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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Superação - Férias!


Após anos evitando viagens de avião, consegui superar o medo
e me divertir muito!!!

Desde que passei a sofrer de pânico, em 1997, perdi muitas oportunidades por causa do medo. Muitas dessas oportunidades pelo medo de viajar de avião.
Como já contei uma vez aqui pra vocês, deixei de ir pro Japão por receio das horas de voo até lá. Além disso, foram muitas as oportunidades de trabalho que me esquivei, looongas viagens de carro que fiz... tudo por medo de voar.

E olha que viajo de avião desde que me entendo por gente, moro no Rio, mas minha família é de São Paulo e sempre pegava a ponte aérea, de dia, de noite, com sol, com chuva, com os meus pais, sozinha, e adorava. Mas o pânico traz consigo alguns medos incontroláveis, e este foi um dos que adquiri.

"Vamos todos pra Disney nas próximas férias"!

Para piorar a minha situação, meu filho, que hoje está com sete anos, é completamente destemido e vivia me pedindo para viajar de avião. Achava muito chato ter que passar tanto tempo dentro do carro. Haja DVD, gibi e 
Nintendo DS para entreter essa criança durante 8, 10, 15 horas! 

No meio do ano passado, meu marido resolveu me fazer uma surpresa e programou uma viagem à Disney. Ele sabia que eu tinha muita vontade de levar meu pequeno pra lá, só faltava coragem. 

Quando ele me deu a notícia, fiquei muito feliz, mas ao mesmo tempo pensava em como iria conseguir passar tanto tempo fechada, dentro de uma aeronave. Meu problema maior não era voar, disso eu até gosto. O problema era o medo de ficar fechada, "presa", querer sair e não poder. É isso que me dá desespero, que me falta o ar só de imaginar.


Durante esses anos todos, só não consegui evitar duas viagens de avião. Mesmo assim foram viagens profissionais e só até São Paulo, menos de uma hora de voo. Ao meu lado, colegas de trabalho, diretores globais, isso me intimidava um pouco - eu não podia dar um chilique! 

Então comecei a trabalhar a ideia da viagem com a minha psicóloga e com a minha psiquiatra. Aos poucos a vontade de enfrentar e de superar aquela limitação foi ficando muito maior do que o medo. Resumo da ópera: o dia chegou e minha alegria era tão grande que nem tive tempo de sentir medo nenhum. Obviamente levei vários ansiolíticos sublinguais por precaução, e saquei três deles durante a ida, mas na volta nem precisei!
 
A felicidade de ver o meu filho tão encantado com aquela experiência nova, com as nuvens, com tudo que ele estava vivendo me anestesiou. Não senti fobia nenhuma, li, escrevi, comi à beça (como de costume! rss), dormi... e lá se vai mais um obstáculo! Já estamos sonhando com as próximas férias, dessa vez pra Europa! :)

Faço questão de compartilhar com vocês algumas fotos dessa minha aventura em família. Não deixem de acreditar que é possível enfrentar todos os nossos medos, as nossas fobias, a depressão, e superá-los. Com tratamento adequado e força de vontade, podemos levar uma vida normal e até sermos felizes, vejam só! ;)

Um grande abraço a todos, muita saúde, força e coragem! Já estou me preparando para os próximos desafios!

Tirei muitas fotos do avião! Cada lugar lindo que sobrevoamos!
Feliz na fila do Trem da Mina, que fui quando tinha dez anos
Karen Potter :)
Enchi a cara de cerveja amanteigada!


Revenge of the Mummy favoritado pelo meu filho

 
Presente da natureza em Busch Gardens
Pena que a caranga não coube na mala!
 

Camiseta fofa da lojinha do Men in Black
Me acabei nas montanhas-russas!!!

Mais montanha-russa!!! Yeaaaaah!!!!!


Esse bar do Bob Marley na Universal é muito legal! <3
Fim de tarde no Magic Kingdom
Café da manhã "humilde" no Discovery Cove! 


Essa não precisa de legenda!... :D <3




domingo, 12 de maio de 2013

Tratamento durante a gravidez


Por Karen Terahata

Se a gravidez, por si só, já traz muita ansiedade, que dirá para uma ansiosa de carteirinha! Nesse caso, o que fazer? Será que podemos tratar a ansiedade com remédios durante a gestação?

Na opinião da psiquiatra Moema Costa dos Reis, médica do Hospital Barra D'Or e da Clínica Núcleo Integrado, cada caso deve ser avaliado com cautela: "Se, por exemplo, a mulher está planejando engravidar, deve tentar parar a medicação com a ajuda do seu médico, pois nenhum antidepressivo ou ansiolítico é totalmente seguro na gravidez".

No entanto, ela lembra que em alguns casos essa suspensão é inviável. "Em quadros graves de ansiedade ou depressão, em que a saúde da mulher ou a do bebê podem ser comprometidas caso a medicação seja suspensa, precisamos orientar sobre os possíveis riscos, que são baixos, mas existem, ou mesmo pensar na mudança da medicação, pois pesquisas apontam para um risco maior de malformações com determinadas drogas".


Para Moema, a decisão de adiar a gravidez também deve ser considerada. "Pensar em adiar a gravidez até que haja melhora e se possa suspender a medicação é uma possibilidade a se pensar, já que muitos quadros são breves e apresentam melhora em alguns meses".


Já durante a lactação, o perfil de medicamentos indicados é um pouco diferente, porém não é necessário evitar a amamentação se a paciente tiver um acompanhamento com o especialista. "O contato do bebê com a mãe e essa relação que se constrói durante a amamentação sobrepõe eventuais riscos e os neonatos devem ser acompanhados com cuidados adicionais pelo pediatra", afirma Moema.




quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Duração do Tratamento

Um dos meus maiores receios era (e ainda é) ficar dependente de remédios pro resto da vida. Mas escutei a mesma coisa de três médicos diferentes: "melhor ficar dependente de remédio e ter qualidade de vida do que não tomar remédio e passar o resto da vida sofrendo". Verdade.

Só tem uma coisa: a gente tem que tomar remédio sim, mas não só isso. Tem que cuidar da cabeça também, do espírito, as duas coisas. Não adianta só tomar remédio, assim como não adianta só fazer terapia. Tem que associá-las. Cada uma tem sua função. O remédio vai atuar na química do nosso sistema nervoso meio "desajustadinho", e a terapia vai nos ajudar a desvendar e a enfrentar as causas do problema.
Tem que ter perseverança, força de vontade. É difícil, mas tem que ter coragem prá enfrentar tanto medo.


DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Dr. Drauzio Varella entrevista o psiquiatra Marcio Bernik (parte 5)
Drauzio – O tratamento deve ser mantido por quanto tempo?
Bernik – O tratamento deve ser mantido por seis meses no mínimo e idealmente por um ano. A melhora costuma ocorrer entre duas e quatro semanas, mas parece que as alterações biológicas demoram meses para desaparecer. Desse modo, se o tratamento for interrompido nos primeiros sinais de melhora, 80% dos pacientes vão sofrer recidiva em quatro a seis semanas.

Drauzio – O tratamento leva de duas a três semanas para começar a surtir resultados e os medicamentos dão alguns efeitos colaterais. Essas duas razões podem levar o paciente a abandonar o tratamento?
Bernik - Mesmo que o médico inspire confiança e haja ótimo relacionamento entre ele e o paciente, um a cada três abandona o tratamento porque, numa equação infeliz, os efeitos colaterais aparecem no primeiro dia e a melhora, só duas ou três semanas depois. Há ainda a agravante de que as crises de pânico pioram nas primeiras 48 horas do tratamento com remédios.

Drauzio – Há pacientes que precisam tomar remédio a vida inteira como em certos casos de depressão?
Bernik – Procuro manter meus pacientes tomando remédio pelo menos por um ano, o tempo ideal para evitar uma recidiva precoce.O pânico é mais recidivante do que a depressão. No entanto, o remédio que funcionou na primeira crise vai funcionar nas outras. De qualquer forma, é importante alertar os pacientes de que, em 80% dos casos, as crises podem voltar. Mas, se voltarem, os medicamentos serão os mesmos porque não induzem tolerância.