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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sem Transtorno Entrevista: Flávia Paes

Psicóloga explica o que é a TCC e como ela ajuda no tratamento da ansiedade

Nesta primeira entrevista em vídeo, o Sem Transtorno apresenta sua mais nova parceira, a psicóloga Flávia Paes, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental. Entenda um pouco mais sobre a tão falada TCC, como ela auxilia no tratamento do pânico, das fobias específicas, como o medo de avião, e de outros transtornos de ansiedade. Flávia também fala sobre a combinação medicação - psicoterapia e sobre a importância de se quebrar preconceitos, e ser feliz. :)

Espero que gostem da novidade, muitas outras ainda estão por vir! Continuem acompanhando o Sem Transtorno, lendo e agora assistindo também!!! ;)

Um abraço a todos, saúde, paz e... CORAGEM! <3


Flávia Paes é psicóloga especialista em TCC (CRP 29051-05), doutoranda em saúde mental (Ipub/UFRJ) e Neuropsicóloga (USP). 
Contato: flavia.paes.psi@gmail.com / (21) 2146-1851 / (21) 9 9156-7880

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O que você deve saber sobre transtornos mentais


“Fiquei sem chão”
, disse Claudia, depois de ser diagnosticada com transtorno bipolar e transtorno de estresse pós-traumático. “Enfrentar o estigma de uma doença mental parecia demais para mim.”

“Levou um bom tempo para aceitar nossa situação”, disse Mark, marido de Claudia. “Mas percebi que precisava me concentrar em dar apoio emocional à minha esposa.”

Se você ou alguém que você ama fosse diagnosticado com um transtorno mental, como reagiria?
Felizmente, as doenças mentais podem ser tratadas. (...)

Fatores importantes sobre saúde mental

“Em todas as partes do mundo, milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais, o que também acaba causando mudanças na vida daquelas que as amam. Uma em cada quatro pessoas será afetada por um tipo de transtorno mental em algum momento da vida. Em todo o mundo, a depressão incapacita mais pessoas que qualquer outra doença. A esquizofrenia e o transtorno bipolar estão entre os distúrbios mais graves e incapacitantes. Embora afete um grande número de pessoas, os transtornos mentais continuam invisíveis, negligenciados e discriminados.” — Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a OMS, muitas pessoas não buscam tratamento por causa do estigma relacionado à doença mental.
A maioria das doenças mentais é tratável, mas, de acordo com a Aliança Nacional para a Doença Mental, nos Estados Unidos, aproximadamente 60% dos adultos e quase 50% dos jovens entre 8 e 15 anos que têm transtorno mental não receberam tratamento no ano passado.

Entenda os transtornos mentais

O que é transtorno mental?
Especialistas o definem como uma disfunção significativa no pensamento, controle emocional e comportamento de alguém, o que muitas vezes compromete sua habilidade de se relacionar com outros e de administrar as várias atividades do dia a dia.

Os transtornos mentais não têm nada a ver com fraqueza ou falha de personalidade

A gravidade dos sintomas pode variar de duração e intensidade, dependendo da pessoa, da doença e das circunstâncias. Os transtornos mentais podem afetar qualquer pessoa, independentemente de sexo, idade, cultura, raça, religião, nível educacional ou renda, e não têm nada a ver com fraqueza ou falha de personalidade. Com os cuidados médicos apropriados, a pessoa pode levar uma vida produtiva e gratificante.

Tratamento para transtornos mentais

Profissionais da área têm tratado com sucesso vários tipos de transtornos mentais. Por isso, o primeiro passo é ter uma avaliação completa de um profissional de saúde com experiência em tratar distúrbios mentais.

No entanto, quem sofre de transtorno mental só vai se beneficiar dessa ajuda se aceitar e seguir um tratamento apropriado. Para isso, ele talvez precise superar qualquer receio de falar sobre seu problema. Pode ser que o tratamento inclua conversas com profissionais de saúde mental habilitados que podem ajudá-lo a entender melhor sua doença, a resolver problemas do dia a dia e a reforçar a necessidade de não interromper o tratamento. Nessas consultas, um membro da família ou um amigo pode ter um papel vital em dar o apoio necessário.

O primeiro passo é ter uma avaliação completa de um profissional de saúde experiente
 

Muitas pessoas aprenderam a lidar com os transtornos mentais depois de terem entendido melhor sua doença e seguido o tratamento prescrito por profissionais da área. “Antes de minha esposa receber o diagnóstico”, diz Mark, já mencionado, “nós dois entendíamos muito pouco sobre doenças mentais. Mas aprendemos a viver um dia de cada vez e a nos adaptar à nossa situação. Tem sido muito bom receber o apoio de profissionais confiáveis, da família e dos amigos.”

Claudia concorda. “No começo, meu diagnóstico parecia uma sentença de prisão”, admite ela. “Mas, apesar de meus problemas de saúde imporem certas limitações a nós dois, descobri que alguns obstáculos aparentemente intransponíveis podem ser superados. Assim, eu enfrento a doença mental por cooperar com os profissionais que cuidam de mim, manter uma boa relação com outros e viver um momento de cada vez.”

COMO LIDAR COM TRANSTORNOS MENTAIS

  • Siga o tratamento prescrito por um profissional qualificado da área de saúde mental. 
  • Mantenha uma rotina diária equilibrada e estável.
  • Pratique exercícios físicos. 
  • Durma o suficiente.
  • Tire tempo todos os dias para relaxar.
  • Tenha uma alimentação balanceada e nutritiva.
  • Limite o consumo de álcool e evite medicamentos que não foram prescritos a você.
  • Não se isole. Passe tempo com pessoas em quem confia e que se importam com você.
  • Dê atenção às suas necessidades espirituais. 

(fonte: JW.ORG; imagens retiradas da internet)

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

AMBAN - Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP)

O Ambulatório de Ansiedade (AMBAN), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, iniciou suas atividades em 1985 com o objetivo de realizar estudo multidisciplinar em diferentes aspectos do tratamento do TRANSTORNO DE PÂNICO.

Visando pesquisar transtornos ansiosos - anteriormente denominados neuroses -, o AMBAN utiliza a infra estrutura do Instituto de Psiquiatria para o desenvolvimento de estudos Científicos. O estudo da ansiedade foi uma das áreas da Psiquiatria em que ocorreram significativos progressos, com desenvolvimento de tratamentos de grande eficácia.

Uma das maiores preocupações dos participantes do AMBAN tem sido multiplicar o conhecimento de técnicas através de treinamentos de profissionais e trabalhos de pesquisa para alcançar novos conhecimentos em uma área tão complexa. A equipe do Ambulatório vem colaborando com o desenvolvimento desse progresso através de um intenso intercâmbio científico com profissionais nacionais e estrangeiros.

Além de ser um grupo de pesquisa e educação em saúde, o AMBAN presta serviços à comunidade e à população em geral através de atendimentos pré agendados, tratamentos dos transtornos ansiosos e divulgação de material informativo técnico e científico junto ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

Atividades em Ensino e Divulgação Científica

Uma linha de atuação que é considerada essencial pelo AMBAN é a formação e qualificação de profissionais, tanto para a realização de pesquisas, como para a utilização dos modernos recursos terapêuticos em Psiquiatria.

A partir de 1989 foi colocado em funcionamento o Ambulatório de Ansiedade Didático (AMBAN - Didático). Este serviço tem por objetivo oferecer treinamento, sob supervisão, para psiquiatras e outros profissionais de Saúde Mental, no tratamento de transtornos ansiosos. Já recebem treinamento no AMBAN-Didático, anualmente, cerca de 20 profissionais médicos, além de psicólogos e assistentes sociais.

Em 1997 foi criada a Liga de Ansiedade, que visa a aquisição da experiência do Ambulatório pelos alunos da Faculdade de Medicina da USP, e a partir de 1999 também para os alunos da Faculdade de Medicina do ABC.
Vários componentes da equipe têm participação ativa e regular como docentes em cursos de Graduação, Residência Médica e Pós-graduação.

Com o intuito de discutir os trabalhos de pesquisa que desenvolve e promover o intercâmbio com profissionais ou pesquisadores que trabalhem em áreas afins, o AMBAN realiza semanalmente reuniões científicas abertas aos interessados no Instituto de Psiquiatria.

O Instituto tem também organizado cursos com professores nacionais e estrangeiros seminários e simpósios científicos.


Contato: 
Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 
Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 
Cerqueira César – São Paulo – SP
CEP: 05403-903  

Tel.: (11) 2661-6988
www.amban.org.br

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Em resposta à declaração de Padre Marcelo Rossi, especialista é taxativo: "cura espontânea não existe"

Padre Marcelo Rossi
Por Pedro Zuaco
(Jornal Extra) 


A declaração feita por padre Marcelo Rossi em entrevista ao EXTRA, na última segunda-feira, de que não teve acompanhamento médico e nem recorreu a remédios para curar a depressão levantou uma discussão sobre o tema.

O especialista Egídio Nardi*, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, explica que ainda há muito preconceito em relação às doenças mentais e é taxativo a respeito da depressão: "A cura espontânea não existe".
— Quando as pessoas têm um problema no coração, no fígado ou nos rins, não pensam duas vezes antes de procurar tratamento. Mas quando se trata de uma doença psiquiátrica, acham que é fraqueza ou questão de força de vontade — diz o psiquiatra, que faz um alerta: — Depois que a pessoa tem o primeiro episódio depressivo, há 50% de chances de ter o segundo. Após o segundo, as chances de se ter o terceiro são de 75%. Depois do terceiro, certamente outros virão. Só o tratamento diminui essas chances.

A depressão de padre Marcelo foi desencadeada por um acidente na esteira de corrida, em 2010. Ele quebrou a perna, ficou numa cadeira de rodas por seis meses usando anti-inflamatórios e ganhou peso. Diante dos comentários dos fiéis sobre seu sobrepeso, o homem sempre atlético, formado em Educação Física, acabou desenvolvendo uma anorexia: medindo 1,95m, passou dos 125kg para cerca 60kg. Hoje aos 80kg, o padre reconhece que passou por episódios depressivos mas diz que está curado, e atribui a melhora à fé.

“A oração foi a minha salvação. Não tive acompanhamento médico e também não usei remédio antidepressivo, só minha conexão com Deus”, disse ele na entrevista.

Para o dr. Egídio, a religiosidade ajuda no tratamento, mas não basta por si só.
— Fé e pensamentos positivos ajudam não só nas doenças, mas a vencer as dificuldades do dia a dia. A fé é importante, mas o tratamento médico também, e a fé ajuda inclusive no tratamento médico. São coisas que devem se complementar, e não se anular.


* Antonio Egidio Nardi é Professor Titular de Psiquiatria da Faculdade de Medicina – IPUB/UFRJ, coordenador do LABPR. Graduação em Medicina (UFRJ), mestrado e doutorado em Psiquiatria, Psicanálise e Saúde Mental (UFRJ). Pós-Doutorado no Laboratório de Fisiologia da Respiração (UFRJ). Título Livre-Docente em Psiquiatria (Unirio). Experiência em Medicina/ Psiquiatria, com ênfase em: diagnóstico, diagnóstico diferencial, tratamento, transtornos de ansiedade, transtorno de pânico, depressão e transtorno bipolar. Coordenador da sede Rio de Janeiro do INCT - Translacional em Medicina (CNPq).
(fotos retiradas da internet)

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ansiedade Generalizada (TAG) - saiba o que é


Como o "carro chefe" do Sem Transtorno é o Transtorno de Pânico e como a maior parte das pessoas que me procuram estão sendo acometidas por ataques de pânico, acabo falando mais sobre ele e menos do TAG, o Transtorno de Ansiedade Generalizada, que eu também sofro e trato aqui no blog e nas reuniões do grupo de apoio.

Então vamos entender melhor o que é o TAG?

O QUE É O TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA?

A ansiedade, como sabemos, faz parte da vida do ser humano. É natural que todos nós tenhamos momentos de maior preocupação quando estamos diante de situações estressantes. Mas a ansiedade deixa de ser algo normal e passa a ser patológica quando essa preocupação é constante e não está ligada a nenhum motivo aparentemente real.
De acordo com o manual de classificação de doenças mentais (DSM), o TAG é um distúrbio caracterizado pela "preocupação excessiva ou expectativa apreensiva" persistente e de difícil controle, que perdura pelo menos por seis meses e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: 
inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono. (É importante que o diagnóstico seja feito sempre por um especialista.)

Ao contrário de uma fobia, que o medo está ligado a alguma coisa ou situação específica, o TAG não tem um agente estressor específico. Essa ansiedade é menos intensa do que num ataque de pânico, mas muito mais duradoura, e torna a vida da pessoa muito difícil, já que ela fica num estado de alerta constante. Causa muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e no desempenho familiar, social e profissional dos pacientes.

A pessoa que sofre de transtorno de ansiedade generalizada pode preocupar-se com as mesmas coisas que as outras pessoas. Questões de saúde, dinheiro, problemas familiares ou dificuldades no trabalho. Mas essas preocupações são elevadas a um nível estratosférico. Por exemplo: depois de assistir a uma reportagem sobre um atentado terrorista ocorrido em um país distante, a pessoa comum pode sentir uma sensação temporária de desconforto e preocupação. Mas quem tem transtorno de ansiedade generalizada, provavelmente, vai continuar preocupado durante vários dias e fantasiar sobre um cenário idêntico que possa ocorrer no local onde vive.

Se o telefone toca ou se liga para alguém e não é imediatamente atendido, já acha que algo grave pode ter acontecido. Às vezes, apenas o pensamento de ter que esperar que o dia passe, produz ansiedade. Suas atividades são encaradas com preocupação exagerada e tensão, mesmo quando há pouco ou nada que provoque essa preocupação.

“Está ficando tarde, ele já deveria ter chegado! Deve ter tido um acidente!“
“Eu não consigo dormir, só sinto medo… e não sei porquê!”


Nem todas as pessoas que têm transtorno de ansiedade generalizada possuem os mesmos sintomas. Mas a maioria das pessoas pode experimentar uma combinação de um número de sintomas emocionais, comportamentais e físicos.


Sintomas emocionais de transtorno de ansiedade generalizada:

- Preocupações constantes
Sente-se como se a sua ansiedade fosse incontrolável, não há nada que possa fazer para parar de preocupar-se
Pensamentos intrusivos sobre coisas que fazem você sentir-se ansioso; tenta evitar pensar sobre eles, mas não consegue deixar de pensar
- Incapacidade de tolerar a incerteza; tem uma necessidade enorme de saber o que vai acontecer no futuro
Sentimento generalizado de apreensão ou temor

Sintomas comportamentais de transtorno de ansiedade generalizada:


- Incapacidade de relaxar, desfrutar de momentos de quietude, ou ser ele próprio
Dificuldade de concentração 
Dificuldade em expressar-se, porque sente-se oprimido
- Evita situações que fazem sentir-se ansioso

Sintomas físicos do transtorno de ansiedade generalizada:


- Sensações de tensão, rigidez muscular ou dores no corpo- Sentimento de inquietação
- Problemas de estômago, náuseas, diarreia
- Tem problemas para adormecer ou manter o sono porque a sua mente fica muito ativa

Grupo de Risco

As mulheres são duas vezes mais acometidas pela ansiedade generalizada do que os homens. A prevalência desse transtorno na população é relativamente alta e é também o tipo de transtorno de ansiedade mais freqüente. Nos períodos naturais de estresse, os sintomas tendem a piorar, ainda que o estresse seja bom, como o próprio casamento ou um novo emprego. As mulheres abaixo de 20 anos são as mais acometidas, podendo, contudo, começar antes disso, desde a infância, ou pelo contrário, em idades mais avançadas, apesar de a idade avançada diminuir as chances do surgimento de transtornos de ansiedade.


Tratamento

O tratamento recomendado é a associação de medicação psiquiátrica (antidepressivos) com terapia, de preferência a cognitivo-comportamental.

Assista a esta entrevista com a Dra. 
Denise Amino, Diretora Técnica do AME Psiquiatria Dra. Jandira Masur (SP). Ela explica muito bem o que é a ansiedade generalizada, suas possíveis causas e tratamento ideal. 

"Transtorno de Ansiedade Generalizada - você sabe o que é?"



(fonte: Psicosite, site Escolapsicologia.com, Uol, Drauzio Varella; imagem retirada da internet)



domingo, 10 de agosto de 2014

Programa sobre Síndrome do Pânico exibido pelo canal Boas Novas (1/08/2014)

Eu, Claudio Roberto de Oliveira Silva (psicólogo), a apresentadora
Celeste Fernandes, do programa "Cabeça pra cima", e Miriam Alice Ferreira (psicóloga)

Como o canal Boas Novas é um veículo cristão, aceitei o convite para participar do programa "Cabeça pra cima", em primeiro lugar, com muita alegria por poder falar para esse público. Por outro lado, com um pouco de receio quanto à abordagem que seria feita. Afinal, muitos cristãos, assim como outros religiosos, não acreditam que os transtornos de ansiedade e a depressão sejam realmente problemas de saúde (mentais, físicos), mas unicamente espirituais. 

Felizmente, tive uma grata surpresa e adorei participar do programa. Tivemos - eu e os dois psicólogos convidados - a oportunidade de defender nossos pontos de vista abertamente, sem qualquer restrição ou preconceito.
Agradeço à produção do programa pelo convite e pela bela pesquisa que fizeram sobre o tema. Agradeço também à apresentadora Celeste pela gentileza com que nos recebeu e ainda por endossar a importância de se buscar tratamento adequado. Assistam:


Bloco 1


Bloco 2

Bloco 3

Bloco 4


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Centros de Atenção Psicossocial – CAPS

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)  são serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), destinados a prestar atenção diária a pessoas com transtornos mentais. Os CAPS oferecem atendimento à população, realizam o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Os CAPS também atendem aos usuários em seus momentos de crise.
O CAPS apoia usuários e famílias na busca de independência e responsabilidade para com seu tratamento.
Os projetos desses serviços, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações, preocupando-se com a pessoa, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.
Dispõe de equipe multiprofissional composta por médico/psiquiatra, psicólogos, dentre outros.

Como acessar

Acesso direto:

Para acesso aos serviços, as pessoas podem ir diretamente às unidades.



  • CAPS I – Serviço de atenção à saúde mental (municípios com população de 20 mil até 70 mil habitantes).  
  • CAPS II – Serviço de atenção à saúde mental (municípios com população de 70 mil até 200 mil habitantes)
  • CAPS III – Serviço de atenção à saúde mental (municípios com população acima de 200 mil habitantes).
  • CAPS i - Serviço especializado para crianças, adolescentes e jovens até 25 anos (população acima de 200 mil habitantes) 
  • CAPS ad – Serviço especializado para usuários de álcool e drogas (municípios com população de 70 mil até 200 mil habitantes).

    Para ver a relação de CAPS - Centros de Atenção Psicossocial - em todo o Brasil, clique aqui.                                                                              


  •      (fonte: site do Ministério da Saúde)

    sexta-feira, 11 de abril de 2014

    Matéria sobre o Transtorno do Pânico no Canal Futura - 10/04/2014

    O Jornal Futura exibiu uma matéria muito bacana sobre o Transtorno do Pânico e o meu trabalho no Sem Transtorno. Confira.

    Fiquei extremamente orgulhosa com esse convite.
    Espero que possamos ajudar muitas pessoas que estejam sofrendo com o pânico e buscando reaver suas vidas "normais", com mais qualidade e alegria!

    Já sei que minha mãe vai reclamar porque não arrumei meu cabelo, não passei "nem um batom"... Mas mãe: PRESTA ATENÇÃO NO CONTEÚDO!!!!!!! rsss
    Meu agradecimento especial à repórter Dani Moura, que leu a matéria que fizeram comigo na Veja Rio e acreditou no meu propósito.
    Agradeço também à Rosanna, minha amiga e ex-psicóloga, e à Moema, minha incrível psiquiatra, por toparem dar entrevista e divulgar meu trabalho. 
    À Ana Café e Núcleo Integrado pelo apoio e suporte de sempre. 

    Por fim, à Daise, produtora do Jornal Futura, pelo contato tão gentil.

    Saúde, coragem e força para todos nós!!! :)

    quarta-feira, 12 de março de 2014

    Programa Trocando Ideias - Síndrome do Pânico e Depressão



    Muito boa entrevista com a psicóloga Elaine Ribeiro no programa Trocando Ideias, da TV Canção Nova.

    Pânico, depressão, preconceito, dificuldade de atendimento pelo sistema público...
    Seria bom que outros profissionais da área de saúde tivessem essa mesma compreensão sobre a doença e seus pacientes.


    quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

    Fobia Social - entrevista com o Prof. Sergio Machado

    Em sua segunda participação no Sem Transtorno, o professor Sergio Machado nos fala sobre a Fobia Social e faz um novo convite aos pacientes que queiram participar das pesquisas do núcleo de neurociências do laboratório de Pânico e Respiração (LABPR) do IPUB/UFRJ.



    ST - Professor Sergio, o que é Fobia Social?
    SM - A Fobia Social (FS) consiste em uma apreensão e ansiedade diante de situações sociais devido ao medo exagerado de ser avaliado de maneira negativa por outras pessoas. O portador sente um medo intenso de ser humilhado ou ficar embaraçado em situações sociais, que passam a ser evitadas ou suportadas com desgaste. Somado a isso, existe uma sensibilidade a críticas e rejeição, preocupação em relação à opinião das pessoas, dificuldade em ser assertivo e baixa autoestima.

    ST - Quais são os sintomas da Fobia Social?
    Os sintomas são rubor, urgência em urinar e evacuar, porém, a queixa inicial é o automonitoramento durante uma situação social, ou seja, é uma atenção exagerada voltada para seu desempenho, que o impede de se comportar adequadamente.


    ST - Não poderíamos chamar a Fobia Social simplesmente de timidez?
    SM - Não. A Fobia Social não é timidez, pois a timidez é transitória e não está ligada ao comprometimento significativo da vida do sujeito. A Fobia Social, se não tratada, pode ser incapacitante.

    ST - Qual é o quadro atual da doença?

    SM - A Fobia Social é o terceiro transtorno mental mais comum, ficando atrás do alcoolismo e da depressão. Ela varia entre 3 e 13%, ou seja, um grupo de pessoas tem a chance de desenvolvê-la como patologia de 3 a 13%.
    Foi demonstrado, em 2008, que a Fobia Social é um fator predisponente para transtorno de humor, como a depressão e abuso de substâncias. Um estudo sobre comorbidades feito com 71 pacientes com Fobia Social, realizado por Turner em 1991, concluiu que ela é frequentemente associada a outros transtornos, como: transtorno de ansiedade generalizada (33%), seguido pela fobia simples (8%), transtorno evitativo de personalidade (22%), seguido pelo transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo (9%).

    ST - Existe uma possível causa para a Fobia Social?
    SM - A causa da Fobia Social é multifatorial. Ela pode ser devido à predisposição genética, traços de personalidade, experiências de vida, disfunções cognitivas entre outros fatores que resultarão no surgimento da doença e em sua intensidade.

    ST - Qual seria o tratamento adequado para a Fobia Social?

    SM - Eu recomendo a psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC) combinada com tratamento medicamentoso. 

    ST - Explique, por favor, para os nossos leitores o que é psicoterapia cognitivo-comportamental.
    SM - Psicoterapia cognitivo-comportamental é um tipo de psicoterapia baseada em métodos específicos para a modificação de pensamentos, emoções e comportamentos, com o intuito de conseguir contornar as queixas dos pacientes.

    ST - E como ela é aplicada no tratamento da Fobia Social?
    SM - Normalmente são utilizadas 4 técnicas: a de habilidades sociais, a exposição, a reestruturação cognitiva e a de relaxamento. A técnica de habilidades sociais trabalha a habilidade de se comunicar e interagir com as outras pessoas de uma forma eficaz e apropriada, levando em consideração o contexto sócio-cultural vivido, uma vez que ser socialmente hábil em um determinado lugar pode não ter o mesmo significado que em outro.
    A de exposição pode ser pela imaginação, quando requer que o paciente imagine a situação, ou ao vivo, quando este indivíduo confronta realmente a realidade.
    A reestrutura cognitiva é formada por uma série de intervenções em que os pacientes são ensinados a identificar pensamentos que geram ansiedade e que normalmente têm como tema situações sociais. Já as técnicas de relaxamento têm a função de ajudar o paciente a controlar sintomas fisiológicos e a reduzir sintomas de ansiedade que estejam presentes antes e durante os eventos sociais temidos. 

    Além do tratamento combinado com TCC, recomendo também a estimulação magnética transcraniana, que é um trabalho inédito no mundo e que o núcleo de neurociências do laboratório de Pânico e Respiração (LABPR) do IPUB/UFRJ vem desenvolvendo sob minha coordenação e do psiquiatria Prof. Dr. Antônio Egidio Nardi, coordenador do LABPR e do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental (PROPSAM) do IPUB/UFRJ.

    ST - O que é a estimulação magnética transcraniana?

    SM - A EMT é um método não-invasivo, seguro e indolor, baseado na lei de Faraday de indução eletromagnética, onde uma corrente elétrica é induzida no tecido cortical através de um campo magnético gerado por uma bobina colocada sobre o escalpo, despolarizando ou hiperpolarizando os neurônios. É considerado um tratamento de neuromodulação devido a seu foco nos circuitos neurais dos transtornos. A EMT altera a neuroquímica nas sinapses cerebrais, alterando ou modulando a função dos circuitos neurais no cérebro que se acredita estar desorganizada nos transtornos.

    ST - Como pacientes com Fobia Social podem ter acesso a esse procedimento?

    SM - Pacientes com Fobia Social, assim como qualquer outro transtorno de ansiedade e de humor, que queiram participar de nossa pesquisa no núcleo de neurociência do LABPR no IPUB/UFRJ devem entrar em contato comigo via email: secm80@gmail.com
    O tratamento em nossa pesquisa é totalmente gratuito.


    * Sergio Machado é neurocientista, Ph.D., graduado em Educação Física (UNESA), Mestrado e Doutorado pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), Pós-Doutorado em Neurofilosofia pelo Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (IFILO/UFU), é professor do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental (PROPSAM) do IPUB/UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Atividade Física da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). É pesquisador na área de transtornos de humor e ansiedade.


    Imagem retirada da internet.

    quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

    Sem Transtorno inicia atividades de grupo de apoio no Rio de Janeiro

    Amigos,

    É com muita alegria, muita emoção, muito orgulho e muitos outros sentimentos mais que convido vocês para a primeira reunião do nosso Grupo de Apoio a Portadores da Síndrome do Pânico e Ansiedade Generalizada.


    Este tão aguardado encontro acontecerá no dia 22 de fevereiro, sábado, de 9h às 11h da manhã, na Barra da Tijuca. A partir de então, nos reuniremos em todo primeiro sábado de cada mês, no mesmo horário.

    A ideia do grupo de apoio é ajudar através de informação, orientação, convívio e troca de experiências com outros portadores de transtornos de ansiedade num ambiente descontraído, que nos permita
    tirar o foco dos sintomas e do medo. Tudo isso sem interferir na relação médico / paciente.

    Será um prazer receber também familiares e amigos de portadores, assim como pessoas interessadas em entender melhor o problema.

    É importante lembrar que não teremos qualquer vínculo ou influência religiosa.

    Os interessados deverão enviar um e-mail para semtranstorno@gmail.com informando nome completo, idade e telefone para contato.

    Gostaria de agradecer à psicóloga Ana Café e ao Núcleo Integrado pela confiança e apoio irrestrito ao projeto. Ao Fernando Mineiro, do GruPan de Belo Horizonte, pelas orientações e incentivo à criação do grupo. Às preciosas profissionais que cuidam de mim, minha psicóloga e minha psiquiatra, por todo o incentivo e parceria. À minha família e aos meus amigos, pela compreensão e respeito à minha causa. E àqueles que nunca entenderam meu problema também, meu agradecimento; não deixou de ser um grande estímulo. ;)


    Um grande abraço! Esperamos por vocês!

    Saúde, paz e coragem!



    Karen Terahata
    Sem Transtorno - www.semtranstorno.blogspot.com.br
    semtranstorno@gmail.com

    twitter: @semtranstorno


    segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

    Entenda a ansiedade

    O que é ansiedade?

    A ansiedade é uma reação normal do organismo que prepara a pessoa para situações de perigo. Se não existisse ansiedade ou medo, as pessoas morreriam, pois não estariam alertas aos perigos da vida. Diante do perigo, as glândulas adrenais liberam adrenalina na corrente sanguínea, que prepara o corpo para uma reação de luta ou fuga.

    Ansiedade é normal?

    A ansiedade é normal e faz parte do repertório normal de emoções do ser humano. No entanto, quando exagerada, provoca muito sofrimento e interferência na vida cotidiana e passa a ser considerada patológica. 

    Quais são os sintomas da ansiedade?

    Os sintomas da ansiedade podem ser divididos em mentais e somáticos.
    Os sintomas mentais (ou psíquicos) são medo de que ocorra algo ruim, preocupação excessiva e sensação de perigo iminente. 
    Os sintomas somáticos incluem tensão motora, hiperatividade autonômica e hipervigilância, além de somatização importante. A hiperatividade autonômica se manifesta por meio da descarga de adrenalina, que causa taquicardia (coração acelerado), sudorese, tremores, falta de ar, calafrios ondas de calor, náusea, aperto no peito, tontura, urgência urinária e diarreia. A hipervigilância, que é estar alerta ao perigo, ocasiona dificuldade de concentração e, consequentemente, de memorização.

    A ansiedade exagerada é uma doença?

    Na realidade, a ansiedade exagerada pode fazer parte de várias doenças. Há os transtornos que são primariamente relacionados à ansiedade, como é o caso do transtorno do pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo*, as fobias, entre outros. Em outras doenças, psiquiátricas ou não, também se encontra ansiedade excessiva, por exemplo, na depressão, no hipertireoidismo, entre outras. Por isso, é necessária uma avaliação médica cuidadosa em cada caso de ansiedade, muitas vezes com a solicitação de exames laboratoriais para um diagnóstico diferencial. 

    Como se trata a ansiedade?

    A ansiedade é tratada com medicamentos e psicoterapia. Vários medicamentos aliviam-na, sendo alguns indicados para uma crise e outros para tratamento de longo prazo. 

    Há várias abordagens psicoterápicas para o tratamento da ansiedade. Por exemplo, uma técnica cognitivo-comportamental que pode ser usada é a exposição com prevenção de resposta. Essa técnica pode ser usada por meio da imaginação ou in vivo.

    Outras técnicas para manejo de ansiedade


    Dessensibilização sistemática: é uma técnica que pode ser usada nas fobias. O paciente é exposto gradualmente ao objeto temido, de modo que a ansiedade vai diminuindo aos poucos. 

    Relaxamento aplicado: o paciente é orientado a controlar ou antever os sintomas fisiológicos relacionados à ansiedade e relaxar nos momentos em que se sente ansioso.

    Que medidas posso tomar para ajudar no controle da ansiedade?

    Existem várias medidas que ajudam a controlar a ansiedade. Todas elas envolvem a busca por uma melhor qualidade de vida (saúdes física e mental): uma mente sã depende de um corpo são.

    Como cuidar do corpo?


    • Mantenha uma dieta saudável;
    • Não abuse de bebidas alcoólicas, nem mesmo de "bebedeiras" de fim de semana, pois aumentam o risco de alcoolismo. O álcool também piora a depressão e a ansiedade e pode interferir na qualidade do sono;
    • Evite drogas ilícitas. Maconha causa depressão, desencadeia psicoses em pessoas predispostas e pode prejudicar o aprendizado;
    • Pratique exercícios: a prática de atividades físicas reduz o estresse e o mau-humor por meio da liberação de endorfinas e outros neurotransmissores no cérebro. Exercícios também aceleram a recuperação de pacientes com depressão;
    • Tome sol: o sol estimula a produção de vitamina D no organismo, que fortalece os ossos, músculos e melhora o humor. Use filtro solar.
    • Evite situações estressantes. Por exemplo, procure evitar congestionamentos utilizando horários alternativos;
    • Aprenda técnicas de respiração e relaxamento, como ioga;
    • Uma boa qualidade de sono é fundamental para manter o bom ânimo e a energia para o dia a dia, para consolidar a memória do que se aprende durante o dia e para evitar doenças físicas e mentais, como enxaqueca e depressão.
    • Sexo: é relaxante e também uma atividade física. Uma vida sexual saudável contribui para manter a boa saúde mental.
    • Lazer: procure dedicar-se ao lazer ou descansar nos fins de semana. 

    Texto retirado da publicação Qualidade de Vida - Ansiedade (Mantercorp Farmasa), patrocinada pela Hypermarcas.
    Imagens: reprodução internet.


    * No DSM-5 (2013), o TOC foi retirado do capítulo dos transtornos de ansiedade e colocado em um novo capítulo com o título de Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Transtornos Relacionados.

    terça-feira, 22 de outubro de 2013

    Psiquiatra explica o que é o transtorno do pânico e como tratá-lo

    Apesar de eu ter ficado um pouco "mareada" com a captação modernosa (risos), esta entrevista com o Dr. Régis Barros, psiquiatra e psicoterapeuta, está bastante esclarecedora. Linguagem simples, direta e "confortadora", do jeitinho que eu gosto. Assista! :)


    Matéria sugerida pelo site Viver em Brasília.

    sexta-feira, 27 de setembro de 2013

    Superação - Férias!


    Após anos evitando viagens de avião, consegui superar o medo
    e me divertir muito!!!

    Desde que passei a sofrer de pânico, em 1997, perdi muitas oportunidades por causa do medo. Muitas dessas oportunidades pelo medo de viajar de avião.
    Como já contei uma vez aqui pra vocês, deixei de ir pro Japão por receio das horas de voo até lá. Além disso, foram muitas as oportunidades de trabalho que me esquivei, looongas viagens de carro que fiz... tudo por medo de voar.

    E olha que viajo de avião desde que me entendo por gente, moro no Rio, mas minha família é de São Paulo e sempre pegava a ponte aérea, de dia, de noite, com sol, com chuva, com os meus pais, sozinha, e adorava. Mas o pânico traz consigo alguns medos incontroláveis, e este foi um dos que adquiri.

    "Vamos todos pra Disney nas próximas férias"!

    Para piorar a minha situação, meu filho, que hoje está com sete anos, é completamente destemido e vivia me pedindo para viajar de avião. Achava muito chato ter que passar tanto tempo dentro do carro. Haja DVD, gibi e 
    Nintendo DS para entreter essa criança durante 8, 10, 15 horas! 

    No meio do ano passado, meu marido resolveu me fazer uma surpresa e programou uma viagem à Disney. Ele sabia que eu tinha muita vontade de levar meu pequeno pra lá, só faltava coragem. 

    Quando ele me deu a notícia, fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo pensava em como iria conseguir passar tanto tempo fechada, dentro de uma aeronave. Meu problema maior não era voar, disso eu até gosto. O problema era o medo de ficar fechada, "presa", querer sair e não poder. É isso que me dá desespero, que me falta o ar só de imaginar.


    Durante esses anos todos, só não consegui evitar duas viagens de avião. Mesmo assim foram viagens profissionais e só até São Paulo, menos de uma hora de voo. Ao meu lado, colegas de trabalho, diretores globais, isso me intimidava um pouco - eu não podia dar um chilique! 

    Então comecei a trabalhar a ideia da viagem com a minha psicóloga e com a minha psiquiatra. Aos poucos a vontade de enfrentar e de superar aquela limitação foi ficando muito maior do que o medo. Resumo da ópera: o dia chegou e minha alegria era tão grande que nem tive tempo de sentir medo nenhum. Obviamente levei vários ansiolíticos sublinguais por precaução, e saquei três deles durante a ida, mas na volta nem precisei!
     
    A felicidade de ver o meu filho tão encantado com aquela experiência nova, com as nuvens, com tudo que ele estava vivendo me anestesiou. Não senti fobia nenhuma, li, escrevi, comi à beça (como de costume! rss), dormi... e lá se vai mais um obstáculo! Já estamos sonhando com as próximas férias, dessa vez pra Europa! :)

    Faço questão de compartilhar com vocês algumas fotos dessa minha aventura em família. Não deixem de acreditar que é possível enfrentar todos os nossos medos, as nossas fobias, a depressão, e superá-los. Com tratamento adequado e força de vontade, podemos levar uma vida normal e até sermos felizes, vejam só! ;)

    Um grande abraço a todos, muita saúde, força e coragem! Já estou me preparando para os próximos desafios!

    Tirei muitas fotos do avião! Cada lugar lindo que sobrevoamos!
    Feliz na fila do Trem da Mina, que fui quando tinha dez anos
    Karen Potter :)
    Enchi a cara de cerveja amanteigada!

    
    Revenge of the Mummy favoritado pelo meu filho

     
    Presente da natureza em Busch Gardens
    Pena que a caranga não coube na mala!
     

    Camiseta fofa da lojinha do Men in Black
    Me acabei nas montanhas-russas!!!
    
    Mais montanha-russa!!! Yeaaaaah!!!!!


    Esse bar do Bob Marley na Universal é muito legal! <3
    Fim de tarde no Magic Kingdom
    Café da manhã "humilde" no Discovery Cove! 
    

    Essa não precisa de legenda!... :D <3




    sábado, 17 de agosto de 2013

    Tristeza ou depressão? Medo ou pânico?

    Muitas pessoas têm me perguntado qual é a diferença entre tristeza e depressão, medo e pânico.
    Acho que o que diferencia um sentimento "normal" de um "patológico" é quando esse sentimento passa a interferir de forma negativa na vida da pessoa. 

    Por exemplo, quanto aos medos (ou fobias): eu posso ter medo de andar de elevador ou de entrar no mar, sem que isso atrapalhe minha vida a ponto de me deixar triste, frustrada; que me faça perder oportunidades que considero importantes. 

    Por outro lado, posso ter pavor de insetos a ponto de desmaiar se me deparar com uma borboleta - sendo que meu sonho é acampar. Ou então posso me desesperar ao entrar num túnel - sendo que preciso atravessar um todos os dias para chegar ao trabalho que tanto batalhei pra conseguir. Coisas desse tipo. 

    Se essas limitações me incomodarem a ponto de me fazer sentir infeliz, diminuída, incapaz, aí acredito que seja hora de procurar ajuda. 

    Medo e tristeza todos sentimentos em alguns (ou vários) momentos da vida. Mas medo exagerado e tristeza sem fim não são coisas normais, e devem ser tratadas com seriedade. Procure um médico, siga o tratamento e você vai ver que a vida pode ser bem mais leve! :)

    Saúde, paz e coragem!

    (foto: reprodução internet)

    sábado, 20 de abril de 2013

    Entendendo o TDAH


    Ultimamente, e cada vez mais, tenho atribuido grande parte dos meus problemas de ansiedade e depressão ao Déficit de Atenção (TDAH).
     

    Na minha infância o TDAH não tinha esse nome pomposo, era mais conhecido por relaxamento, distração e preguiça mesmo. Mas os prejuízos eram os mesmos.

    Na minha busca incessante por explicações e novas perspectivas, desta vez sobre o TDAH, encontrei o site do médico neurologista Mario Peres.
    Não o conheço pessoalmente, como não conheço a maioria dos profissionais que menciono no blog. Mas procuro divulgar qualquer informação ou mensagem que me toque positivamente de alguma forma e que eu ache que também possa tocar da mesma maneira quem sofra com o mesmo problema que eu.

    Os pacientes com TDAH, com certeza, irão se enxergar aqui. Sempre que leio alguma coisa sobre esse assunto, me dá vontade de chorar de tanto que já sofri e ainda sofro com isso.

     
    Quem convive com algum portador de TDAH vai se lembrar dele. Mais do que isso, espero que passem a enxergá-lo de forma mais benevolente, com mais compaixão e, por que não, paciência!
    Rotular alguém de forma negativa não vai ajudar em nada, pelo contrário, só fará com que essa pessoa se sinta ainda mais incapacitada, desmotivada e deprimida. Para superarmos essas limitações e levarmos uma vida mais feliz, precisamos de compreensão e um pouquinho de generosidade.

    Boa leitura, saúde e paz para todos.
    :)


    O que é o TDAH?

    TDAH é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, uma doença caracterizada por desatenção, inquietude e impulsividade, que acomete crianças e adultos.  


    Crianças com TDAH costumam ser vistas como bagunceiras, irrequietas, hiperativas, distraídas, sonhadoras, que vivem no mundo da lua. Geralmente, na idade adulta, a hiperatividade, agitação e impulsividade diminuem de intensidade e a distração fica mais evidente.
    O TDAH pode acometer os adultos, apesar de ser uma doença mais conhecida na infância.

    Uma característica marcante do Transtorno do Déficit de Atenção é sua alta taxa de associação com outras doenças (comorbidades). Em crianças, calcula-se que mais da metade dos casos ocorrem acompanhados de outros transtornos. Em adultos, estima-se que esse índice seja ainda maior.
    Na infância, as comorbidades mais comuns são os distúrbios de aprendizado, de comportamento, os transtornos ansiosos (ansiedade, fobias, TOC, pânico), transtornos depressivos e tiques.
    Em adolescentes, além desses transtornos citados, surge o abuso de drogas.

    Causas do TDAH adulto

    Nas crianças, os sintomas mais comuns são o esquecimento excessivo, desatenção, bem como uma incapacidade de se manter quieto. No adulto, os sintomas do déficit de atenção e hiperatividade se manifestam de maneira diferente, mais sutil. Isto pode tornar mais difícil reconhecer e diagnosticar o TDAH adulto.
    Acredita-se que genes podem desempenhar um importante papel. As questões ambientais, como a exposição a cigarros ou álcool, enquanto no útero, também podem ser importantes.
    Existe a teoria de que os neurotransmissores no cérebro estejam funcionando mal, como a dopamina, noradrenalina e serotonina, principalmente na região do córtex pré frontal.

    Em adultos são também comuns os transtornos ansiosos, os transtornos depressivos, o abuso de drogas (incluindo álcool e tranqüilizantes), transtornos do apetite e do sono.

    Os 10 sintomas mais comuns em adultos com déficit de atenção

    Sintoma n.º 1: Problemas com a organização

    O aumento das responsabilidades da idade adulta – trabalho, contas a pagar, e filhos, para citar algumas – pode causar grandes problemas com a organização em pessoas com TDAH. E embora alguns sintomas do TDAH sejam mais irritantes para as pessoas que convivem com o paciente do que para o próprio paciente, a desorganização é frequentemente identificada por adultos com TDAH como um grande aspecto prejudicial à sua qualidade de vida.

    Sintoma n.º 2: Dirigir carro distraidamente (acidentes de trânsito)
    O adulto com TDAH tem dificuldade de manter a atenção em uma tarefa. Por esse motivo, algumas pessoas ficam mais suscetíveis a acidentes de trânsito, sem falar nas multas e na consequente perda de pontos na carteira...

    Sintoma n.º 3: Problemas conjugais
    Naturalmente, um casamento conturbado não deve ser visto como um sinal de alerta apenas para adultos com TDAH. No entanto, existem alguns problemas que tornam pessoas com TDAH mais suscetíveis a terem problemas em seus relacionamentos. Muitas vezes, seus parceiros se aborrecem com sua dificuldade de escutar pedidos feitos e até da incapacidade de honrar seus compromissos. Se você é a pessoa que sofre de TDAH, pode não entender por que seu parceiro está chateado e ainda sentir-se culpado por algo que, realmente, não é sua culpa.

    Sintoma n.º 4: Distração extrema
    A pessoa pode ter grande difículdade em focar em alguma coisa e essa distração pode levar a uma história de baixa performance na carreira, especialmente em cargos de alta competitividade. Se você tem TDAH, pode descobrir que telefonemas, e-mails, ruídos ou qualquer solicitação externa afetam a sua atenção, o que torna difícil para você terminar de fazer alguma coisa. É comum ver pessoas com déficit de atenção que começam as coisas e nunca terminam.

    Sintoma n.º 5: Dificuldade em ouvir
    Você viaja no pensamento durante as longas reuniões? Será que seu marido esqueceu de pegar seu filho na escola, que é melhor fazer purê de batata do que batata frita pro jantar... Problemas com atenção resultam em má compreensão oral em muitos adultos com TDAH, o que conduz a uma série de mal-entendidos.

    Sintoma n.º 6: Inquietação, problemas para relaxar
    Embora muitas crianças com TDAH sejam hiperativas, este sintoma freqüentemente aparece de forma diferente em adultos. Os adultos com TDAH estão mais propensos a apresentar agitação ou achar que não podem relaxar.

    Sintoma n.º 7: Problemas ao iniciar uma tarefa
    Assim como as crianças com TDAH frequentemente adiam o início da realização da lição de casa, os adultos com TDAH frequentemente se arrastam para iniciar tarefas que exijam muita atenção. Esta procrastinação agrava muitas vezes os problemas já existentes, incluindo desavenças conjugais, problemas no trabalho e com amigos.

    Sintoma n.º 8: Atraso crônico
    Existem diversas razões para adultos com déficit de atenção se atrasarem para seus compromissos. Eles são muitas vezes distraídos a caminho de um evento, por exemplo, percebendo que o carro precisa ser lavado e, em seguida, que ele está com pouca gasolina, e que esqueceu de sacar dinheiro, e, antes que se perceba, já passou uma hora.
    Pessoas com TDAH também tendem a subestimar o tempo que levam para finalizar uma tarefa, seja ela uma tarefa importante no trabalho ou uma simples tarefa de casa. "Em dez minutinhos eu termino". No final, percebe que não termina e fica angustiado.


    Sintoma n.º 9: Ímpetos de raiva
    O TDAH frequentemente leva a problemas com o controle das emoções. Muitos adultos com TDAH são explosivos com pequenas questões, tem o chamado pavio curto. Muitas vezes sente como se não tivessem controle sobre suas emoções e a sua raiva aparece mais rapidamente do que a capacidade de controlá-la.

    Sintoma n.º 10: Dificuldade para dar prioridade
    Pessoas adultas com TDAH têm dificuldade para priorizar as obrigações mais importantes que deverá cumprir, como o término de um trabalho. Enquanto isso, gasta inúmeras horas em algo insignificante, como um jogo no vídeo game.

    Tratamento do TDAH no adulto
    Existem boas opções de tratamento do adulto. Em primeiro lugar, o tratamento começa com o diagnóstico correto feito por um médico. 

    As mesmas medicações usadas na criança podem ser usadas no adulto. O tratamento medicamentoso deve ser reservado para os casos nos quais aconteça algum prejuízo, alguma dificuldade na vida do paciente. Considerando que o TDAH pode estar associado a problemas diversos, como quadros depressivos, ansiedade, problemas com álcool e drogas, estas condições devem ser tratadas também.

    Várias linhas de psicoterapia podem ser indicadas. No caso de adultos casados, algumas intervenções necessitam ser realizadas com o cônjuge. No caso de crianças e adolescentes, há programas de orientação e treinamento para pais e professores. Existem propostas muito interessantes de reestruturação do ambiente escolar e doméstico para crianças com TDAH. Existem também várias recomendações que podem ser fornecidas ao paciente de acordo com cada caso em particular, que amenizam suas dificuldades no dia-a-dia (tais como esquecimentos, uso de agenda, foco em uma tarefa, etc). Associação de técnicas Cognitivo Comportamentais com tratamento medicamentoso tem eficácia comprovada.

    Pacientes robotizados? Remédio da obediência?
    Existem muitos profissionais que prestam um grande desserviço à comunidade quando afirmam em meios de comunicação que os medicamentos “entorpecem” os pacientes, os tornam “robotizados”, “zumbis” e que este é um meio artificial de controle da doença. Provavelmente nunca acompanharam de perto um número suficiente de pessoas com Déficit de Atenção, com ou sem Hiperatividade, antes e depois do tratamento farmacológico, para observar a enorme diferença na vida destes indivíduos.
    Existia uma crença de que o uso de estimulantes retardaria o crescimento de crianças e por isso se recomendava os “feriados” (alguns dias ou o final de semana) ou “férias” (meses) terapêuticas. Estudos recentes mostram que isto não acontece.

    ATENÇÃO, não se automedique! Consulte sempre um médico para fazer o seu diagnóstico e iniciar o melhor tratamento.

    Fonte: Dr. Mario Peres (médico neurologista e pesquisador senior do Hospital Albert Einstein), ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção)