Mostrando postagens com marcador psicóloga. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador psicóloga. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sem Transtorno Entrevista: Flávia Paes

Psicóloga explica o que é a TCC e como ela ajuda no tratamento da ansiedade

Nesta primeira entrevista em vídeo, o Sem Transtorno apresenta sua mais nova parceira, a psicóloga Flávia Paes, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental. Entenda um pouco mais sobre a tão falada TCC, como ela auxilia no tratamento do pânico, das fobias específicas, como o medo de avião, e de outros transtornos de ansiedade. Flávia também fala sobre a combinação medicação - psicoterapia e sobre a importância de se quebrar preconceitos, e ser feliz. :)

Espero que gostem da novidade, muitas outras ainda estão por vir! Continuem acompanhando o Sem Transtorno, lendo e agora assistindo também!!! ;)

Um abraço a todos, saúde, paz e... CORAGEM! <3


Flávia Paes é psicóloga especialista em TCC (CRP 29051-05), doutoranda em saúde mental (Ipub/UFRJ) e Neuropsicóloga (USP). 
Contato: flavia.paes.psi@gmail.com / (21) 2146-1851 / (21) 9 9156-7880

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Psicóloga fala sobre sua experiência clínica com os transtornos de ansiedade

Rosanna Mannarinno foi minha psicóloga durante cerca de dois anos e depois de me ajudar da melhor maneira possível a enfrentar um período bastante difícil com o pânico e a ansiedade generalizada tornou-se minha amiga e parceira no Sem Transtorno. De maneira voluntária, acompanha todas as reuniões do nosso Grupo de Apoio na Barra da Tijuca, no Rio.
Neste bate-papo, ela nos dá suas impressões sobre o tratamento da ansiedade.



ST - Rosanna, quais são as principais queixas dos pacientes que a procuram para tratar transtornos de ansiedade?

O medo por não saber o que está acontecendo com eles, por não conseguirem dar conta de algumas áreas de sua vida devido às crises de pânico. A grande maioria vai em busca de ajuda após várias tentativas, por si só, de darem conta da situação. Entender o que está acontecendo é o principal motivo que os leva à busca de um profissional

ST - Você percebe características em comum entre esses pacientes? 

Percebo algumas características nos clientes com diagnóstico de pânico. São pessoas que sempre, de alguma forma, deram conta de tudo e que estão
disponíveis ao outro. São controladoras. E a atitude de controlar o outro pode aparecer maquiada por um interesse genuíno e sincero de gerar bem estar.

ST - Entre os homens, quais são os traços de personalidade mais marcantes? Você poderia apontar algum?
Percebo que muitos homens ansiosos procuram atividades que envolvem certo grau de estresse e / ou risco. Eles têm como lazer atividades que ativem a adrenalina, como motociclismo, mergulho, grandes viagens. Mesmo que alguns não consigam colocar em prática.

ST - Dentre os transtornos de ansiedade (pânico, ansiedade generalizada, estresse pós traumático, fobias específicas, fobia social), quais são as mais frequentes em seu consultório?

Pânico e TAG (ansiedade generalizada).

ST - Qual a abordagem indicada para tratar pacientes com transtornos de ansiedade, especialmente pânico e ansiedade generalizada? 

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é a que apresenta maior eficácia na questão da ansiedade e do pânico, mas também pode-se utilizar outras técnicas que vão 
complementar e auxiliar no tratamento.  

ST - Existe alguma expectativa quanto à duração do tratamento?

Não é possível definir o tempo exato, mas a duração mínima prevista é de 6 meses. Vários fatores interferem nesta previsão, como a resistência do paciente, o grau da 
ansiedade e do pânico, a construção do rapport*, a resistência do paciente para um tratamento medicamentoso quando necessário.

*rapport é um conceito do ramo da psicologia, diz respeito à ligação de sintonia e empatia com outra pessoa.

ST - E qual é a sua opinião sobre o uso de remédios no tratamento?

É importante passar por uma avaliação médica, mas percebe-se que quando o paciente tem dificuldade em aceitar a medicação ele tem maior dificuldade para evoluir 
no tratamento, podendo com isso intensificar a construção de pensamento negativos, de incapacidade, e reforçando o desconforto.

ST - Além do tratamento convencional (terapia + medicação), você teria sugestões para melhorar a qualidade de vida dos pacientes?

O exercício físico é importante; aprender técnicas de relaxamento, ter percepção e cuidado com a respiração também. É importante para aprender a diminuir a 
frequência cardíaca, com isso a respiração torna-se mais lenta e profunda e, consequentemente, os músculos ficam mais relaxados. Procuro orientar que o paciente exercite esse controle da respiração, pois durante a crise de pânico ele não irá conseguir colocar em prática se não tiver criado o hábito. O lazer também é muito importante, assim como uma boa alimentação e beber bastante líquido.


(foto: Karen Terahata)
Rosanna Talarico Mannarino é Psicóloga Clínica, pós-graduada em terapia familiar e em tratamento e prevenção à dependência química. Tem formação em TCC e arte terapia. Contato: (21) 9165-0576 rosanna.talarico@yahoo.com.br (CRP 23434/05)

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sabemos muito bem o quanto é importante visitar o dentista ou o clínico geral com certa regularidade. Se nosso estômago dói, vamos ao gastroentereologista, se não enxergamos muito bem, ao oftalmologista. Porém não estamos muito acostumados a escutar sem espanto quando alguém fala que vai ao psiquiatra ou ao psicólogo. É senso comum acreditar que estes profissionais só cuidam de pessoas “loucas”, portanto se alguém precisa ir a eles logo é taxado como tal.

Desde pequenos somos ensinados a lidar com números, com palavras, temos aulas de educação física, aprendemos a conviver em sociedade; somos preparados para a vida prática do dia-a-dia. 
Os sentimentos e as emoções, que são nossos companheiros inseparáveis, são postos de lado de tal forma que se apresentam através de dores e mal-estar.

As doenças psicossomáticas dão vazão a sentimentos negligenciados por anos e um evento estressante pode desencadear o processo de adoecimento. Dores constantes, insônia podem não ter causa orgânica alguma para o seu aparecimento. Frequentemente, após extensa investigação através de exames laboratoriais e consultas com diferentes especialistas não se acha a causa para o problema. A procura por um profissional que cuida das emoções, psiquiatra e psicólogo, é adiada o quanto se pode. Muito sofrimento desnecessário é prorrogado e intensificado por medo de se sentir “louco”.

Falar sobre os sentimentos não é algo fácil, mas possível de ser aprendido e essencial para o equilíbrio e bem-estar. Temos horário para trabalhar, passear; abrimos os e-mails… 
Quando cuidamos da nossa mente e do que sentimos? Simplesmente não cuidamos. 
Não há tempo na agenda para elaborar os afetos, fatos marcantes; entendermos as nossas relações; se estas estão saudáveis ou doentes.

Dar este tempo a si próprio tendo alguém que possa ouvi-lo, sem crítica ou julgamento, acolhendo e compreendendo o que está sendo dito, é algo realmente profundo e transformador. Capaz de tornar a vida de qualquer pessoa que está disposta a mudar muito melhor. Não se trata de não ter problemas, mas sim de lidar com eles de forma mais tranquila, equilibrada e madura.

(Patricia Adnet - psicóloga. Texto Publicado no Jornal Correio Carioca Ano VII – nº 63)

domingo, 10 de agosto de 2014

Colaboração: Psicóloga Rosanna Mannarino explica os ataques de pânico

Quando um indivíduo passa por uma situação de possível ou de real perigo, o organismo se mobiliza e se prepara para fuga ou agressão, apresentando uma reação de alerta nomeada de "resposta de emergência", podendo ressaltar algumas atividades como:

- dilatação das pupilas
-vasoconstrição periférica
-taquicardia e broncodilatação
-taquipneia
-atividade mental aumentada
-aumento da pressão arterial

No ataque de pânico, o medo e a ansiedade aceleram-se rapidamente e o pensamento racional é prejudicado quando a resposta de emergência é ativada. A capacidade de enfrentamento é subestimada e o indivíduo tem suas avaliações distorcidas.
As sensações, pensamentos, imagens, emoções e impulsos que ocorrem durante o ataque de pânico têm interpretações errôneas e exageradas, trazendo a sensação de despersonalização e iminência de morte.
Por temer essa crise, o indivíduo passa a evitar possíveis situações e lugares que possa ter uma crise de pânico,
 evoluindo até o surgimento de ansiedade antecipatória, que é a constante expectativa da próxima crise e que por si só é bastante desagradável.
O tempo, a prioridade das crises e suas consequências não se apresentam em um padrão.
Klein e Klein (1989) distingue três padrões de ocorrência para ataques do pânico:

1 - O ataque de pânico espontâneo, que ocorre em um momento inesperado;

2 - O ataque de pânico provocado por um estímulo, que é um medo súbito disparado por exposição a um estímulo fóbico ou antecipação de tal exposição (segundo Klein, esses ataques são comuns das fobias específicas);

3 - Os ataques de pânico predispostos, que ocorrem mais em certas situações do que em outras - aumentam a possibilidade de um ataque, mas não o provocam.

O principal foco no tratamento psicológico do transtorno do pânico, da ansiedade, é a identificação de interpretações errôneas de pensamentos e imagens dos sintomas para poder redefinir essas ideias equivocadas.

Rosanna Talarico Mannarino
Psicóloga Clínica CRP 23434/05
Cel. (21) 99165-0576
rosanna.talarico@yahoo.com.br

quarta-feira, 12 de março de 2014

Programa Trocando Ideias - Síndrome do Pânico e Depressão



Muito boa entrevista com a psicóloga Elaine Ribeiro no programa Trocando Ideias, da TV Canção Nova.

Pânico, depressão, preconceito, dificuldade de atendimento pelo sistema público...
Seria bom que outros profissionais da área de saúde tivessem essa mesma compreensão sobre a doença e seus pacientes.


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Agorafobia - medo de ter medo

Você conhece esse medo?

Matéria publicada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ASP)

Renato Russo escreveu certa vez: “E o teu medo de ter medo de ter medo”. Seguindo este raciocínio podemos entender o que é a agorafobia. Em termos concretos, é uma doença cuja principal característica é justamente o medo de ter medo.

Anos atrás, a definição mais usada para a doença era o temor a lugares abertos, expressão originada da palavra grega “agoraphobia" que, separadamente, quer dizer “agora” (praça, mercado) e “phobia” (horror, medo).
A agorafobia não pode ser considerada uma doença por si só, ela é uma das manifestações clínicas do Transtorno do Pânico, no qual o paciente é acometido pela ocorrência espontânea de ataques de pavor repentino. A agorafobia é um dos sintomas mais latentes do Transtorno do Pânico.

O paciente, em estágio agorafóbico, apresenta temores de lugares públicos onde, na visão do doente, não seria possível uma saída rápida caso viesse a ter um ataque de pânico. O indivíduo passa a ter medo de estar em uma situação em que seu socorro possa ser dificultado caso tenha tontura, palpitação, falta de ar, dificuldade para falar ou, até mesmo, medo de morrer.

No shopping, em uma viagem ou multidão. Esses são apenas alguns dos lugares onde o indivíduo pode ter um ataque súbito. Nesse momento, ao se imaginar tendo uma crise de pânico, a pessoa permanece parada em determinado local, imóvel, não querendo ficar sozinha.

Para Virgínia Turra, psicóloga do Hospital Universitário de Brasília, é aí que a família começa a participar do sofrimento de quem está em crise. “A solidão de quem sofre com o problema se transforma na dor de toda a família”, esclarece a psicóloga.

O diagnóstico da agorafobia exige um exame minucioso. Já nos primeiros sintomas é preciso consultar um profissional de saúde mental, que pode identificar se o paciente está ou não tendo uma crise. Virgínia aconselha a não fazer autodiagnóstico. “Fazer uma avaliação de si mesmo não é um bom caminho. Os transtornos de ansiedade são variados e é preciso fazer um bom diagnóstico, tanto de situações médicas quanto de outras formas de sofrimento psíquico”, afirma.

Como tratar?
O tratamento da agorafobia é determinado caso a caso. Geralmente, combina terapia com medicamentos e psicoterapia. Outro aspecto do tratamento é o diálogo entre psiquiatra e psicólogo. É muito comum que o paciente produza suas próprias conclusões a partir do que escuta em consulta com esses dois profissionais, passando a tratar-se por conta própria, procedimento não indicado. “O auto tratamento não é o ideal. O correto é que psiquiatra e psicólogo afinem o discurso para, então, chegarem à terapia mais indicada”.

Fonte: Assessoria de Comunicação UnB / Rádio Criciúma - SC

Foto: reprodução internet


Veja também o post: Agorafobia - medo de lugares amplos / multidões

Saúde, paz e coragem!!! ;)

sábado, 13 de julho de 2013

Biblioterapia - Leitura para o bem estar

Foto: reprodução internet
A biblioterapia pode diminuir a ansiedade, depressão, fobias e até mesmo melhorar a autoestima entre diversos tipos de público e faixas etárias

Ao escolher um bom livro, o leitor pode viajar para outro espaço e época e conhecer personagens únicos que podem marcá-lo para sempre. Quem costuma ler sabe bem como é.

Já foi comprovado que os benefícios vão além do entretenimento. Desde as antigas civilizações acreditava-se que a leitura poderia proporcionar alívio às enfermidades. Porém o nome específico de biblioterapia (terapia por meio de livros) surgiu apenas no século XX.

Inicialmente, ela era recomendada para pessoas portadoras de conflitos internos como depressão, medos, fobias e para idosos. Hoje, após anos de pesquisa, sabe-se que a leitura terapêutica pode trazer diversos benefícios para diferentes tipos de pessoas em faixas etárias distintas. Essa terapia complementar pode ser aplicada em grupo ou individualmente.

De acordo com a psicóloga Lucélia Paiva, a leitura proporciona o aumento da autoestima e pode ser aplicada em processos de desenvolvimento pessoal, educacional ou em quadros clínicos. “As histórias podem levar a mudanças, pois auxiliam o indivíduo a enxergar outras perspectivas e distinguir opções de pensamentos, sentimentos e comportamentos, dando oportunidades de discernimento e entendimento de novos caminhos saudáveis para enfrentar dificuldades”, diz.


Para Clarice Fortkamp Caldin, autora do livro Biblioterapia: um cuidado com o ser (Porto das Ideias Editora), a leitura, ao descortinar um outro mundo, uma outra realidade, permite ao ser humano exercitar o imaginário, assumir as características de determinados personagens especialmente admirados, refletir sobre suas atitudes e aliviar suas angústias. “Isso só acontece com a leitura do ficcional, que permite a liberdade de interpretações”, afirma. Além de todos esses benefícios, a biblioterapia também amplia a compreensão intelectual, desenvolve senso de pertencimento, dá inspiração, corrige ou elimina comportamentos nocivos ou confusos, e além disso pode diminuir a ansiedade e a solidão.

Profissionais como psicólogos, educadores, bibliotecários e assistentes sociais, quando bem preparados e treinados, podem aplicar a terapia por meio de livros. O especialista, primeiramente, identifica o problema a ser tratado, para depois selecionar a obra que será utilizada. Em seguida, são feitos o compartilhamento das experiências e o acompanhamento do impacto do material escolhido. Ao ler um texto, o indivíduo constrói um texto paralelo, ligado às suas experiências e vivências pessoais, o que o torna diferente para cada leitor. A literatura tem o poder de mexer com as emoções porque admite a suspensão temporária do que se conhece por descrença. Isso significa que durante a leitura, ele passa a acreditar nos acontecimentos dos livros e esquece dos próprios problemas, causando o bem estar e assim diminuindo a dor.

Com a leitura terapêutica o leitor se distancia de sua própria dor e também é capaz de expressar seus sentimentos e ideias, possibilitando uma percepção mais aguçada de sua situação de vida. A partir daí desenvolve-se ainda uma forma de pensar criativa e crítica. Ler também diminui o sentimento de solidão, e estimula uma maior empatia com outras pessoas.

Conheça as etapas da biblioterapia

O leitor se envolve com a trama ou com o personagem da história (envolvimento) e identifica-se com o caráter ou com a experiência apresentados no livro (identificação). Ao identificar-se, o indivíduo sente alívio pelo reconhecimento de que outros têm adversidades similares. Os dilemas resolvidos com sucesso na obra farão com que o leitor realize uma tensão emocional associada aos seus próprios problemas (catarse). Desta forma, ele pode querer aplicar o que aconteceu na história fictícia à sua vida. Em seguida, a semelhança dos problemas da trama com a sua realidade faz com que o leitor chegue a uma etapa final (universalidade), onde consegue compreender outros problemas similares.

Para quem é indicada a terapia complementar?

A prática tem sido usada em várias situações clínicas, na qualidade de terapia complementar:

- luto (divórcio ou morte)
- depressão
- hospitalizações
- falta de perspectiva na vida
- doenças crônicas
- dificuldades para se relacionar
- presidiários
- idosos
- dependências
- traumas
- ansiedade
- desemprego
- estresse e bullying




Fonte: revista Viva Saúde

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Como organizar seu tempo? Evite a procrastinação

Muitas vezes, por conta da minha ansiedade, eu paraliso. 
São tantas coisas pra fazer, pra resolver, que não sei por onde começar! 
Mas o problema é que quanto mais a gente adia, mais coisas vão surgindo, e tudo aquilo que não resolvemos, continua lá também. Ou seja, vira a tal bola de neve!

E como é que nós podemos combater essa nossa "desorganização mental"?

Veja se você se reconhece nesta matéria e organize melhor o seu dia com as dicas abaixo! :)
Aprenda a organizar o tempo para evitar a procrastinação. Hábito de adiar tarefas pode provocar doenças (por Thamyres Dias)


Gabriel Coelho agora planeja
tudo com antecedência
(Foto: reprodução)
Quantas vezes você ligou o computador para procurar um documento e, horas depois, ainda estava lá, navegando, sem lembrar o que ia fazer? Ou deixou de arrumar a gaveta do escritório até que a bagunça o impedisse de encontrar sequer uma caneta? Com dias cada vez mais agitados, a procrastinação — ou hábito de adiar tarefas — passou a fazer parte da vida de homens e mulheres. Sem conseguir organizar o tempo, as pessoas acabam sobrecarregadas e com a sensação de que deixaram coisas importantes para trás.

— A constatação de que não se é capaz de dar conta de tudo gera uma enorme frustração e acaba provocando sintomas como cansaço excessivo, baixa auto-estima e desanimo — afirma a psicóloga do Hospital Rio’s Dor, Maria Helena Rocha.

As consequências vão ainda além. Segundo a especialista, doenças como hipertensão, gastrite, dor de cabeça, ansiedade e depressão podem ter início em uma agenda descontrolada.

— Vejo isso quase diariamente. O interessante é que quando a pessoa adoece e se depara com a necessidade de rever a vida, acaba percebendo que podia ter feito diferente, prestado mais atenção em si, priorizado e se organizado melhor. É como aquela música "Epitáfio", dos Titãs — conta a psicóloga.

No processo de mudança, alguns truques podem ser bastante úteis, garante o especialista em gestão do tempo, Christian Barbosa.

— Com o volume de informações e as facilidades tecnológicas, perder o foco é muito fácil. Para começar a aproveitar melhor os dias, o primeiro passo é fazer um planejamento e anotar todos os compromissos em um único lugar — diz.

A técnica funcionou para o estudante de Administração Gabriel Coelho, de 24 anos.

— Chegou um momento em que a necessidade de melhorar minha organização foi enorme. Não conseguia dar conta de tudo: trabalho, estudo, namoro, três bandas. Comecei a programar qualquer tarefa numa agenda. Agora, já sei o que vou fazer com uma semana de antecedência — conta.

                           Aprenda a se organizar melhor! :)


1- Bloqueie um tempo na agenda

Se uma atividade é importante, mas não urgente, marque dia e hora na sua agenda para realizá-la. Reserve como se fosse uma reunião, com hora marcada para começar e terminar. A duração máxima deve ser de três horas.

2- Crie um ritual de execução
Pense em algo que o deixe motivado, aumente sua criatividade e te permita concluir rapidamente uma tarefa. Acender incenso? Ouvir música? Tomar café? Cada pessoa precisa desenvolver seu próprio ritual.

3 - Desconecte-se
Se não precisa de internet para uma tarefa, desconecte-se! Assim, você não tem o impulso de ficar vendo o Facebook, o e-mail etc. Quem nunca teve a experiência de ligar o computador para uma tarefa rápida e só desligá-lo horas depois, sem ter feito nada útil?

4 - Pondere os pontos positivos e negativos

Na dúvida sobre o que deve ser prioridade, escreva em uma folha de papel o que pode acontecer de positivo e de negativo se você não fizer cada tarefa. Assim, fica mais fácil eleger o que pode ser adiado.

5 - Execute pequenas atividades
Experimente começar o dia fazendo coisas menores, de rápida conclusão. Isso com certeza te dará energia para as atividades mais complexas e demoradas.

6 - Recuperando as forças
Não ignore o cansaço. Se sua energia estiver prejudicada, você fica indisposto, sem vontade, seu cérebro não pensa do jeito que deveria. Estabeleça rituais de recuperação, algo que dê um gás quando você estiver exausto.

7 - Deixe um horário para imprevistos
Interrupções e emergências acontecem na vida de todo mundo. Ao planejar sua semana, deixe espaços para esses imprevistos. Nunca lote sua agenda com tarefas.

8 - Uma coisa de cada vez
Proíba-se de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Precisou interromper uma tarefa? Conclua a outra mais urgente e só depois volte para a anterior. Quem tenta fazer tudo ao mesmo tempo, perde de 10 a 15% do tempo.

9 - Defina objetivos
O que você quer ganhar com uma organização do tempo? Ficar mais perto do seu filho? Ser promovido no trabalho? Em quanto tempo? Traçar metas e estudar recompensas traz motivação para o processo.

10 - Saiba pedir ajuda
Se nada der certo, considere conversar com um amigo, chefe ou psicólogo. Existem fatores bloqueadores que estão tão escondidos que não conseguimos lidar sozinhos com eles. O importante é não desistir.



sábado, 4 de maio de 2013

Planos de saúde devem cobrir tratamentos para o bem estar mental

Durante muitos anos, a saúde mental não era considerada parte integrante da medicina. 
Por muitos profissionais, essa área era tida como secundária, e os planos médicos não cobriam boa parte dos tratamentos que tinham como objetivo o bem estar psicológico dos pacientes.

Com o passar do tempo, ficou cada vez mais evidente que é preciso tratar as pessoas como um todo, e não apenas partes do organismo e suas doenças individualmente. 


Com a humanização da medicina e entendimento que a mente e corpo devem ser tratados como um, os tratamentos mentais entraram na lista de procedimentos oferecidos pelos planos de saúde.

Muita gente não sabe disso, mas as consultas com psicólogos e terapeutas estão previstas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, que estabelece que esse tipo de atendimento deve ser oferecido pelos planos de saúde. Essa determinação existe desde 1999, ou seja, há 14 anos. A questão é que muitas pessoas ainda não sabem disso e acabam pagando por seu tratamento do próprio bolso, ou seja,  na modalidade particular.

Assim como nos atendimentos de outras áreas, é preciso utilizar os profissionais que são oferecidos pelo seu plano. “Se o profissional da área estiver cadastrado no plano, o procedimento deve ser gratuito. Caso o consumidor opte por um profissional de fora, é importante que ele esteja atento aos valores e opções de reembolso oferecidos pela operadora”, diz Gabriela Guerra, advogada e especialista na área da saúde.

Quanto às consultas, os planos estabelecem alguns limites ao cliente. São disponibilizadas 40 sessões por ano com psicólogos e terapeutas ocupacionais e 12 sessões de psicoterapia. No entanto, essa restrição pode ser interrompida quando há uma prescrição médica ou urgência. “Essas medidas costumam ser respeitadas e raramente há conflitos entre operadoras e consumidores quando a questão é tratamento psicológico”, explica Gabriela.


Fonte: Uol - Consumidor Moderno (em 3/5/2013)

sábado, 27 de abril de 2013

Famosos Ansiosos - parte 5 (Gisele Bündchen)

   (Frazer Harrison/Getty Images Entertainment)
Continuando nossa série dos famosos que, como qualquer pessoa normal, também passam por problemas com a ansiedade,  vamos ver o caso da supermodel Gisele Bündchen.

Gisele revelou certa vez ao site de notícias JB Online que teve claustrofobia. Ela acredita que o transtorno tenha sido causado por uma crise de ansiedade que sofreu durante um voo para a Espanha.

Segundo a modelo, o avião era muito pequeno, com capacidade para apenas quatro passageiros, e além disso ela precisou  enfrentar uma enorme tempestade. "Foi desesperador, depois daquilo passei uns dias sem poder ficar em lugar fechado".
Gisele decidiu então voltar à pratica da Ioga e garante que, com isso, conseguiu ficar curada sem uso de remédios

A psicóloga Jussara Benatti tem dúvidas se a modelo teve mesmo claustrofobia. "Essa doença não é um trauma passageiro. Normalmente não é manifestada em um período tão curto", esclarece. "Caso contrário, todo mundo que tem um medinho vai sair dizendo que tem uma fobia."


De acordo com a professora do Instituto de Psicologia da USP, Leila Tardivo, a diferença entre o medo e a fobia é a existência de fantasias, ou seja, quando não há um perigo real. "Se a pessoa for bem estruturada emocionalmente, madura, ela pode superar a situação de trauma, assim como fez Gisele", opina. "Mas é importante ressaltar que há graus diferentes. Em casos mais graves, o paciente precisa ser estimulado por amigos, pela família e procurar ajuda médica", explica Leila.

Jussara Benatti explica que, durante o tratamento, o profissional pode inclusive acompanhar o paciente na situação que provoca o medo, combatendo-o progressivamente por meio de exercícios.
Ela afirma ainda que muitas pessoas convivem com a claustrofobia por toda a vida. "Há quem consiga evitar o uso de elevadores. Outras pessoas fazem rotas alternativas para não passarem dentro de túneis", exemplifica.

A professora Leila Tardivo lembra que isso depende muito da profissão da pessoa. "Empresários e modelos como Gisele Bündchen precisam usar o avião como meio de transporte. Nesses casos é preciso um tratamento intensificado, pois esses profissionais não podem evitar determinadas situações". 

Fonte:
JB Online, portal Terra

Veja também:
Famosos Ansiosos - parte 4

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Pânico, depressão e preconceito


Em julho de 1997, estava planejando uma viagem ao Japão com uma amiga. Chegamos a fazer todo o trâmite, fomos juntas ao consulado, à São Paulo para fazermos alguns exames médicos... pretendíamos trabalhar durante um tempo e aprender o idioma na bela terra dos nossos pais. Acontece que naquele mesmo ano, meses antes, eu tive minha primeira crise de pânico e minha psicóloga me aconselhou a não viajar. Os argumentos dela eram fortes: como é que eu ficaria dentro de um avião durante 24 horas - que é o tempo estimado da viagem - se não conseguia ficar por 10 minutos dentro de um ônibus, sem passar mal? E se eu precisasse de ajuda no Japão? Eu não dominava a língua... E será que no Japão eles sabiam o que era Síndrome do Pânico? Será que eu teria a assistência que precisava? Bom, nem preciso dizer que fiquei com muito medo  e desisti de tudo, bem em cima da hora, quando tínhamos que marcar a passagem. Minha amiga ficou muito chateada comigo, achou que era frescura. Infelizmente, naquela época a doença era muito menos conhecida do que hoje. Passei por vários outros julgamentos equivocados, e este é um dos motivos que me fazem estar aqui, alimentando este blog.


A Síndrome do Pânico e a Depressão 
Por Dr. Hidemitsu Hishinuma

Com essa sensação de impotência, de inutilidade, a alegria de viver desaparece, diminui o brilho, o dinamismo e a espontaneidade; com isto, desenvolve-se um estado depressivo, que na maior parte das vezes é confundido com a depressão comum.

Existem crianças que só de ter que ir à escola apresentam mal-estar como náuseas, enjôos ou dores na barriga.
Como a maioria dos sintomas são físicos, as pessoas procuram outros profissionais, como cardiologistas, neurologistas, gastroenterologistas, clínicos e homeopatas, quando na realidade deveriam procurar o psiquiatra. A pessoa faz uma bateria de exames, desde eletrocardiograma, ecocardiograma, raios-X, exames de sangue e outros, e nada de anormal é detectado. Desesperado, parte até para centros espíritas.

O pânico não é detectável por nenhum tipo de exame laboratorial, apenas clinicamente. Os pronto-socorros cardiológicos ou cardiologistas são os primeiros a serem procurados devido à taquicardia, dor no peito e a dormência, depois os outros profissionais, deixando por último, até por preconceito, os psiquiatras. Dez por cento dos atendimentos cardiológicos são portadores da síndrome do pânico, que examinados pelos cardiologistas constatam que não há quaisquer anomalias. A síndrome do pânico não é uma doença psicológica, e sim física. O que ocorre é um desequilíbrio de determinada área do cérebro, alterando a química dos neuro-transmissores, responsáveis pelos impulsos nervosos. O sistema nervoso central é que comanda as funções vitais do nosso corpo, por isso ocorrem uma série de alterações no nosso organismo, é o que chamamos de D.N.V (distúrbios neuro-vegetativos).

É muito comum aos portadores da síndrome um medo constante de sentir-se mal na rua e em outras situações onde a saída e o socorro seriam difíceis. É a agorafobia, em que a pessoa apresenta uma esquiva fóbica em relação a diversas situações públicas. Com esse medo, a pessoa não consegue mais freqüentar ambientes cheios, tais como supermercados, shoppings, cinemas, teatros, bancos cheios, filas, multidões, etc. Também é comum sentir pânico de altura, de elevador, de avião, túnel, ponte Rio-Niterói, de temporal, de afastar-se de casa para outras cidades ou países; são situações onde a saída e o socorro são difíceis. Cria desculpas para não sair de casa. E, com freqüência devido à incompreensão, começam a surgir os problemas familiares. Devido o mal estar constante, o ambiente familiar fica comprometido, chegando até a separação.

O portador do pânico sofre duplamente, pois além do sofrimento físico que a própria doença proporciona, sofre por não ser compreendido por alguns familiares. É comum o portador da síndrome ouvir frases como “reaja!”, “isso é frescura...”, “pára de chilique”, “você tem medo do quê?”

Fonte: site A Síndrome do Pânico Tem Cura

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ioga contra Depressão e Ansiedade


Ioga contra depressão e ansiedade
A ciência comprova: a ioga é uma aliada no tratamento da ansiedade e da depressão.
por Anderson Moço


A descoberta é de um dos maiores e mais importantes centros de pesquisa do mundo, a Universidade de Boston, nos Estados Unidos. E confirma de forma cabal o efeito ansiolítico da ioga. É que as posturas dessa prática, que une alongamento e meditação, agem diretamente no sistema nervoso central, trazendo calma e relaxamento. Por isso, sugere o estudo, merece figurar entre os mais eficientes métodos alternativos contra a depressão e os distúrbios de ansiedade

Os adeptos da ioga conhecem e propalam esses benefícios aos quatro ventos. Só que pela primeira vez os cientistas relacionaram a prática ao aumento no cérebro dos níveis do ácido gama-aminobutírico, ou GABA, na sigla em inglês, um neurotransmissor que diminui os estímulos nervosos e relaxa as células ali na massa cinzenta. Pessoas com depressão apresentam uma drástica redução na quantidade de GABA, disse à SAÚDE! Chris Streeter, chefe do trabalho americano. 

Os pesquisadores compararam pacientes que fizeram as posturas durante uma hora com gente que passou o mesmo período lendo um livro. Logo depois, com a ajuda de exames de ressonância magnética, analisaram o teor de GABA no cérebro dos praticantes. Houve um aumento de 27% depois da sessão, enquanto que nenhuma alteração foi encontrada nos indivíduos do grupo de leitura. "Esse trabalho prova que a prática ajuda a regular os níveis da substância, assim como as drogas, mas sem efeitos colaterais", ressalta Streeter, que é professor de neurologia e psiquiatria.

Um trabalho feito no Brasil pela psicóloga Juliene Azevedo Oliveira na Universidade Católica de Brasília mostra que os resultados são ainda melhores quando se alia o método a sessões de psicoterapia. Durante seis meses a especialista analisou 32 mulheres que foram divididas em três turmas. Na primeira as voluntárias só fizeram ioga. Na segunda, psicoterapia e, na terceira, ambas.

Pesquisas anteriores já davam conta de que a ioga eleva os níveis de serotonina, outro neurotransmissor que também cai em pessoas com depressão, revela Juliene. Então, é de se supor que a soma das duas substâncias serotonina e GABA resulte em uma química natural, praticamente imbatível contra a tristeza sem fim.
A doutora em psicobiologia e pesquisadora da Unidade de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo Elisa Harumi Kozasa é uma entusiasta do uso terapêutico da ioga. "Já se sabe que ela funciona como um ótimo complemento dos tratamentos convencionais, aumentando as chances de cura", conta. A especialista destaca que a prática reúne aliados de uma mente saudável, como a atividade física, a meditação e o relaxamento.
"Ela tende a funcionar muito bem para quem sofre de depressão leve ou moderada, mas, quando a doença é recorrente ou muito severa, fica difícil sentir os efeitos", ressalva, ponderada. Segundo a tradição da ioga, a depressão e a ansiedade resultam de uma baixa na energia vital do corpo em razão da vida agitada e do estresse.
O método procura despertar a consciência e equilibrar o indivíduo para reabastecê-lo, explica a professora Nicole Witek, do Centro Respire Yoga, de São Paulo, que se especializou no tratamento da depressão. A procura no Brasil tem crescido a cada ano. Segundo estimativas da União Internacional de Yoga, hoje são mais de 5 milhões de adeptos no país.

Fonte: site da revista Saúde!