Roberto Carlos: "Não são só manias..." |
GMN: É verdade ou é lenda essa história de que você fala com as plantas?
Roberto Carlos: “É um pouco de verdade e um pouco de lenda. Falo com as plantinhas. Mas, na realidade, o que faço é carinho nas plantas, por serem seres vivos”.
GMN: O que é que você diz a elas?
Roberto Carlos: “Faço um carinho. Cumprimento. Digo: “Bom dia. Tudo bem”. Boto a mão nas plantas com muito carinho. Tenho realmente muito carinho por elas. Mas não existe uma conversa. Antigamente, eu dizia até que ouvia as plantas. Mas acho que eu estava meio....
GMN: Você já pensou em incluir uma música de Cartola no repertório?
Roberto Carlos: “Quase cantei uma música de Cartola : “As Rosas não Falam”. Mas, justamente por achar que as rosas falam, eu disse: “Não; não vou gravar ainda não”. Pode ser que um dia eu venha a gravar. A música é linda. A letra é linda, maravilhosa. Cartola ó um grande compositor, inspiradíssimo. Faz coisas lindas. Quem sabe um dia eu vou gravar uma de suas músicas...””.
GMN: Se eu estivesse de marrom – uma cor que você detesta – você me receberia?
Roberto Carlos: “Receberia. Mas, se você fosse gravar um disco comigo de marrom, eu iria ficar meio “assim”.
GMN:Você diz que já conseguiu se livrar de manias que estavam atrapalhando você. De que mania exatamente você já se livrou?
Roberto Carlos: “Não é bem assim! Não são só manias. É a questão do TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Não se trata de se livrar dessa ou daquela mania, mas de tratar o problema como um todo. Determinadas coisas me angustiam hoje menos do que antes. Exemplo: o fato de você estar de preto não está me incomodando. Antes, eu poderia ficar um pouco incomodado.
GMN: Você chegou a mudar letras de músicas suas, para evitar dizer certas palavras ? Hoje, você se sentiria à vontade para dizer certas palavras?
Roberto Carlos: “Estou quase. Eu mudei a letra de “É preciso saber viver”. Digo “se o bem e o bem existem”. Mas, daqui a pouco, eu vou dizer a outra”.
GMN: Quantas sessões de tratamento você vem fazendo por semana para se livrar do TOC?
Roberto Carlos: “Faço duas sessões por semana já há algum tempo”.
GMN: Você tem apelado para medicamentos também?
Roberto Carlos: “Não tenho tomado remédio”.
GMN: Que palavras você não dizia antes mas agora se sente à vontade para dizer?
Roberto Carlos: “Ainda não cheguei a este estágio do tratamento. Mas algumas reações que eu censurava muito eu segurava. Hoje em dia, falo. Digo as coisas que me incomodam. Uso qualquer tipo de palavra – inclusive palavrão mesmo. Eu me segurava muito. Ficava sempre me criticando e me segurando”.
GMN: Com o tratamento , você já conseguiu descobrir qual foi a origem dessas manias?
Roberto Carlos: “Não existe a descoberta da origem. O Transtorno Obsessivo Compulsivo pode até ser hereditário. Não tem uma origem básica. Isso parece que já vem no DNA”.
Fonte: G1
O mais importante é aceitar a doença e começar o tratamento. A partir daí é só lucro, Bicho.
ResponderExcluirUm beijão para todos e um especial para o Roberto.
Vânia Strefezza
vania.strefezza@hotmail.com
São Bernardo do Campo - São Paulo
Sofro com o TOC em segredo ha mais de 15 anos, e gostaria muito de dividir experiências e conversar com alguém sobre isso. Meu skype é andrefk2
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