quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Depressão no programa Bem Estar - 27/02/2013

Parece que resolveram divulgar a depressão e os transtornos de ansiedade em todos os lugares!
Que bom! :)
Quanto mais falarem sobre o assunto, quanto mais gente souber do que se trata e como se trata, melhor!
Programa de hoje falou sobre depressão
Hoje o programa Bem Estar, da TV Globo, foi dedicado à depressão. Falaram sobre a diferença dos sintomas da tristeza, alterações no sono e no peso, sobre depressão pós-parto, tratamento... Perdeu? Então não perca tempo e assista agora! 
São cinco partes, espero que curtam.

Saúde, paz e coragem!!!


Depressão pode causar alterações no sono e peso e só passa se tratada
Ficar muito triste sem motivo e por muito tempo pode ser um sinal de alerta. Ao contrário de uma simples tristeza, depressão só passa com tratamento.
Do G1, em São Paulo

Sentir-se triste às vezes por causa de um motivo específico é normal, mas quando essa tristeza aparece do nada e afeta a vontade de fazer atividades simples do dia a dia, pode ser um sinal de alerta.

A tristeza tem uma causa específica e não afeta a rotina do paciente, ao contrário da depressão, que persiste, aparece do nada e pode prejudicar muito a qualidade de vida, inclusive causar alterações no sono e peso, como explicou o psiquiatra Daniel Barros no Bem Estar desta quarta-feira (27).


Segundo o psiquiatra, ao contrário da tristeza que logo passa, a depressão só passa se for bem tratada - seja com medicamentos, psicoterapia ou outras técnicas. Caso o paciente não faça o tratamento, ele pode perder anos saudáveis de sua vida porque perde a vontade de trabalhar, socializar e ter uma rotina normal. Estima-se que a doença atinja entre 5% e 10% das pessoas no país, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo.


Além de prejudicar o dia a dia e fazer a pessoa se isolar, a depressão pode causar também perda de apetite, dificuldade para realizar tarefas cotidianas, sentimentos de impotência e culpa e, em casos mais graves, até mesmo pensamentos e tentativas de suicídio.


Por isso, a pessoa que tem esses sintomas por mais de duas semanas contínuas deve procurar imediatamente um médico. Se diagnosticada a depressão, ela fará um tratamento com remédios e psicoterapia, além de outras técnicas auxiliares, como exercícios físicos, acupuntura e boa alimentação.


A dieta, inclusive, pode também provocar sintomas parecidos aos da depressão. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, a falta de nutrientes, como ferro, vitamina B 12 e vitamina D, e doenças como hipotiroidismo e anemia são alguns dos fatores que podem afetar o cérebro. Por outro lado, existem alimentos que fazem bem para o sistema nervoso, como as carnes vermelhas e os peixes.


Além da alimentação, existem também algumas dicas de hábitos que podem ajudar a combater a tristeza, como recomendaram os médicos. Por exemplo, registrar em um caderno as coisas pelas quais a pessoa é grata, anotar o que é positivo no dia a dia e investir em boas experiências são atitudes que, comprovadamente, trazem sensação de prazer e bem-estar.


Depressão pós-parto


A depressão pode aparecer também após a gravidez e causar desânimo, tristeza, prostração, falta de fome, falta de apetite sexual e principalmente excesso de preocupação com os recém-nascidos.


A repórter Marina Araújo foi conhecer a história da Simone, que teve a filha com 29 semanas de gestação. Após a bebê nascer, ela começou a ficar extremamente preocupada e com medo de deixar a criança sozinha. Além disso, perdeu a vontade de sair e cuidar de si mesma.


Esse comportamento feminino após o parto pode acontecer por causa da variação hormonal, do uso de álcool ou drogas, do abandono de remédios antidepressivos na gravidez ou até mesmo por que o bebê é muito esperado, como foi o caso da Simone.


Segundo o psiquiatra Joel Rennó Jr., mulheres com depressão pós-parto se preocupam excessivamente com os filhos, ficam noites sem dormir e acabam prejudicando a própria vida e também do marido. Porém, elas costumam se sentir envergonhadas de procurar um médico já que esse período deveria ser de alegria e não de tristeza profunda. Com isso, acabam criando uma angústia existencial e sofrem muito. 


Portanto, ao identificar qualquer um desses sinais após a gestação, é extremamente importante procurar um especialista para ajudar a tornar esse momento feliz e prazeroso para toda a família.

Depressão no programa Bem Estar

Assista agora no programa Bem Estar, da TV Globo: "Quais os sinais da depressão? Diferenças e sintomas da doença."


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Roberto Carlos e o TOC

Roberto Carlos: "Não são só manias..."
Em dezembro de 2004, o cantor Roberto Carlos contou ao repórter Geneton Moraes Neves que enfrentava o TOC, Transtorno Obsessivo-Compulsivo. A entrevista foi exibida pelo programa Fantástico. Assista.


GMN: É verdade ou é lenda essa história de que você fala com as plantas?
Roberto Carlos: “É um pouco de verdade e um pouco de lenda. Falo com as plantinhas. Mas, na realidade, o que faço é carinho nas plantas, por serem seres vivos”.

GMN: O que é que você diz a elas?
Roberto Carlos: “Faço um carinho. Cumprimento. Digo: “Bom dia. Tudo bem”. Boto a mão nas plantas com muito carinho. Tenho realmente muito carinho por elas. Mas não existe uma conversa. Antigamente, eu dizia até que ouvia as plantas. Mas acho que eu estava meio....

GMN: Você já pensou em incluir uma música de Cartola no repertório?
Roberto Carlos: “Quase cantei uma música de Cartola : “As Rosas não Falam”. Mas, justamente por achar que as rosas falam, eu disse: “Não; não vou gravar ainda não”. Pode ser que um dia eu venha a gravar. A música é linda. A letra é linda, maravilhosa. Cartola ó um grande compositor, inspiradíssimo. Faz coisas lindas. Quem sabe um dia eu vou gravar uma de suas músicas...””.

GMN: Se eu estivesse de marrom – uma cor que você detesta – você me receberia?
Roberto Carlos: “Receberia. Mas, se você fosse gravar um disco comigo de marrom, eu iria ficar meio “assim”.

GMN:Você diz que já conseguiu se livrar de manias que estavam atrapalhando você. De que mania exatamente você já se livrou?
Roberto Carlos: “Não é bem assim! Não são só manias. É a questão do TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Não se trata de se livrar dessa ou daquela mania, mas de tratar o problema como um todo. Determinadas coisas me angustiam hoje menos do que antes. Exemplo: o fato de você estar de preto não está me incomodando. Antes, eu poderia ficar um pouco incomodado.

GMN: Você chegou a mudar letras de músicas suas, para evitar dizer certas palavras ? Hoje, você se sentiria à vontade para dizer certas palavras?
Roberto Carlos: “Estou quase. Eu mudei a letra de “É preciso saber viver”. Digo “se o bem e o bem existem”. Mas, daqui a pouco, eu vou dizer a outra”.

GMN: Quantas sessões de tratamento você vem fazendo por semana para se livrar do TOC?
Roberto Carlos: “Faço duas sessões por semana já há algum tempo”.

GMN: Você tem apelado para medicamentos também?
Roberto Carlos: “Não tenho tomado remédio”.

GMN: Que palavras você não dizia antes mas agora se sente à vontade para dizer?
Roberto Carlos: “Ainda não cheguei a este estágio do tratamento. Mas algumas reações que eu censurava muito eu segurava. Hoje em dia, falo. Digo as coisas que me incomodam. Uso qualquer tipo de palavra – inclusive palavrão mesmo. Eu me segurava muito. Ficava sempre me criticando e me segurando”.

GMN: Com o tratamento , você já conseguiu descobrir qual foi a origem dessas manias?
Roberto Carlos: “Não existe a descoberta da origem. O Transtorno Obsessivo Compulsivo pode até ser hereditário. Não tem uma origem básica. Isso parece que já vem no DNA”.

Fonte: G1

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Males da Alma", parte 2 (TOC, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo)

Benício: até nove horas por dia com rituais
No segundo episódio da série Males da Alma, Drauzio Varella nos mostra as histórias do analista de risco Benício Gomes e do administrador Caio Manço*. Ambos sofreram com o TOC durante muitos anos, até decidirem procurar ajuda médica.

Assista.

Fonte: G1 

* Durante a matéria, Caio menciona a ASTOC (Associação Brasileira da Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-Compulsivo).
Caso queira mais informações sobre o trabalho da associação, que fica em São Paulo, entre em contato através do telefone: (11) 3541-2294 ou do email: astoc@astoc.org.br

Coragem e paz! :)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Assista hoje, no Fantástico, o segundo episódio de "Males da Alma"



No segundo episódio da série Males da Alma, você vai conhecer o homem que passa seis horas lavando o carro e que não dorme antes de checar mais de vinte vezes se a porta está trancada.


Como saber se essas manias que tomam conta da nossa vida são uma doença?
O doutor Drauzio Varella explica o que é Transtorno Obsessivo-Compulsivo, o TOC. E mostra como ele pode ser tratado.


Fonte: G1

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Claustrofobia, o medo de lugares fechados

A claustrofobia é provavelmente a fobia mais conhecida de todas. A pessoa que sofre com a claustrofobia se sente muito mal em locais fechados e se apavora só de imaginar que possa ficar presa e que não consiga sair facilmente dali. Os objetos mais comuns dessa fobia são os elevadores. Se o elevador demorar um pouco mais para abrir suas portas, por exemplo, o claustrofóbico já se desespera.


Medo de elevador é um dos mais comuns
(foto: reprodução internet)
Nunca esqueço da vez em que fiquei presa num elevador com uma amiga. Nós interfonamos para a portaria, mas o porteiro que nos atendeu era leeeento demais, demorou muito (mas muito mes-mo) para nos socorrer! Eu já estava quase histérica, sem ar, e olha que era um elevador antigo, daqueles com porta pantográfica, uma espécie de grade sanfonada. Se fosse um elevador moderno, desses que "lacram" a gente dentro, acho que eu teria desmaiado!

Quando criança, durante uma brincadeira de pique-esconde na casa do meu avô, tentei me esconder dentro de um armário. Minha prima teve a mesma ideia e entrou no mesmo 
armário que eu. De repente, me bateu uma angústia e eu saí correndo de dentro do armário, revelando nós duas. Estraguei a brincadeira e senti muita vergonha.


Também criança, numa viagem aos Estados Unidos, fui a um lugar que parecia a 'Casa Maluca' da Cidade da Criança, em São Paulo. Pra quem não conhece, é uma casa torta, onde, numa mesa de sinuca inclinada pra baixo, a bola sobe ao invés de descer. A água da chaleira idem. Na versão americana, também aconteciam coisas inusitadas e, em um determinado momento "misterioso", tivemos que passar engatinhando por um túnel bem estreito. "Um atrás do outro, que nem gafanhoto"... E adivinhem? 
Isso mesmo, no meio do tal túnel que não devia ter mais de cinco metros de comprimento, tive outro ataque fóbico e comecei a engatinhar pra trás, desesperadamente, não levando em conta todas as pessoas que vinham atrás de mim. 
Precisei passar sozinha, sem ninguém na minha frente, nem atrás. 
Mais uma vez, senti muita vergonha. 

Outras situações: na escola, nunca trancava a porta do banheiro. Adorava montanha-russa, mas quando baixavam a trava de segurança sentia muito desconforto. Andar de carro no banco de trás com todos os vidros fechados, era impensável. Ônibus ou metrô, tudo bem, mas com certo estresse (preocupação). Teatros ou cinemas, sempre atenta às portas de emergência. 
Já adulta, passei a evitar viagens de avião. O medo do claustrofóbico não é de que o avião caia - nem de que um elevador despenque -, mas de ficar preso ali e não ter como sair a hora que quiser ou precisar. Isso me causou, e ainda causa, muitos prejuízos. Perco oportunidades incríveis de viajar a passeio e a trabalho, sempre por causa desse medo. Digo com um riso sem graça que não gosto de andar de avião. Por dentro, não acho graça nenhuma nisso, morro de vergonha, me sinto freak, bizarra. "Karen, a estranha"! rss
E tem como não se sentir assim??!

No ano passado comecei a enfrentar esse medo na terapia. Ainda não estou segura, preciso trabalhar isso melhor com a minha psicóloga, mas o tratamento mais indicado é esse: terapia com técnicas de relaxamento e dessensibilização, que aproximam o paciente do medo em questão. No meu caso é viajar de avião, então falamos sobre os motivos desse medo, 
o que pode acontecer durante a viagem, a probabilidade de isso acontecer, depois planejamos um passeio pelo aeroporto, a entrada em uma aeronave... até que a ideia de viajar de avião não seja mais tão assustadora.

Remédios não apresentam resultados muito satisfatórios, principalmente se a psicoterapia não estiver associada. De qualquer forma, não deixe de procurar um psiquiatra para receber o diagnóstico correto e dar início ao tratamento!

Coragem, saúde e paz! :) 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

"Males da Alma", parte 1 (depressão) - Dr. Drauzio Varella

Primeiro episódio abordou a depressão
Para quem não assistiu ontem, segue um link com o primeiro episódio de "Males da Alma", nova séria do Dr. Drauzio Varella exibida pelo programa Fantástico, sobre depressão e transtornos de ansiedade. 

Assista.


De acordo com o médico, daqui a menos de 20 anos a depressão será a doença mais incapacitante de todas.





domingo, 17 de fevereiro de 2013

Estreia hoje, no Fantástico, a nova série de Drauzio Varella sobre depressão e transtornos de ansiedade, "Males da Alma"

Em seis episódios, Dr. Drauzio traz mais informação sobre depressão, pânico, TOC, bipolaridade, TDAH e transtorno da auto imagem

Nos próximos 20 anos, de acordo com a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde. Para falar desse distúrbio e de outros que tanto afetam a população, o Dr. Drauzio Varella estreia a série ‘Males da Alma’, neste domingo (27). “São tantas pressões na vida moderna, que manter a racionalidade e o equilíbrio muitas vezes requerem malabarismos circenses”, diz.

Em seis episódios, Dr. Drauzio traz mais informação sobre depressão, pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, bipolaridade, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e transtorno da auto imagem. “A intenção é discutir esses distúrbios que afetam a vida de milhões de pessoas, muitas das quais sofrem sem entender o que se passa com elas”, relata.

O primeiro episódio de ‘Males da Alma’ trata sobre a depressão. Para ilustrar os transtornos que essa doença pode causar na vida de uma pessoa, a série mostra a história de Neilde Nogueira, que sofria de depressão crônica há seis anos. A reportagem acompanhou durante 40 dias o início do tratamento da paciente. Ainda no episódio, Drauzio conversa com Christian Dunker, psicanalista e professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e abre a discussão sobre o excesso de medicalização, como distinguir as diferenças entre uma tristeza e uma patologia e quais são os locais para buscar ajuda.

Fonte: site G1

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Famosos Ansiosos - parte 4


JUSTIN TIMBERLAKE
Segundo o site norte-americano In Case You Didn't Know, Justin sofre de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) e, por conta do transtorno, tem mania por limpeza e passa horas se certificando de que os objetos ao seu redor estão perfeitamente enfileirados. Timberlake também teria problemas com déficit de atenção e hiperatividade, mas que, segundo ele, já estariam sob controle.

MEGAN FOX
A atriz tem obsessão por limpeza, por isso, evita ir a restaurantes para não encostar a boca em talheres que outras pessoas já tenham usado
e não frequenta banheiros públicos. "Cada vez que alguém usa o banheiro e puxa a descarga, todas as bactérias são jogadas no ar", disse à revista Allure.
Em entrevista ao site InTouch, a atriz afirmou ainda que a maternidade a ajudou muito na luta contra a doença. "Trouxe Noah junto ao meu peito e, desde então, nada me assusta. Não quero dar a ele nenhum complexo".


WOODY ALLEN
De acordo com o site Glamour Vanity, o ator e diretor é obcecado pela morte, tanto que já chegou a medir sua temperatura de 30 em 30 minutos. "Não é que eu tenha medo de morrer. Eu apenas não quero estar lá quando isso acontecer", disse. 
A ele são atribuídas algumas outras frases sobre o tema, como esta: "Não quero atingir a imortalidade através do meu trabalho. Quero atingi-la não morrendo". E ainda: "A diferença entre sexo e morte é que com a morte você pode fazê-lo sozinho e ninguém irá rir de você". 
Se você entendeu esta última, desenhe pra mim, por favor! ;)

DANIEL RADCLIFFE
O astro de Harry Potter revelou que já teve problemas com TOC. De acordo com o tabloide The Sun, Radcliffe disse que a doença começou a ser desenvolvida aos cinco anos de idade e que o problema chegou a fazer com que ele demorasse até cinco minutos para acender uma luz e decorar textos. “Tinha que repetir todas as frases que dizia sussurrando”, conta.  “Eu aconselho todos a fazerem terapia, isso não quer dizer que você seja louco ou fraco. Eu ainda não fui neste ano, mas sinto falta”, completa. 

Veja também: Famosos Ansiosos - parte 3 e Famosos Ansiosos - parte 5

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Agorafobia - medo de lugares amplos / multidões

Madonna durante turnê do
"The Girlie Show" - 1993
"A estreia da Madonna com seu primeiro show no Brasil foi com um recorde mundial, no dia 06 de novembro de 1993! Ela conseguiu reunir no show do Maracanã absurdas 120 mil pessoas, sendo o seu maior público da turnê." (Portal UOL)

Se não me engano, não foi o primeiro show no Brasil, ela já tinha tocado em São Paulo três dias antes. Mas enfim, seria a primeira vez que eu e meus amigos, mega-ultra-fãs da estrela pop mundial, a veríamos de pertinho. E de pertinho mesmo, fomos os primeiros a chegar no estádio, passamos horas na fila até que abrissem os portões e conseguimos ficar juntinhos ao palco, na primeira fila, grudados na grade de contenção, à frente daquele verdadeiro mar de gente. Quantas pessoas mesmo? Ah, 120 mil.

Quando o show começou e Madonna surgiu vestida de dominatrix cantando "Erotica", os gritos histéricos (inclusive os meus) fizeram o Maraca tremer como final de campeonato nenhuma, certamente, fez! Dali pra frente, seria puro êxtase!!! 

Mas não pra mim...

No meio do show, bateu o desespero: eu precisava sair dali, rápido, urgente!!! Com vergonha de dizer que estava em pânico no meio daquela gente toda, disse que meu "joelho" estava doendo muito, que estavam me imprensando na grade. Uma das minhas amigas, coitada, me ajudou a sair dali. Fomos para o posto médico e acabei levando uma injeção de antiinflamatório. Tudo pra não estragar minha encenação.
O resto do show foi assistindo de binóculos, lááá do fundo. E até hoje peço desculpas à minha amiga por isso!


Se você já passou por alguma situação semelhante, sabe do que estou falando. Talvez não saiba o nome desse descontrole, mas eu te conto: seu nome é agorafobia.

A agorafobia geralmente acompanha o transtorno do pânico, é raro ocorrer sozinha. Ela trata de um tipo de fobia generalizada, na qual a pessoa sente um medo intenso e injustificável de estar em lugares amplos ou com um número grande de pessoas. O medo é de terem dificuldade para serem socorridas, caso precisem. 


A agorafobia leva as pessoas a evitar situações cotidianas diversas, como ficar sozinhas em casa, sair de casa, andar de ônibus, carro, elevador, avião, trem, metrô, atravessar pontes, viadutos, passarelas, realizar viagens ou passeios mais distantes. Quase sempre, as pessoas que sofrem de agorafobia necessitam da presença de outras pessoas de confiança para enfrentar essas situações. Teve uma época em que eu só tomava banho com a minha mãe sentada num banquinho do lado de fora do box e só conseguia ir pra faculdade se uma determinada amiga fosse comigo.

Pacientes com agorafobia possuem um intenso temor de apresentarem sensações físicas e psíquicas de ansiedade e desencadear crises ou ataques de pânico. É o famoso "medo de ter medo". Grande parte desses pacientes tende a evitar situações, pessoas e locais.
 

Recentemente passei por uma situação constrangedora no casamento de um primo. A família estava toda reunida em Florianópolis, cidade que eu adoro, mas longe de casa. A  cerimônia foi linda, estava tudo perfeito, mas, pra variar, a "maluquinha" da família (eu) se sentiu mal durante o trajeto da igreja até a casa de festas. O carro estava cheio, quente, e aquilo foi me dando um mal-estar incontrolável. Resumindo: tive uma enxaqueca horrorosa, que hoje sei ser de fundo emocional, e o tempo que passei na festa, cerca de uma hora apenas, fiquei dentro do banheiro, morrendo de medo de desmaiar, de passar mais vergonha ainda. 

Tratamento
Determinados tipos de antidepressivos controlam com eficácia os ataques.
O controle dessas crises de pânico gera uma maior segurança e predisposição para que muitas pessoas consigam enfrentar situações e locais que antes evitavam. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é muito importante nesse processo, ela prepara o paciente para romper essa "corrente" de medo, insegurança e incapacitação.



Fonte: livro Mentes Ansiosas, Madonna online

Fotos: reprodução internet

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sem Transtorno no Globo Barra


Oi, pessoal! No domingo passado tive uma grata surpresa ao ver minha sorridente carinha na capa do Globo Barra! :)


A matéria ficou ótima, a repórter Patrícia de Paula passou direitinho, e de maneira muito sensível, o meu objetivo com o blog. Um beijo a todos, espero que curtam também!!!


Na internet, uma ajuda para viver
sem transtornos

Coragem. Karen faz do blog um ponto de encontro e fonte de conforto para pessoas 
que sofrem com transtornos de ansiedade Foto: Márcio Alves

Patricia de Paula - O Globo


Falta de ar, formigamento na mão esquerda e uma sensação de estar infartando. Karen Terahata ainda não sabia, mas aquela era a primeira de uma série de crises que mudariam a sua vida. Após muitos exames, o diagnóstico: ela sofria de síndrome do pânico.
Confusa com a doença até então pouco conhecida, Karen foi buscar informação. E o que descobriu e vivenciou em 16 anos convivendo com o problema decidiu compartilhar no blog Sem Transtorno.
— Criei esse espaço para passar adiante as informações que podia. E me surpreendi com a quantidade de gente que passou a me procurar dividindo suas experiências, até amigos próximos — diz Karen, afirmando que muitas pessoas não assumem que sofrem do transtorno temendo serem discriminadas.
Karen, que é jornalista e produtora de TV, conta que um dos casos que mais chamaram sua atenção foi o de uma senhora de 70 anos que sofria de síndrome do pânico e depressão:
— Os filhos dela haviam saído de casa e o marido morreu. Sozinha, ela encontrou no blog um conforto. Estamos sempre escrevendo uma para a outra. Eu a aconselhei a procurar um médico e dei dicas de relaxamento para controlar a ansiedade.
Com um filho de 6 anos e uma vida relativamente normal, Karen segue firme no tratamento: faz terapia e toma medicação. E vai tentando desafiar o medo de sentir medo. Tecladista da banda Tafari Roots, ela chegou a se apresentar no Rock in Rio:
— Síndrome do pânico e coragem são antagônicas. E me expor é difícil, mas fico feliz em ajudar os outros.


Matéria online - O Globo
Matéria online - Extra.com


O que os olhos não vêem...

Como é difícil fazer alguém acreditar em uma doença invisível! Quero dizer, uma doença que não se percebe com os olhos.

Qualquer um repara num braço engessado, até uma espinha inflamada gera mais espanto. "Nossa! O que aconteceu???" Infelizmente, com os transtornos mentais não é assim. As doenças da mente e do espírito não são visíveis, e mesmo que a gente tente explicá-las, a maioria das pessoas não é capaz de enxergar, entender e respeitar.

Por um lado acho até bom que não levem tão a sério esses nossos problemas, porque assim podemos nos sentir um pouco mais "normais". Mas por outro lado, é triste saber que tantas pessoas só conseguem notar que há algo errado com um amigo ou com alguém da família quando essa pessoa aparece com um curativo no meio da testa.

Falta de sensibilidade? De compaixão? Talvez. Falta de informação? Não seja por isso. Então estou aqui para ajudar.

Peço que me ajudem na divulgação, compartilhando com pessoas que vocês acreditem precisar dessas informações. 
Vamos tentar fazer o coração sentir mesmo o que não se vê!


facebook.com/semtranstorno
twitter: @semtranstorno
semtranstorno@gmail.com


sábado, 2 de fevereiro de 2013

Pânico, depressão e preconceito


Em julho de 1997, estava planejando uma viagem ao Japão com uma amiga. Chegamos a fazer todo o trâmite, fomos juntas ao consulado, à São Paulo para fazermos alguns exames médicos... pretendíamos trabalhar durante um tempo e aprender o idioma na bela terra dos nossos pais. Acontece que naquele mesmo ano, meses antes, eu tive minha primeira crise de pânico e minha psicóloga me aconselhou a não viajar. Os argumentos dela eram fortes: como é que eu ficaria dentro de um avião durante 24 horas - que é o tempo estimado da viagem - se não conseguia ficar por 10 minutos dentro de um ônibus, sem passar mal? E se eu precisasse de ajuda no Japão? Eu não dominava a língua... E será que no Japão eles sabiam o que era Síndrome do Pânico? Será que eu teria a assistência que precisava? Bom, nem preciso dizer que fiquei com muito medo  e desisti de tudo, bem em cima da hora, quando tínhamos que marcar a passagem. Minha amiga ficou muito chateada comigo, achou que era frescura. Infelizmente, naquela época a doença era muito menos conhecida do que hoje. Passei por vários outros julgamentos equivocados, e este é um dos motivos que me fazem estar aqui, alimentando este blog.


A Síndrome do Pânico e a Depressão 
Por Dr. Hidemitsu Hishinuma

Com essa sensação de impotência, de inutilidade, a alegria de viver desaparece, diminui o brilho, o dinamismo e a espontaneidade; com isto, desenvolve-se um estado depressivo, que na maior parte das vezes é confundido com a depressão comum.

Existem crianças que só de ter que ir à escola apresentam mal-estar como náuseas, enjôos ou dores na barriga.
Como a maioria dos sintomas são físicos, as pessoas procuram outros profissionais, como cardiologistas, neurologistas, gastroenterologistas, clínicos e homeopatas, quando na realidade deveriam procurar o psiquiatra. A pessoa faz uma bateria de exames, desde eletrocardiograma, ecocardiograma, raios-X, exames de sangue e outros, e nada de anormal é detectado. Desesperado, parte até para centros espíritas.

O pânico não é detectável por nenhum tipo de exame laboratorial, apenas clinicamente. Os pronto-socorros cardiológicos ou cardiologistas são os primeiros a serem procurados devido à taquicardia, dor no peito e a dormência, depois os outros profissionais, deixando por último, até por preconceito, os psiquiatras. Dez por cento dos atendimentos cardiológicos são portadores da síndrome do pânico, que examinados pelos cardiologistas constatam que não há quaisquer anomalias. A síndrome do pânico não é uma doença psicológica, e sim física. O que ocorre é um desequilíbrio de determinada área do cérebro, alterando a química dos neuro-transmissores, responsáveis pelos impulsos nervosos. O sistema nervoso central é que comanda as funções vitais do nosso corpo, por isso ocorrem uma série de alterações no nosso organismo, é o que chamamos de D.N.V (distúrbios neuro-vegetativos).

É muito comum aos portadores da síndrome um medo constante de sentir-se mal na rua e em outras situações onde a saída e o socorro seriam difíceis. É a agorafobia, em que a pessoa apresenta uma esquiva fóbica em relação a diversas situações públicas. Com esse medo, a pessoa não consegue mais freqüentar ambientes cheios, tais como supermercados, shoppings, cinemas, teatros, bancos cheios, filas, multidões, etc. Também é comum sentir pânico de altura, de elevador, de avião, túnel, ponte Rio-Niterói, de temporal, de afastar-se de casa para outras cidades ou países; são situações onde a saída e o socorro são difíceis. Cria desculpas para não sair de casa. E, com freqüência devido à incompreensão, começam a surgir os problemas familiares. Devido o mal estar constante, o ambiente familiar fica comprometido, chegando até a separação.

O portador do pânico sofre duplamente, pois além do sofrimento físico que a própria doença proporciona, sofre por não ser compreendido por alguns familiares. É comum o portador da síndrome ouvir frases como “reaja!”, “isso é frescura...”, “pára de chilique”, “você tem medo do quê?”

Fonte: site A Síndrome do Pânico Tem Cura