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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Sem Transtorno Entrevista: Flávia Paes

Psicóloga explica o que é a TCC e como ela ajuda no tratamento da ansiedade

Nesta primeira entrevista em vídeo, o Sem Transtorno apresenta sua mais nova parceira, a psicóloga Flávia Paes, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental. Entenda um pouco mais sobre a tão falada TCC, como ela auxilia no tratamento do pânico, das fobias específicas, como o medo de avião, e de outros transtornos de ansiedade. Flávia também fala sobre a combinação medicação - psicoterapia e sobre a importância de se quebrar preconceitos, e ser feliz. :)

Espero que gostem da novidade, muitas outras ainda estão por vir! Continuem acompanhando o Sem Transtorno, lendo e agora assistindo também!!! ;)

Um abraço a todos, saúde, paz e... CORAGEM! <3


Flávia Paes é psicóloga especialista em TCC (CRP 29051-05), doutoranda em saúde mental (Ipub/UFRJ) e Neuropsicóloga (USP). 
Contato: flavia.paes.psi@gmail.com / (21) 2146-1851 / (21) 9 9156-7880

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ex-nadadora Rebeca Gusmão também se manifesta sobre declaração de Padre Marcelo Rossi: "O tratamento com o psiquiatra e o psicólogo são de fundamental importância"

A ex-nadadora Rebeca Gusmão
A recente declaração do padre Marcelo Rossi trouxe à tona um debate sobre depressão. O líder religioso disse que não teve acompanhamento médico e nem recorreu a remédios para curar a doença e que conseguiu superar o problema somente com a fé. Em carta enviada ao jornal EXTRA, a ex-nadadora Rebeca Gusmão* conta sobre a experiência que teve para superar o distúrbio. No texto, Rebeca defende o uso de medicina para a cura da doença.

Confira:

De todas as lesões e problemas que tive na minha vida, a depressão foi a pior. Em 2007, com a minha suspensão do esporte, fiquei transtornada e optei por não procurar ajuda psicológica. Com a opção, ganhei peso e cheguei aos 104 kg. Fui massacrada por muitas pessoas, motivo de chacota nas rodas porque o pior veneno que existe é o ser humano. Minha família me perguntou várias vezes se eu não precisava de um acompanhamento psiquiátrico, mas sempre respondia: ''Eu preciso sentir isso, essa dor, isso vai me ajudar a ser mais forte''. Deus foi um porto para mim naquela época, o que não imaginava era o que aconteceria alguns anos depois...

Já deprimida com a perda do que mais amava e a frustração do meu casamento, com o término entrei em uma depressão profunda. Você entra em um mundo estranho, sem sentido, não consegue ter sentimento por nada e por ninguém, mas sente uma dor que parece ser física e que nunca passa. É aí que você começa a pedir para Deus te levar, te dar força, fazer parar aquele sofrimento. Só quem tem ou teve depressão sabe como é. Antes, eu achava que era frescura, mas é uma coisa química assim como a diabetes, problema de tireoide. Você precisa tratar... Cheguei a pesar 64kg e tenho 1,78m de altura. Estava doente de verdade e foi quando gritei por ajuda e fui internada pela primeira vez.

O tratamento com o psiquiatra e o psicólogo são de fundamental importância. Estava indo para a igreja todos os dias e não tenho dúvida de que Deus esteve comigo em todos os momentos. Mas meu grito por ajuda foi por Ele. Ele que me fez gritar. A depressão é ausência de serotonina no nosso corpo e somente a medicação pode ajudar a melhorar. E ela não tem cura imediata. Devo ficar sempre atenta às pequenas baixas porque cada crise é pior que a outra.

Vi pessoas próximas de mim morrerem... O que muitos acreditam é que você tem que se entupir de remédio e não é verdade. Como todo tratamento, por um tempo você passa, sim, a tomar mais medicamentos, mas com o tempo vai diminuindo. Às vezes me sentia tão bem que pensava: "Pronto estou curada, não preciso tomar mais nada". E ficava duas, três semanas sem medicamento. Depois, começavam a vir pensamentos ruins, aquela tristeza, e quando ia ao psicólogo, ele logo perguntava pelo tratamento. Era só voltar a tomar e alguns dias depois me sentia bem de novo.

Hoje tomo somente um remédio. Acredito que Deus deu o dom da medicina para o homem justamente para isso: ajudar a se sentir bem. Respeito a decisão das pessoas, mas como passei por isso, percebi que ter uma equipe especializada é a melhor coisa do mundo. Assim como o atleta precisa do técnico, do preparador físico. Tenho certeza que se eu tivesse procurado ajuda médica da primeira vez, poderia ter evitado uma segunda crise. Hoje já prefiro evitar uma terceira.

A família e os amigos foram fundamentais porque no início do tratamento, quando você passa a voltar a ter sentimentos, tudo vem como um turbilhão. Raiva, ódio, amor, choro, alegria, euforia (...), tudo misturado de uma vez só. A paciência é fundamental. Minha madrinha ia todos os dias me tirar de cima da cama e me levava para nadar na academia; minhas amigas me pegavam e me levavam para fazer crossfit. E a família também precisa de auxilio psicológico. Minha psicóloga chegou a fazer sessão em família e separada com meus pais e pessoas mais próximas de mim. Nada é fácil. Hoje graças a Deus, à medicina, a minha família e aos meus amigos estou bem. Estou melhor física, mental e espiritualmente. Dou até palestras sobre depressão. Sem dúvida, nos dias de hoje, a doença é a maior "epidemia" que existe. 

* Rebeca Gusmão passou por duas depressões e teve variações de peso após o afastamento do esporte e o término de seu casamento.

(fonte: Jornal Extra; fotos retiradas da internet)

domingo, 19 de outubro de 2014

Remédios psiquiátricos: vilões ou injustiçados?

Por Karen Terahata

Agora há pouco, Padre Marcelo Rossi e o ginasta Diego Hypólito contaram no programa Altas Horas, da TV Globo, que sofreram de depressão. (assista)

Parei para ouvir animada, já que o Padre Marcelo começou falando que devíamos levar a depressão a sério, que não era frescura e que tinha aprendido isso sofrendo na pele e tal... "Uau", pensei, "que legal um padre dando um depoimento desse"!

Aí vem Diego Hypólito dizendo que também sofreu com a doença, que também teve preconceito, e que 
os remédios só o fizeram dormir e se sentir chapado. Que só se sentiu melhor quando teve contato com Deus, graças à ajuda de dois tios que também são padres.
Pronto.
Padre Marcelo pega o gancho e também diz algo como: "vamos viver livres de remédios", antes de começar a cantar.


Diego Hypólito
Diego travou uma dura batalha, de quase um ano, para se curar da patologia. O problema surgiu no período em que ele ficou sem clube e treinava de favor no Pinheiros, em São Paulo. Foram 15 meses entre a demissão no Flamengo até a contratação pelo São Bernardo, em junho deste ano. Depois de inúmeras sessões de terapia e alguns medicamentos, o ginasta de 28 anos de idade está recuperado e pronto para chegar com tudo nas Olimpíadas do Rio 2016 e realizar o sonho de conquistar a sua primeira medalha olímpica. (fonte: Globo Esporte)

O que me preocupa é essa constante menção aos medicamentos psiquiátricos como grandes vilões. 
Certamente, eles só devem ser usados com indicação e acompanhamento de um médico; não é por acaso que a venda é controlada.
Mas, como bem disseram os dois entrevistados, a depressão não é "frescura", é uma doença, e deve ser tratada como uma doença. Inclusive com remédios, quando necessário.

Padre Marcelo no Altas Horas
Em entrevista ao Fantástico, em dezembro de 2013, Padre Marcelo disse que não usou nenhum remédio psiquiátrico e nem procurou psicólogos. No entanto, revelou que toma remédio para calvície. Este tipo de remédio apresenta diversos efeitos colaterais, da mesma forma que anticoncepcionais, analgésicos e diversos outros.

Aliás, de acordo com uma matéria publicada no portal UOL, segundo o IMS Health, consultoria especializada em dados de saúde, até o descongestionante nasal Neosoro, que foi o item mais comercializado em 2012, oferece riscos e não deve ser utilizado por períodos prolongados sem orientação médica.

Leia: Nenhum remédio é livre de efeitos colaterais

"Completamente curado da depressão?", questionou Renata (Vasconcellos). "Graças a Deus, quase completamente", respondeu o padre. "O senhor não pensou em buscar ajuda nesse sentido?", indagou a jornalista. "Eu não busquei nenhum psicólogo, ninguém", retrucou padre Marcelo. "Mas padre faz terapia?", insistiu Renata. "Tem vários padres que eu conheço que fazem", respondeu o religioso. (fonte: Folha de S.Paulo)


Os sintomas da depressão, assim como os de transtornos de ansiedade, são extremamente desagradáveis e incapacitantes se não forem amenizados. Por isso, devemos buscar informação e orientação médica antes de condenarmos o uso de qualquer remédio com essa finalidade.


(imagens retiradas da internet)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


















Oi, pessoal!

Depois de um tempão (mais de um ano!) aqui estou!
Não estou tendo tempo para postar, a vida anda muito corrida cuidando de filho, marido, pais, trabalho, etc, etc, mas queria dar notícias minhas para vocês.

Estou muito bem, há um ano e meio sem remédios nem análise. Hoje assisto a qualquer tipo de filme (é, porque durante o Pânico eu só podia assistir a comédias românticas, qualquer outro tipo de filme me estressava e me fazia passar mal!), não tenho tido mais crises nervosas, sinto menos medo das coisas e situações todas... mas ainda choro bastante! Acho que isso não tem jeito, sendo depressão ou não, sempre fui chorona e vou continuar sendo! 

Outra coisa legal é que posso beber quando sinto vontade. Sim, porque enquanto tomei remédio para o Pânico e a depressão (Fluoxetina diariamente e Rivotril como S.O.S.) eu não podia beber por recomendação da médica que me tratava. E não bebia mesmo, sou bem obediente nesse ponto. (Ou medrosa!? rss)

Bom, vou deixar aqui meu email para que possam me escrever, caso queiram ou precisem: semtranstorno@gmail.com
Tenho lido todos os comentários e as mensagens deixadas para mim, e peço desculpas por não estar postando mais. Prometo voltar brevemente!

Abraços a todos, muita paz, força e coragem sempre!!!