domingo, 10 de agosto de 2014

Colaboração: Psicóloga Rosanna Mannarino explica os ataques de pânico

Quando um indivíduo passa por uma situação de possível ou de real perigo, o organismo se mobiliza e se prepara para fuga ou agressão, apresentando uma reação de alerta nomeada de "resposta de emergência", podendo ressaltar algumas atividades como:

- dilatação das pupilas
-vasoconstrição periférica
-taquicardia e broncodilatação
-taquipneia
-atividade mental aumentada
-aumento da pressão arterial

No ataque de pânico, o medo e a ansiedade aceleram-se rapidamente e o pensamento racional é prejudicado quando a resposta de emergência é ativada. A capacidade de enfrentamento é subestimada e o indivíduo tem suas avaliações distorcidas.
As sensações, pensamentos, imagens, emoções e impulsos que ocorrem durante o ataque de pânico têm interpretações errôneas e exageradas, trazendo a sensação de despersonalização e iminência de morte.
Por temer essa crise, o indivíduo passa a evitar possíveis situações e lugares que possa ter uma crise de pânico,
 evoluindo até o surgimento de ansiedade antecipatória, que é a constante expectativa da próxima crise e que por si só é bastante desagradável.
O tempo, a prioridade das crises e suas consequências não se apresentam em um padrão.
Klein e Klein (1989) distingue três padrões de ocorrência para ataques do pânico:

1 - O ataque de pânico espontâneo, que ocorre em um momento inesperado;

2 - O ataque de pânico provocado por um estímulo, que é um medo súbito disparado por exposição a um estímulo fóbico ou antecipação de tal exposição (segundo Klein, esses ataques são comuns das fobias específicas);

3 - Os ataques de pânico predispostos, que ocorrem mais em certas situações do que em outras - aumentam a possibilidade de um ataque, mas não o provocam.

O principal foco no tratamento psicológico do transtorno do pânico, da ansiedade, é a identificação de interpretações errôneas de pensamentos e imagens dos sintomas para poder redefinir essas ideias equivocadas.

Rosanna Talarico Mannarino
Psicóloga Clínica CRP 23434/05
Cel. (21) 99165-0576
rosanna.talarico@yahoo.com.br

2 comentários:

  1. Eu tive síndrome de pânico, desencadeada, após ter parado de fumar maconha. Isso em 2007. Já havia parado há 3 anos. Fiz tratamento na Usp com remédios, enfim. Eu consegui acabar com essa doença, literalmente, estudando (estudar provoca estímulos nervosos melhorando a comunicação entre os neurotransmissores); treinando exercício aeróbico (natação, corrida, bike - traz segurança que o coração em perfeito estado) e treinando jiu jitsu (traz mais segurança para a pessoa). Psiquiatria, remédios, etc, nos tornam eternos dependentes do medo. Hoje graças a Deus, estou livre dessa doença!

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    1. Fico realmente feliz por saber que conseguiu superar os sintomas e que se sente bem. Mas devemos ter cuidado ao generalizar. Muitas pessoas não têm a mesma "sorte" e precisam sim ser medicadas, como em qualquer outra doença. Um grande abraço, saúde e paz.

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