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terça-feira, 6 de maio de 2014

Repassando: Encontro mensal do Grupan - Belo Horizonte, Minas Gerais

Esse sábado tem!

ENCONTRO MENSAL DO GRUPAN - Grupo de Apoio aos Portadores de Transtorno do Pânico e distúrbios de ansiedade


Dia: 10/05/2014

Horário: 15h
Entrada gratuita


Confirme sua presença pelo 

e-mail: fernandomineiromg@gmail.com

Local: Sede do GruPan - Rua Sucuri, nº 720 - Bairro São Geraldo - 
Belo Horizonte - MG


Fernando Mineiro - Coordenador do GruPan

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Fobia Social - entrevista com o Prof. Sergio Machado

Em sua segunda participação no Sem Transtorno, o professor Sergio Machado nos fala sobre a Fobia Social e faz um novo convite aos pacientes que queiram participar das pesquisas do núcleo de neurociências do laboratório de Pânico e Respiração (LABPR) do IPUB/UFRJ.



ST - Professor Sergio, o que é Fobia Social?
SM - A Fobia Social (FS) consiste em uma apreensão e ansiedade diante de situações sociais devido ao medo exagerado de ser avaliado de maneira negativa por outras pessoas. O portador sente um medo intenso de ser humilhado ou ficar embaraçado em situações sociais, que passam a ser evitadas ou suportadas com desgaste. Somado a isso, existe uma sensibilidade a críticas e rejeição, preocupação em relação à opinião das pessoas, dificuldade em ser assertivo e baixa autoestima.

ST - Quais são os sintomas da Fobia Social?
Os sintomas são rubor, urgência em urinar e evacuar, porém, a queixa inicial é o automonitoramento durante uma situação social, ou seja, é uma atenção exagerada voltada para seu desempenho, que o impede de se comportar adequadamente.


ST - Não poderíamos chamar a Fobia Social simplesmente de timidez?
SM - Não. A Fobia Social não é timidez, pois a timidez é transitória e não está ligada ao comprometimento significativo da vida do sujeito. A Fobia Social, se não tratada, pode ser incapacitante.

ST - Qual é o quadro atual da doença?

SM - A Fobia Social é o terceiro transtorno mental mais comum, ficando atrás do alcoolismo e da depressão. Ela varia entre 3 e 13%, ou seja, um grupo de pessoas tem a chance de desenvolvê-la como patologia de 3 a 13%.
Foi demonstrado, em 2008, que a Fobia Social é um fator predisponente para transtorno de humor, como a depressão e abuso de substâncias. Um estudo sobre comorbidades feito com 71 pacientes com Fobia Social, realizado por Turner em 1991, concluiu que ela é frequentemente associada a outros transtornos, como: transtorno de ansiedade generalizada (33%), seguido pela fobia simples (8%), transtorno evitativo de personalidade (22%), seguido pelo transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo (9%).

ST - Existe uma possível causa para a Fobia Social?
SM - A causa da Fobia Social é multifatorial. Ela pode ser devido à predisposição genética, traços de personalidade, experiências de vida, disfunções cognitivas entre outros fatores que resultarão no surgimento da doença e em sua intensidade.

ST - Qual seria o tratamento adequado para a Fobia Social?

SM - Eu recomendo a psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC) combinada com tratamento medicamentoso. 

ST - Explique, por favor, para os nossos leitores o que é psicoterapia cognitivo-comportamental.
SM - Psicoterapia cognitivo-comportamental é um tipo de psicoterapia baseada em métodos específicos para a modificação de pensamentos, emoções e comportamentos, com o intuito de conseguir contornar as queixas dos pacientes.

ST - E como ela é aplicada no tratamento da Fobia Social?
SM - Normalmente são utilizadas 4 técnicas: a de habilidades sociais, a exposição, a reestruturação cognitiva e a de relaxamento. A técnica de habilidades sociais trabalha a habilidade de se comunicar e interagir com as outras pessoas de uma forma eficaz e apropriada, levando em consideração o contexto sócio-cultural vivido, uma vez que ser socialmente hábil em um determinado lugar pode não ter o mesmo significado que em outro.
A de exposição pode ser pela imaginação, quando requer que o paciente imagine a situação, ou ao vivo, quando este indivíduo confronta realmente a realidade.
A reestrutura cognitiva é formada por uma série de intervenções em que os pacientes são ensinados a identificar pensamentos que geram ansiedade e que normalmente têm como tema situações sociais. Já as técnicas de relaxamento têm a função de ajudar o paciente a controlar sintomas fisiológicos e a reduzir sintomas de ansiedade que estejam presentes antes e durante os eventos sociais temidos. 

Além do tratamento combinado com TCC, recomendo também a estimulação magnética transcraniana, que é um trabalho inédito no mundo e que o núcleo de neurociências do laboratório de Pânico e Respiração (LABPR) do IPUB/UFRJ vem desenvolvendo sob minha coordenação e do psiquiatria Prof. Dr. Antônio Egidio Nardi, coordenador do LABPR e do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental (PROPSAM) do IPUB/UFRJ.

ST - O que é a estimulação magnética transcraniana?

SM - A EMT é um método não-invasivo, seguro e indolor, baseado na lei de Faraday de indução eletromagnética, onde uma corrente elétrica é induzida no tecido cortical através de um campo magnético gerado por uma bobina colocada sobre o escalpo, despolarizando ou hiperpolarizando os neurônios. É considerado um tratamento de neuromodulação devido a seu foco nos circuitos neurais dos transtornos. A EMT altera a neuroquímica nas sinapses cerebrais, alterando ou modulando a função dos circuitos neurais no cérebro que se acredita estar desorganizada nos transtornos.

ST - Como pacientes com Fobia Social podem ter acesso a esse procedimento?

SM - Pacientes com Fobia Social, assim como qualquer outro transtorno de ansiedade e de humor, que queiram participar de nossa pesquisa no núcleo de neurociência do LABPR no IPUB/UFRJ devem entrar em contato comigo via email: secm80@gmail.com
O tratamento em nossa pesquisa é totalmente gratuito.


* Sergio Machado é neurocientista, Ph.D., graduado em Educação Física (UNESA), Mestrado e Doutorado pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), Pós-Doutorado em Neurofilosofia pelo Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (IFILO/UFU), é professor do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental (PROPSAM) do IPUB/UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Atividade Física da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). É pesquisador na área de transtornos de humor e ansiedade.


Imagem retirada da internet.

sábado, 4 de maio de 2013

Planos de saúde devem cobrir tratamentos para o bem estar mental

Durante muitos anos, a saúde mental não era considerada parte integrante da medicina. 
Por muitos profissionais, essa área era tida como secundária, e os planos médicos não cobriam boa parte dos tratamentos que tinham como objetivo o bem estar psicológico dos pacientes.

Com o passar do tempo, ficou cada vez mais evidente que é preciso tratar as pessoas como um todo, e não apenas partes do organismo e suas doenças individualmente. 


Com a humanização da medicina e entendimento que a mente e corpo devem ser tratados como um, os tratamentos mentais entraram na lista de procedimentos oferecidos pelos planos de saúde.

Muita gente não sabe disso, mas as consultas com psicólogos e terapeutas estão previstas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, que estabelece que esse tipo de atendimento deve ser oferecido pelos planos de saúde. Essa determinação existe desde 1999, ou seja, há 14 anos. A questão é que muitas pessoas ainda não sabem disso e acabam pagando por seu tratamento do próprio bolso, ou seja,  na modalidade particular.

Assim como nos atendimentos de outras áreas, é preciso utilizar os profissionais que são oferecidos pelo seu plano. “Se o profissional da área estiver cadastrado no plano, o procedimento deve ser gratuito. Caso o consumidor opte por um profissional de fora, é importante que ele esteja atento aos valores e opções de reembolso oferecidos pela operadora”, diz Gabriela Guerra, advogada e especialista na área da saúde.

Quanto às consultas, os planos estabelecem alguns limites ao cliente. São disponibilizadas 40 sessões por ano com psicólogos e terapeutas ocupacionais e 12 sessões de psicoterapia. No entanto, essa restrição pode ser interrompida quando há uma prescrição médica ou urgência. “Essas medidas costumam ser respeitadas e raramente há conflitos entre operadoras e consumidores quando a questão é tratamento psicológico”, explica Gabriela.


Fonte: Uol - Consumidor Moderno (em 3/5/2013)