inativo demais para corresponder ao Ser onipresente e todo-poderoso da Bíblia. Deus não era como eu imaginava e me decepcionei. Eu poderia Lhe agradar ou ofendê-Lo, que Ele não moveria uma palha".




      

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Peço que me desculpem pela ausência, mas estou em período de provas, em busca da realização de um sonho antigo e sem tempo para me dedicar ao blog, esse meu xodó... 

Queria eu poder somente viver para escrever e escrever para viver...
mas ainda não me dou a esse luxo, e
enquanto esse dia não chega, preciso correr atrás! :)

Em breve tudo se normaliza e volto a postar para vocês com o mesmo carinho de sempre. Grande abraço, saúde, paz e 
coragem! <3

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

300 MIL!!!

Alcançamos trezentas mil visualizações!
Incrível... muito obrigada a todos vocês, espero poder ajudar cada vez mais.
Muito amor, paz e coragem para todos nós! <3

sábado, 9 de novembro de 2013

Rivotril? - Eis a questão

                                                           Imagem: internet
Esta semana, coincidentemente, recebi e-mails e mensagens de várias pessoas em crise de pânico com medo de tomar um ansiolítico - mais precisamente o Rivotril.

Em primeiro lugar, gostaria de lembrar que não sou médica, nem psicóloga. Sou apenas uma portadora de pânico e de ansiedade generalizada há pelo menos 16 anos, que leva a sério seu tratamento com terapia e medicação (inclusive Rivotril, quando necessário). Já comi o pão que o diabo amassou por causa da ansiedade, mas,
com muita força de vontade e acompanhamento profissional adequado, estou conseguindo ter minha vida de volta - de bônus, um estimulante recomeço.

Tendo isso esclarecido, me sinto à vontade em dar minha opinião: Rivotril é coisa séria sim, pode causar dependência sim e deve ser usado com muita responsabilidade, somente com prescrição médica. Mas se houver essa prescrição médica, aconselho que tome.

Quando estamos num período de crises de pânico, principalmente quando temos as primeiras crises e não sabemos como controlá-las, o ansiolítico ajuda muito. Ele relaxa, diminui as sensações ruins da ansiedade.
Ansiedade que acelera o nosso batimento cardíaco e que, com isso, prejudica a nossa respiração e faz a gente sentir falta de ar, além de pressão no peito,
formigamentos...

Eu raramente faço uso de Rivotril. Tomei pela última vez há dois meses, quando viajei de avião depois de passar dez anos me esquivando dessa situação! Como não se pede para parar um avião da mesma forma como se pede para parar um ônibus, eu ficava imaginando o que eu faria se tivesse uma crise de pânico durante o voo. Me sentia mal só de pensar na vergonha que eu poderia passar e fazer minha família passar junto! Mas deu tudo certo, e agradeço por ter levado meu Rivotril na bolsa. Mesmo tendo feito todo um "trabalho de base" com a minha psicóloga e com a minha psiquiatra, me senti bem mais segura. E com a ansiedade controlada, pude curtir a viagem, sem nenhum problema.
(aproveite para ler o post Superação - Férias!, onde falo mais sobre essa minha experiência)


No mês passado, a Veja Rio publicou uma matéria de capa sobre o Rivotril e vou compartilhar com vocês os trechos que achei mais interessantes. Caso queiram ler a reportagem completa, aí vai o link.
 
Cabe a cada um, obviamente, julgar o que é melhor para si. Estou aqui apenas dando minha opinião fundamentada na minha vivência com a doença, ok? Consulte sempre um médico! Não custa lembrar!... ;)


Coragem! Paz! <3


No astral do Rivotril 

Indicado para tratar síndrome do pânico e fobias, o medicamento de tarja preta é adotado por cariocas como panaceia para as tensões do dia a dia
Por Sofia Cerqueira

- De acordo com dados de mercado, trata-se do calmante mais consumido no Rio, à frente de drogas para impotência sexual e hipertensão.

- "Para muita gente funciona como se fosse o velho copinho de água com açúcar, o que evidentemente é um exagero", compara a médica Fátima Vasconcellos, presidente da Associação Psiquiátrica do Estado e chefe de clínica do Serviço de Psiquiatra da Santa Casa.

- Chamado de "pílula da felicidade", "comprimido do relax" ou "gotinha da paz" em sua versão líquida, o Rivotril desfruta uma aura pop incomum para um medicamento. (...) Apenas na internet, há mais de oitenta páginas espalhadas pelas redes sociais fazendo alusão ao uso do remédio ou estampando o seu nome. 

- Boa parte dessa popularidade vem dos efeitos do Rivotril, que desacelera o sistema nervoso central, nocauteando um grupo de neurotransmissores e reduzindo as respostas aos estímulos externos. Como resultado, induz a um relaxamento muscular, a uma sensação de tranquilidade, chegando à sedação leve, no caso de doses mais altas. Quem toma explica que o efeito é parecido com o do consumo de uma ou duas doses de álcool, mas mantendo a clareza dos pensamentos e uma impressão de calma e paz.

- É inegável que uma droga tão bem-sucedida traz benefícios às pessoas que a consomem. A questão central, evidentemente, não é o remédio. O problema aparece quando, sem o monitoramento adequado, ele se transforma em muleta diante da mais prosaica das adversidades.

- Com o ritmo de vida acelerado e a contínua exposição a pressões (sejam pessoais, sejam profissionais), um em cada três moradores de regiões metropolitanas apresenta distúrbios decorrentes da ansiedade. Os problemas com o sono também são muito frequentes: estima-se que atinjam de 15% a 27% da população adulta. Não à toa, suas vendas, somadas às das versões genéricas comercializadas sob o nome de Clonazepam, crescem ao ritmo de 15% ao ano. 


- "Prescrito de forma correta e por um tempo adequado, o remédio é muito seguro e eficaz", defende o psiquiatra Antonio Egidio Nardi, professor titular da Faculdade de Medicina da UFRJ e uma das maiores autoridades em transtornos de ansiedade no país. 

domingo, 3 de novembro de 2013

Por uma infância saudável e um adulto são

Um dos meus objetivos com o Sem Transtorno é conscientizar pais e educadores sobre a importância de proporcionar à criança uma infância saudável para que, no futuro, essa criança se torne um adulto psicologicamente seguro. 

A minha experiência me serve de motivação para clamar por isso e tentar evitar que outras tantas crianças sofram as consequências de uma negligência - mesmo que essa negligência seja involuntária. Por isso, gostaria de contar um pouco da minha história para vocês.
Dessa vez não serei tão "branda" como de costume. O assunto é hard e não tenho como florear muito, espero que compreendam!


Sou filha única de pais tardios. Quando nasci, minha mãe tinha 42 anos e meu pai 44. Ela japonesa, ele filho de espanhóis; machista e moralista. Nos dias de hoje isso pode não fazer muita diferença, várias amigas minhas decidiram ser mães aos 40 por diversos motivos. Mas na minha infância, lembro que fazia diferença sim. Além da diferença de idade entre nós, havia a diferença cultural também. Minha mãe veio criança para o Brasil, mas agia como se ainda vivesse no Japão. Quando criança, eu não podia pintar as unhas nem de esmalte clarinho, usar batom mesmo que fosse clarinho também, falar palavras feias ("droga", por exemplo, era um palavrão pra ela), só fui furar as orelhas pré-adolescente e porque insisti muito. E isso, pra uma criança, não é fácil de administrar. Criança quer ser aceita, fazer parte da turma, ser igual ou melhor do que os coleguinhas. O problema é que qualquer coisa boba pode se tornar motivo para ser descriminado e virar chacota. Certas crianças saberão lidar bem com isso, outras sofrerão mais do que o necessário. Eu até que me virava bem.

Sempre fui muito mimada. Tinha os melhores brinquedos, as melhores roupas, bastava dizer "eu quero" que conseguia qualquer coisa. Meus pais trabalhavam fora de segunda a sábado, o dia todo, ambos no comércio. 
Meu pai era sócio em duas joalherias em Copacabana e minha mãe era vendedora em uma joalheria muito famosa, em Ipanema. Por ser uma das únicas japonesas e tão competente no que fazia, era muito requisitada (os japoneses eram ótimos compradores). Ela diversas vezes trabalhava aos domingos e feriados também. E para compensar a ausência, presentes e mais presentes fora de hora para mim.
Nada de apanhar, nada de ficar de castigo, nada de limites. Se tirava notas boas, ótimo. Se não tirava, também. Nada mudava.


Minha rotina era acompanhada de perto pelas empregadas da nossa casa e por uma tia, irmã do meu pai, que morava com a gente, a tia Yvonne. Ela era como uma avó pra mim. Quando morreu, eu tinha 19 anos e sofri demais.
Ela e as empregadas é quem me levavam pra escola, me buscavam, me levavam pro balé, pro jazz, pra natação, pra aula de piano, de inglês, japonês... e também ao cinema e à Casa de Rui Barbosa, onde cresci brincando. 
 

Talvez por ter mais tempo do que minha mãe, meu pai me acompanhava mais. Ele costumava me levar para nadar no clube - o Fluminense - e até hoje adora narrar minhas travessuras na piscina. Ele gostava também de me ver jogando handebol nas olimpíadas escolares, principalmente quando elas aconteciam dentro do Forte São João, na Urca. Conta cheio de orgulho que os outros pais diziam: "Essa menina é danada"! 
E na minha primeira audição de piano ele foi e, pra ele, eu fui a mais aplaudida. Já minha mãe não foi, ficou com receio. Passei a vida achando que ela tinha ficado presa no trabalho, mas há pouco tempo ela me confessou que não foi porque achou que eu não iria tocar bem... Santa cobrança, Batman...

Abuso aos 12 anos

Fiquei menstruada pela primeira vez aos dez anos. Com isso, meu corpo se desenvolveu rapidamente, precisei usar sutiã e me tornei a garota mais alta da turma. Quando eu estava na 6ª série - hoje o 7º ano do ensino médio -, comecei a ser assediada por um professor. Ele era jovem, devia ter 25 ou 26 anos, não era bonito, mas praticava esportes radicais, andava com roupas de grife e, acho que por isso, chamava a atenção de algumas meninas.
  
Um dia, durante o recreio, um grupo de amigas presenciou uma dessas investidas. Ele mandava recados por elas, dizia que era apaixonado por mim, que queria namorar comigo. Isso me deixou muito envergonhada.
Mas como a maioria das crianças que sofrem algum tipo de abuso, eu me sentia culpada também; achava que de alguma forma eu tinha provocado aquela situação. Pedi então para a minha mãe me tirar da escola - a escola onde estudava desde o pré-escolar, onde tinha todos os meus amigos, onde era representante de turma, capitã do time de handebol...
Ela estranhou o pedido, mas não a ponto de impedir que eu tomasse a decisão. Acho que ali faltou diálogo, sensibilidade, entrosamento entre meus pais e eu. Se eles tivessem forçado a barra, talvez tivessem descoberto a tempo o que estava acontecendo comigo.

Mudei de escola, mas os problemas não pararam. O tal professor descobriu meu novo colégio e passou a me esperar do outro lado da calçada na hora da saída. Me esperava também na porta da academia onde eu malhava e às vezes me seguia até em casa. Eu sempre andava acompanhada de uma empregada, mas isso não o intimidava. Um dia me colocou dentro do carro dele e me levou para um "passeio". Nesse passeio, abusou de mim. 

Eu ainda era muito ingênua, continuava sendo a menina que não falava palavrão e nem usava maquiagem. Mas a partir daquele dia, sei que alguma coisa dentro de mim mudou. Mudou pra pior.

Corri para a casa de uma amiga e contei o que tinha acontecido. Ela me explicou calmamente tudo o que sabia, já que tinha um irmão. "Meninos fazem coisas estranhas mesmo, meio nojentas, mas se fizeram com você é porque te acham bonita". Quanta ingenuidade...

Meu pesadelo só acabou quando criei coragem de contar pra minha mãe. Naquele dia, ele ligou pra minha casa e ficou dizendo coisas obscenas pra mim, coisas que na época eu não entendi, mas sabia que eram "inadequadas". Chamei minha mãe e pedi para ela escutar a conversa na extensão. Uma frase foi suficiente para deixá-la transtornada. Lembro que ela gritava: "Se você procurar a minha filha de novo, eu te mato!" Felizmente, não precisou matar. Ele me deixou em paz.

Em paz é modo de dizer porque carreguei esse trauma comigo durante anos e anos. E a isso, mais tarde, somatizou-se o alcoolismo do meu pai, a aposentadoria da minha mãe e a consequente queda no nosso padrão de vida, a minha entrada na faculdade, a preocupação com o meu futuro... e de uma menina tranquila e estudiosa, passei a me comportar mal, a beber, fumar, repeti de ano, fiquei completamente desconcentrada, sem foco e agressiva. Me sentia perdida, desprotegida, um barco à deriva. E é assim que se sente um jovem sem um direcionamento, sem limitações, sem a segurança que só uma família pode proporcionar.

Aos 21, a primeira crise de pânico e o início da minha luta por sanidade.

Somente há dois anos mais ou menos é que levei esse assunto para a minha terapia e comecei a enfrentá-lo. Não omiti propositalmente, era como se eu tivesse colocado essa "sujeira" embaixo do tapete e esquecido por lá.
Quando esse assunto veio à tona, passei mal, chorei muito, mas minha psicóloga me convenceu de que era necessário falarmos sobre isso. Então seguimos em frente. Hoje, relembrando tudo, minhas mãos suam frio e meu coração bate disparado. É claro que não me faz bem, mas achei que era o momento de falar abertamente sobre isso com vocês e alertar sobre a necessidade de se manter um bom relacionamento com os filhos, com os netos, com os alunos. De prestar atenção em mudanças bruscas de comportamento, em uma tristeza aparentemente sem motivo. Queria acrescentar ainda que não me faltou amor dos meus pais, eles sempre foram carinhosos e dedicados dentro das possibilidades deles. Me faltou atenção, esclarecimento por parte deles. E h
oje temos muita informação ao nosso alcance, profissionais bem mais preparados para ajudar nesse tipo de situação, remédios e terapias eficazes. Temos muito mais chance de evitar que isso aconteça.

Gostaria de dividir com vocês também um trecho do livro que estou lendo e que tem tudo a ver com o que acabei de relatar. Um grande abraço a todos, coragem, força, amor e paz!

Vítimas de maus-tratos na infância

"Alguém que tenha sido o predileto incontestável de sua mãe carrega pela vida afora um sentimento de vitória e uma certeza de ser bem-sucedido, que frequentemente levam de fato ao sucesso." A frase é do pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939). Ela mostra como o cuidado e o amor na primeira infância são fundamentais para o desenvolvimento saudável e a trajetória de uma pessoa ao longo da vida. Pessoas que foram abandonadas, negligenciadas, sofreram violência física e psicológica ou abuso sexual quando crianças têm mais chances de desenvolver transtornos psíquicos na vida adulta. Os traumas na infância podem predispor a uma série de problemas, como depressão, ansiedade, uso excessivo de álcool e outras drogas, distúrbios alimentares e transtornos de personalidade. Estudos estatísticos permitem estimar que entre 25% e 35% das crianças vítimas de maus-tratos terão depressão quando chegarem aos 20 anos de idade.

(...) Em seu livro O inimigo no meu quarto, o psiquiatra e psicanalista Yoram Yovell explica em detalhes como os mecanismos da memória atuam nos eventos traumáticos. "Em momentos de tensão elevada, é possível que o hipocampo, que registra a memória explícita do que está ocorrendo, pare de funcionar. Ao mesmo tempo, a amígdala funciona muito bem, exercendo sua função de memorizar de modo implícito e inconsciente as reações de medo e os estímulos que as provocam". O resultado é o seguinte: "o trauma , em si mesmo, não é lembrado, apesar de ser possível, em certos casos, recordá-lo. Mas o medo e a angústia do trauma são muito bem memorizados, assim como os estímulos ligados a eles". 

Há ainda outros mecanismos envolvidos na relação entre o trauma da infância e os transtornos mentais que surgem na vida adulta. Yovell explica que bebês e crianças que passam por situações de tensão emocional com muita frequência tendem a ter os circuitos cerebrais ligados ao estresse alterados, o que as coloca num estado de "emergência permanente" e as torna mais vulneráveis a episódios de depressão e pânico na vida adulta. 

(...) Os prejuízos causados pelos maus-tratos na infância não ocorrem apenas nos casos graves de abandono, violência física ou abuso sexual. Situações mais sutis também podem causar danos no futuro".

(trecho do livro Não é coisa da sua cabeça, de Naiara Magalhães e José Alberto de Camargo - editora Gutenberg, 2012)

Imagens: internet


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

10 coisas cientificamente comprovadas que deixam você feliz

Por Carol Castro (blog Ciência Maluca - site da revista Super Interessante)

Como diria a música da propaganda: o que faz você feliz? Viajar? Rever os amigos? Diz uma pesquisa britânica que são as coisas simples da vida. Simples, mas sempre ligadas ao dinheiro.

E pra saber quais são essas “coisas”, os pesquisadores entrevistaram 2 mil adultos do Reino Unido. Cada um deles recebeu uma lista de bons acontecimentos e precisou colocar, em ordem de importância, quais eram as mais felizes, aquelas que realmente eram capazes de deixá-los de bom humor. Dá uma olhada nas 10 situações mais votadas:

1. Descobrir 50 reais esquecido no bolso de um casaco – com 59% dos votos
2. Ganhar uma competição que você nem lembrava mais que tinha entrado (tipo um bolão) – 46%
3. Receber um reembolso ou desconto que você nem sabia existir – 41%
4. Economizar dinheiro nas contas de casa – 31%
5. Encontrar um bilhete de loteria premiado de 30 reais – 28%
6. Ir até a loja comprar um produto e descobrir que o preço caiu – 26%
7. Emagrecer 200 gramas – 18% (sério, gente? São só 200 gramas…)
8. Encontrar dinheiro num caixa automático – 13%
9. Não acordar com ressaca depois de encher a cara na noite anterior – 5%
10. Encontrar um assento no trem no caminho para o trabalho – 3% (se for às 8h ou às 18h, em SP, é pra ficar de bom humor mesmo)

Só que as pessoas ficam tão felizes com o dinheiro inesperado que nem ligam se não for delas. Na segunda parte do estudo, os pesquisadores fizeram uma parceria com uma lavanderia. Pediram aos funcionários que entregassem 50 reais aos clientes que supostamente haviam encontrado no bolso do paletó. Era mentira, claro, mas ninguém devolveu a nota.

De qualquer forma, o segredo da felicidade é ter surpresas positivas. Mas essa lista é dos ingleses – e, provavelmente, os pesquisadores não deram a eles outras opções. Então conta pra gente: o que mais te deixa feliz, que muda seu humor de uma hora para outra?

(Via Daily Mail)
Crédito da foto: flickr.com/joelwillis

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Psiquiatra explica o que é o transtorno do pânico e como tratá-lo

Apesar de eu ter ficado um pouco "mareada" com a captação modernosa (risos), esta entrevista com o Dr. Régis Barros, psiquiatra e psicoterapeuta, está bastante esclarecedora. Linguagem simples, direta e "confortadora", do jeitinho que eu gosto. Assista! :)


Matéria sugerida pelo site Viver em Brasília.

domingo, 20 de outubro de 2013

Artista japonesa com TOC expõe pela primeira vez no Brasil

                                                              Divulgação
A mostra "Obsessão Infinita", da japonesa Yayoi Kusama, chega ao Rio de Janeiro e apresenta cerca de 100 obras da artista, entre pinturas, esculturas, vídeos, instalações e trabalhos em papel. 

Yayoi, que hoje está com 84 anos, sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e vive voluntariamente em uma clínica psiquiátrica no Japão. Ela é uma prova viva de que a mente humana não tem obviedades e nem limites!

Assista à matéria exibida no Jornal das Dez, da Globo News


  
Serviço

"Obsessão Infinita", de Yayoi Kusama
Quando: de 12 de outubro de 2013 a 26 de janeiro de 2014.
De quarta a segunda, das 9h às 21h.
Onde: Centro Cultural do Branco do Brasil - Av. Primeiro de Março, 66 - Centro - Rio de Janeiro - RJ.
Quanto: entrada gratuita.
Mais informações: (21) 3808-2020 e www.bb.com.br/cultura

domingo, 13 de outubro de 2013

14 dicas para enfrentar o pânico

Fernando Mineiro, coordenador do Grupo de Apoio aos Portadores do Transtorno do Pânico (Grupan) e portador da síndrome há mais de 40 anos, nos dá seus 14 passos para superar as crises de pânico

1 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
"Procure um psiquiatra de sua confiança para ter um diagnóstico preciso e uma medicação que se adapte ao seu organismo. Se você já tem um, siga suas orientações. Não pare a medicação sem autorização médica. Caso o seu diagnóstico inclua também agorafobia, procure um psicólogo que aplique a TCC - Terapia Cognitiva Comportamental, a mais indicada".


2 - CHECK-UP
"Faça um check-up anual, ou a critério do seu médico, para lhe dar mais tranquilidade e evitar possíveis somatizações com os sintomas do TP".

3 - BULAS DOS MEDICAMENTOS
"Não leia as bulas dos medicamentos. A tendência é sentir os sintomas ali descritos. Confie em seu médico, porém, informe-o caso os efeitos colaterais surjam e sejam insuportáveis. A "piora inicial" é comum no início da medicação, mas com o uso os sintomas tendem a diminuir e até desaparecer". 

4 - GRUPOS DE APOIO
"Frequente um grupo de apoio, caso sua cidade tenha um. Caso não tenha, solicite instruções para criá-lo. Ele funciona como um exercício de exposição e de socialização, além de lhe dar apoio e esclarecimentos". 

5 - SORRIA!
"Viva o dia de hoje com intensidade, sua única certeza. Esqueça o ontem, ele não poderá ser alterado. Só pense no amanhã quando ele se tornar hoje".

6 - VOCÊ É O QUE PENSA E ACREDITA SER
"Evite pensamentos negativos, combata-os com positivos. Em todo negativo existe o lado positivo, basta querer enxergá-lo".

7 - DESVIE SUA ATENÇÃO DOS SINTOMAS
"Quando a crise surgir, após fazer o exercício de respiração diafragmática, procure desviar sua atenção dos sintomas. Há várias formas de fazê-lo: ler em voz alta, conversar, cantar ou qualquer outra ação que requeira sua atenção". 

8 - EXERCÍCIOS DE RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA
"Treine diariamente a respiração diafragmática e execute sempre que sentir ansiedade ou início das crises".

9 - EXERCÍCIO DE RELAXAMENTO AUTÓGENO
"Quando se sentir tenso ou estressado, faça um exercício de relaxamento autógeno à noite antes de dormir. Além de lhe garantir um sono tranquilo, evitará o acordar sobressaltado".

10 - ALIMENTAÇÃO
"Evite alimentos de difícil digestão. Esses alimentos passam para o intestino sem estar totalmente digeridos, ocasionando formação de gases e dores no peito, devido à compressão do diafragma no músculo cardíaco. Evite também os que agridam a mucosa gástrica, muito sofrida pela ação da ansiedade: pimenta, vinagre e alimentos ácidos". 

11 - HIPOGLICEMIA METABÓLICA
"Na parte da manhã, opte por alimentos ricos em carboidratos complexos (amido - massas). Diminua o simples (açúcar). O metabolismo acelerado em portadores de transtornos de ansiedade pode ocasionar a hipoglicemia metabólica pela baixa de glicose, resultando em mal-estar, podendo desencadear crises".

12 - SUBSTÂNCIAS PANICOGÊNICAS
"Não use ou experimente drogas ilícitas, elas são substâncias altamente panicogênicas: maconha, cocaína etc. Cigarros e bebidas alcoólicas também podem ocasionar crises. Evite alimentos ou medicamentos que contenham substâncias estimulantes; eles contribuem para o aumento dos batimentos cardíacos e podem funcionar como gatilho das crises (chocolate, café, chá-mate, refrigerantes à base de coca, guaraná e anfetaminas)".

13 - ATIVIDADE FÍSICA
"Faça caminhadas ou outra atividade física não extenuante, para ter a liberação da endorfina, um hormônio com ação contra ansiedade e depressão, além de lhe proporcionar outros benefícios. Porém, faça com menor intensidade e tempo de duração. O músculo em exaustão libera ácido lático, substância altamente panicogênica".

14 - APOIO FAMILIAR
"Leve informações sobre o seu distúrbio aos seus familiares e amigos. O apoio é muito importante para que você tenha êxito em sua recuperação. A falta de conhecimento leva ao preconceito e à falta de apoio".

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Superação - Férias!


Após anos evitando viagens de avião, consegui superar o medo
e me divertir muito!!!

Desde que passei a sofrer de pânico, em 1997, perdi muitas oportunidades por causa do medo. Muitas dessas oportunidades pelo medo de viajar de avião.
Como já contei uma vez aqui pra vocês, deixei de ir pro Japão por receio das horas de voo até lá. Além disso, foram muitas as oportunidades de trabalho que me esquivei, looongas viagens de carro que fiz... tudo por medo de voar.

E olha que viajo de avião desde que me entendo por gente, moro no Rio, mas minha família é de São Paulo e sempre pegava a ponte aérea, de dia, de noite, com sol, com chuva, com os meus pais, sozinha, e adorava. Mas o pânico traz consigo alguns medos incontroláveis, e este foi um dos que adquiri.

"Vamos todos pra Disney nas próximas férias"!

Para piorar a minha situação, meu filho, que hoje está com sete anos, é completamente destemido e vivia me pedindo para viajar de avião. Achava muito chato ter que passar tanto tempo dentro do carro. Haja DVD, gibi e 
Nintendo DS para entreter essa criança durante 8, 10, 15 horas! 

No meio do ano passado, meu marido resolveu me fazer uma surpresa e programou uma viagem à Disney. Ele sabia que eu tinha muita vontade de levar meu pequeno pra lá, só faltava coragem. 

Quando ele me deu a notícia, fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo pensava em como iria conseguir passar tanto tempo fechada, dentro de uma aeronave. Meu problema maior não era voar, disso eu até gosto. O problema era o medo de ficar fechada, "presa", querer sair e não poder. É isso que me dá desespero, que me falta o ar só de imaginar.


Durante esses anos todos, só não consegui evitar duas viagens de avião. Mesmo assim foram viagens profissionais e só até São Paulo, menos de uma hora de voo. Ao meu lado, colegas de trabalho, diretores globais, isso me intimidava um pouco - eu não podia dar um chilique! 

Então comecei a trabalhar a ideia da viagem com a minha psicóloga e com a minha psiquiatra. Aos poucos a vontade de enfrentar e de superar aquela limitação foi ficando muito maior do que o medo. Resumo da ópera: o dia chegou e minha alegria era tão grande que nem tive tempo de sentir medo nenhum. Obviamente levei vários ansiolíticos sublinguais por precaução, e saquei três deles durante a ida, mas na volta nem precisei!
 
A felicidade de ver o meu filho tão encantado com aquela experiência nova, com as nuvens, com tudo que ele estava vivendo me anestesiou. Não senti fobia nenhuma, li, escrevi, comi à beça (como de costume! rss), dormi... e lá se vai mais um obstáculo! Já estamos sonhando com as próximas férias, dessa vez pra Europa! :)

Faço questão de compartilhar com vocês algumas fotos dessa minha aventura em família. Não deixem de acreditar que é possível enfrentar todos os nossos medos, as nossas fobias, a depressão, e superá-los. Com tratamento adequado e força de vontade, podemos levar uma vida normal e até sermos felizes, vejam só! ;)

Um grande abraço a todos, muita saúde, força e coragem! Já estou me preparando para os próximos desafios!

Tirei muitas fotos do avião! Cada lugar lindo que sobrevoamos!
Feliz na fila do Trem da Mina, que fui quando tinha dez anos
Karen Potter :)
Enchi a cara de cerveja amanteigada!


Revenge of the Mummy favoritado pelo meu filho

 
Presente da natureza em Busch Gardens
Pena que a caranga não coube na mala!
 

Camiseta fofa da lojinha do Men in Black
Me acabei nas montanhas-russas!!!

Mais montanha-russa!!! Yeaaaaah!!!!!


Esse bar do Bob Marley na Universal é muito legal! <3
Fim de tarde no Magic Kingdom
Café da manhã "humilde" no Discovery Cove! 


Essa não precisa de legenda!... :D <3




quinta-feira, 5 de setembro de 2013


Amigos, durante o mês de setembro estarei de férias, viajando, curtindo com a família! Espero que fiquem bem, que continuem se cuidando, buscando ajuda e acreditando numa vida com qualidade!


Estou com vários projetos e quando voltar quero colocá-los todos em ação, vou precisar do apoio de vocês!

Não deixem de divulgar o Sem Transtorno e em caso de alguma emergência, mandem um e-mail para semtranstorno@gmail.com

Um grande abraço e até a volta!!! ;)

Saúde, coragem e paz! <3

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dia Nacional do Psicólogo

Parabéns a todos os psicólogos, em especial à minha psicóloga tão querida, tão amorosa, tão tão tão paciente! rssss
 

Minha vida mudou muito, e pra melhor, depois que ganhei essa parceira. <3

reprodução internet

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mimimi


Se tem uma coisa que eu procuro combater constantemente é o hábito de reclamar.

No auge da minha insatisfação profissional, eu não conseguia fazer outra coisa a não ser reclamar o tempo todo. 

A revolta (que, cá entre nós, era totalmente pertinente! rss) não me deixava enxergar o quanto eu estava obcecada... e chata!  
Vai dizer que gente que vive reclamando não é muito chata??!

E o que eu ganhei com isso além de uma baita estafa e de enxaquecas sem fim? Na-da!

Quando a gente reclama o tempo todo, acaba atraindo coisas ruins e afastando quem a gente mais quer ter por perto... É, porque nossos amigos, nossos pais, nossos companheiros, nossos mais leais colegas de trabalho têm paciência sim... mas paciência tem limite...


Por isso, vira e mexe me lembro da Pollyana. Sabem, aquela do livro? Que sempre via o lado bom das piores coisas? Pois então. Eu tento fazer esse exercício de pensar como a Pollyana sempre que me pego resmungando, sendo chata de galocha.


E queria propor um esforço coletivo para "pollyanizarmos" o mundo, que tal? Vamos tentar ser menos ranzinzas e falar sobre coisas boas, benéficas!
O "feio" da vida existe mesmo, não temos como não nos deparar com isso frequentemente, mas podemos tentar enxergar as coisas de uma maneira mais leve, e, consequentemente, levar a vida de uma maneira mais leve! Vambora? :)

Coragem a todos, saúde e paz!!!!!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Use a natureza para combater o estresse

Muitas vezes passamos o dia trancados dentro de um escritório, no ar condicionado e sem ver o dia passar…  Estas dicas poderão fazer o seu dia a dia muito melhor, confira!

Por Letícia Gonçalves - Portal Minha Vida

Respirar o ar de áreas verdes
O contato com a natureza é importante para que a flora bacteriana do nosso organismo se desenvolva, fortalecendo a imunidade. É o que aponta um estudo desenvolvido pela Universidade de Helsinque, na Finlândia, e divulgado na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences. Segundo a pesquisa, a falta de exposição à natureza pode aumentar a incidência de asma e outras alergias entre moradores de cidades. “O tempo seco, partículas de fumaça, gases irritantes, substâncias químicas existentes no ar agravam as crises asmáticas”, afirma o pneumologista Carlos Carvalho, do Hospital do Coração. 

Se você prezar por alguns minutinhos de passeio em um parque ou por uma viagem de final de semana a uma cidade mais verde, diminui as crises de alergia e outros problemas respiratórios que acabam com o humor de qualquer um.
 

Ter contato com animais
Tem sensação melhor do que chegar em casa e esbarrar no seu cachorro, de língua de fora e rabo abanado de felicidade? O contato com um animal, seja de estimação ou não, é uma ótima forma de se distrair e de estimular a afetividade. “Muitas pessoas têm dificuldade de dar e receber carinho de outros seres humanos”, afirma o neurocientista Alexandre Monteiro, coordenador do Projeto Animallis, que faz terapia assistida com animais em idosos com demências, como Alzheimer, e depressão. “O contato com animais pode funcionar como uma ponte para trabalhar as emoções, aumentando a sensação de segurança, a socialização e a motivação.”

Tomar 15 a 20 minutos de sol por dia
Um estudo feito pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, indicou que viver em regiões com menor exposição solar agrava crises de depressão. Segundo especialistas, o sol estimula a produção do hormônio melatonina, que ajuda a regular o sono e o apetite sexual, combatendo a sonolência. Bastam alguns minutos diante do sol para você ter um dia com mais disposição. Só não se esqueça de passar filtro solar todo dia e evitar a exposição exagerada ao sol das 10 às 16 horas.

Ouvir sons da natureza
Existem desde aplicativos para celular com sons da natureza até CDs e DVDs. Barulhos de chuva, cachoeira, pássaros e até baleias ajudam a levar a mente para longe dos problemas – recurso perfeito para relaxar antes de dormir. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, observaram esse benefício em pacientes com câncer: aqueles que tiveram contato com imagens de paisagens naturais e sons de pássaro fizeram menos queixas de dores do que as pessoas que viram imagens e sons de cidades ou ficaram sem ver nada.

Aromas naturais
O cheiro de terra molhada, flores, madeira e diversos outros elementos da natureza pode tanto aumentar a disposição como promover relaxamento. A aromaterapia é uma técnica que combina esses diferentes aromas naturais e indica os melhores para cada situação. “Existem aromas que são estimulantes, ou seja, auxiliam na oxigenação e na circulação sanguínea, promovendo a eliminação de toxinas e o excesso de gás carbônico”, afirma a aromaterapeuta e psicóloga Sâmia Maluf, da By Samia Aromaterapia. “Com esse verdadeiro ‘arrastão’, o organismo recupera as suas funções normais e acaba com a lentidão e o cansaço causados pelo estresse.”

Cinco minutos de caminhada no parque
Mesmo que o dia esteja nublado, você pode se beneficiar pelo simples fato de estar ao ar livre em contato mais próximo com a natureza. De acordo com um estudo da Universidade de Essex, na Inglaterra, bastam cinco minutos de exercícios em uma área verde, como um parque, para melhorar a saúde mental. Foram analisadas 1.250 pessoas e aquelas que praticavam atividade física ao ar livre tiveram uma melhora mais rápida do humor e da autoestima


:)
Adorei essa matéria, procuro seguir cada uma dessas dicas. Especialmente curtir meus animais (tenho uma cadelinha e duas gatas), ouvir sons da natureza (uso e abuso do Grooveshark) e dos aromas naturais (será que incenso também vale? Sou apaixonada por incensos, tenho vários em casa!). As caminhadas ao ar livre andam bem escassas, assim como o sol, mas vou dar um jeito nisso também! ;)

Saúde a todos, coragem e paz! <3

domingo, 18 de agosto de 2013

Grupo de apoio: TDAH e Transtorno Bipolar no Rio de Janeiro

ilustração: reprodução internet
Convite Grupo Gab Rio - Evelyn Vinocur

(enviado por Fernando Mineiro - GruPan)
 
É COM ENORME SATISFAÇÃO QUE O GAB RIO (GRUPO AFETIVO BIPOLAR) INICIARÁ OS GRUPOS DE APOIO SOBRE O TDAH & TRANSTORNO BIPOLAR, PARA PACIENTES, FAMILIARES E PESSOAS INTERESSADAS NO TEMA!

GRUPO DE APOIO PARA O TRANSTORNO BIPOLAR

DATA: TERÇA-FEIRA DIA 20 DE AGOSTO DE 2013

HORÁRIO: 18:30 ÀS 20:30
LOCAL: AVENIDA 28 DE SETEMBRO, 389 7ºANDAR – AUDITÓRIO


GRUPO DE APOIO PARA O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)

DATA: QUARTA-FEIRA DIA 21 DE AGOSTO DE 2013

HORÁRIO:18:30 ÀS 20:30

LOCAL: AVENIDA 28 DE SETEMBRO, 389 7ºANDAR – AUDITÓRIO


SE HOUVER INTERESSE EM PARTICIPAR DOS DOIS GRUPOS, FAVOR MENCIONAR NO E-MAIL.

EVENTO GRATUITO

INSCRIÇÕES PELO EMAIL: maya_2001_us@yahoo.com

FAVOR FORNECER NOME COMPLETO, IDADE, ESCOLARIDADE, PROFISSÃO, SE É PORTADOR OU FAMILIAR, ENDEREÇO COMPLETO COM CEP, CPF.

A SUA PRESENÇA É QUE FAZ O GRUPO, ELE É REALIZADO PARA VOCÊ, QUE VIVE E OU CONVIVE COM O PROBLEMA! 
UM ABRAÇO E VAI SER UM PRAZER RECEBÊ-LOS!

EVELYN VINOCUR & EQUIPE

CONTATOS:
MAYA DIDIER
9663-4350

EVELYN
2576-5198