Mafalda |
Todos podemos nos sentir tristes com alguma situação específica, como a perda de um emprego, de uma pessoa querida, uma separação, a partida dos filhos para uma nova vida fora de casa... mas o que difere tristeza e depressão é justamente o motivo - ou a falta do motivo. Na depressão, nem sempre existe uma causa definida. Ela simplesmente acontece e se instala.
O tratamento varia de um paciente para outro. Existem vários tipos de antidepressivos, cada vez mais modernos, que podem ser usados. Vai depender de cada caso, das condições físicas do paciente e de doenças pré-existentes. Para isso, é importante que se procure um médico para que ele avalie essas condições e prescreva a medicação ideal. Se o paciente não se adaptar a esta primeira medicação, existem várias outras que podem ser testadas.
Os antidepressivos têm sido eficazes em 75 a 90% dos casos. A eficiência de todos é semelhante, o que costuma mudar são os efeitos colaterais de cada um. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem em dois meses e a pessoa pode se considerar clinicamente curada, mas alguns critérios sugerem que a partir do terceiro episódio de depressão o tratamento deve se prolongar por toda a vida.
O meu caso parece ser este. Acho que vou ter que tomar remédio pra sempre, como um hipertenso toma remédio para pressão ou um diabético sua insulina. Pra mim o importante é garantir qualidade de vida. Se pra isso for preciso tomar remédio, só me resta agradecer a existência desse remédio! Mas que foi difícil aceitar essa "necessidade", isso foi.
Além das medicações "tradicionais", existe também a opção pela fitoterapia. Procure se informar com um médico se no seu caso trata-se de uma boa indicação. Os remédios alopáticos costumam ser caros e a fitoterapia seria uma boa alternativa, ainda mais no Brasil, onde temos uma flora tão rica.
Desde criança minha mãe me dava alguns medicamentos fitoterápicos (industrializados), como Passiflorine, Maracujina... já adulta me receitaram Serenus também.
Além da medicação, para maior eficácia o tratamento geralmente é composto por acompanhamento psicológico. A psicoterapia mais usada nesses casos é a cognitiva comportamental, onde o psicólogo ajuda o paciente a entender e enfrentar melhor determinadas situações. É importante que o paciente se identifique com o psicólogo, que tenha empatia e se sinta à vontade para falar sobre si. Eu, por exemplo, já tive quatro psicólogas. Com uma delas fiquei por três anos seguidos, mas nunca havia falado sobre um grande trauma de infância que só fui falar com uma outra psicóloga com quem me tratei posteriormente. Com esta eu me sentia mais segura para falar sobre assuntos mais delicados e íntimos.
Para finalizar, não importa qual tratamento decida seguir, o importante é se cuidar e se sentir bem. :)
(Fonte: fitoterapia.com.br; webartigos.com)
Ola
ResponderExcluirEu, como você, me considero alguém que tomará remédios o resto da vida. Minha primeira "crise" foi aos 18 anos. Na verdade, acho que já tinha tido várias outras na infância mas, naquela época (hoje tenho 37), ninguém chamava de crise. Eu era apenas uma criança problemática. Desde os 18 oscilo entre diferentes drogas, faço interrupções temporárias dos medicamentos, mas não consigo pensar em sair de casa sem um Rivotril a tira-colo, embora o Rivotril não seja um tratamento, e sim um paliativo. Acho que você tem toda a razão em dizer que a depressão é o mal do século XXI, mas penso que é por um motivo diferente. Temos que trabalhar a um ritmo que não está de acordo com o nosso corpo, não temos tempo para o ócio, nossa vida está pré-moldada pra ser trabalho-família-consumo. O que a mídia e a nossa cultura estão todo o tempo nos empurrando é comprar, comprar, comprar. Assim, entramos em um esquema louco de trabalhar, pra ganhar dinheiro, pra comprar coisas que a gente não vai desfrutar porque não tem tempo porque tem que trabalhar. Isso é vida? E o pior é que é muito difícil sair dessa engrenagem. Simplesmente não temos tempo de fazer coisas que fariam bem ao nosso coração, como algum trabalho manual ou criativo, ajudar alguém, ter contato com a natureza e tantas outras. E o pior é que enfiaram na nossa cabeça que, nesse mundo, é cada um por si, que estamos sozinhos, que temos que pensar em nós antes dos outros. Que perspectiva podemos ter? Além disso, pense uma coisa: quem ganha com o aumento da venda de remédios? A indústria farmacêutica, claro, que é uma das mais poderosas do mundo. Em resumo, a culpa é, defintivamente, do "sistema", mas a pergunta é: como sair dele e continuar vivo?
Um forte abraço e parabéns pelo seu Blog!
Velha amiga, suas considerações são perfeitas, concordo com tudo, assino embaixo! Me sinto sufocada pelo (pouco) tempo pra fazer tudo que quero, ou melhor, que tenho que fazer. O que quero geralmente não dá tempo, porque a engrenagem não pode parar. Ficamos escravas, principalmente nós mulheres, de uma vida excessivamente exaustiva com trabalho, marido, filhos, estudo, lazer, cuidados mínimos com a saúde e a aparência... fora isso precisamos estar atualizadas, ler, reciclar, ir ao cinema etc etc etc... ufa! Ócio??? Pra muitos é preguiça, relaxamento, pra mim é necessário, revigorante! Obrigada pela visita, pelo comentário, volte sempre!
ResponderExcluirOi meninas, ao contrário de vcs, sofro de ansiedade pelo ócio, ou pela cobrança que as pessoas, a mídia, a vida vem nos dando. Digo pelo ócio porque hj infelizmente a minha ansiedade chegou a tal ponto, que não consigo mais trabalhar. Antes de ter minha primeira crise, tinha uma vida extremamente "normal". Acompanhava o meu marido pelo Brasil a fora (ele funcionário público), juntamente com o meu filho. Não trabalhei depois que me casei, mas comecei a sentir a cobrança das pessoas em me ver trabalhando fora de casa. Isso tudo começou a me desencadear uma ansiedade incrível, afinal, eu que era bem resolvida, comecei a me achar uma inválida para sociedade, principalmente para os familiares. Pronto... Tive minha primeira crise de pânico... E começou todas aquelas balelas que, nós, portadoras, sabemos... Preconceito, leva um bolo na creche que isso passa, vc tem que ter força de vontade, levanta da cama e vai fazer uma caminhada... Ufa!!! E a dor só piora, afinal, a gente não quer estar nesta situação, mas o corpo pede. É uma PATOLOGIA, que se desencadiou de alguma forma, mas que infelizmente me privou de ter a minha vidinha pacata e feliz. Hoje eu faço tratamento, graças a Deus, foi muito difícil para mim aceitar essa doença, devido ao que relatei. Mas nós que estamos num patamar de melhor conhecimento da situação devemos ajudar umas as outras e a população, doente ou não, de se concientizar que é um problema grave, mas que tem suas manobras.
ResponderExcluirQueria agradecer a este blog maravilhoso, que por acaso encontrei no google... Rss... Pela ajuda, compreensão e inclusão de, nós, portadores de algum transtorno de ansiedade, dentro da sociedade, que, diga-se de passagem "normal".
Escrever aqui foi um desabafo e um conforto muito grande para mim.
Obrigada pela iniciativa desse blog.
Você está de parabéns!
Bjs!
Obrigada pela sua visita, anônimo do dia 8/03!! Fico feliz que tenha gostado! Volte sempre!!!! Saúde e paz!!!! :)
ResponderExcluirObrigada pela sugestão.
ResponderExcluirAbraços, saúde e paz.