(Imagem: Freepik) |
Uma pesquisa realizada pelo Laboratório Think Olga revelou que a ansiedade é o principal problema de saúde mental entre mulheres.
O estudo foi conduzido no contexto pós-pandemia de covid-19 e ouviu 1.078 mulheres de diferentes idades, classes sociais e raças em todo o Brasil, entre os dias 12 e 26 de maio de 2023.
Os resultados indicam que 45% das participantes afirmaram ter diagnóstico de ansiedade, depressão ou outro transtorno mental. A ansiedade foi o transtorno mais comum, representando 35% dos diagnósticos, seguida pela depressão com 17% e a síndrome do pânico com 7%. Os sintomas frequentemente relatados incluíam estresse, irritabilidade, sonolência, fadiga, baixa autoestima, insônia e tristeza.
As mulheres relataram insatisfação significativa em várias áreas de suas vidas. Embora as relações amorosas e familiares tenham recebido a nota mais alta de satisfação (3,2 de 10), a situação financeira e a habilidade de equilibrar diferentes aspectos da vida registraram altos níveis de insatisfação, com notas de 1,4 e 2,2, respectivamente.
Quanto às finanças, 46% das mulheres expressaram insatisfação, seja devido a baixos salários, sobrecarga no trabalho, descontentamento profissional, dívidas ou desemprego. Além disso, 86% das entrevistadas sentiam uma grande carga de responsabilidades, incluindo trabalho, tarefas domésticas e cuidado com outras pessoas.
A pesquisa também identificou que o sofrimento psíquico é mais acentuado entre mulheres pretas e pardas e entre aquelas das classes sociais D e E. Esses grupos enfrentam maior pressão devido ao desemprego, sobrecarga de tarefas e violência de gênero.
O estudo ressalta a importância de abordagens amplas para lidar com os desafios de saúde mental enfrentados pelas mulheres, considerando as complexas interações entre gênero, raça e classe social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por deixar seu comentário no Sem Transtorno! Não deixe de nos seguir nas redes sociais e se inscrever no nosso canal no YouTube! @semtranstorno