quarta-feira, 27 de março de 2013

O esporte para superar o pânico

Sandro Torres em uma prova de triatlo
O carioca Sandro Torres, de 39 anos, foi atleta de natação nos anos 90, mas deixou o esporte de lado no início de 2000. Depois de se casar, parou com tudo para assumir o compromisso de tentar estabilizar a renda de casa. (...) 

Após se tornar vítima de assalto em um ônibus, quando teve inclusive uma arma apontada para a barriga da esposa, Sandro passou meses tentando lidar com a síndrome do pânico. O esporte se transformou na saída para terminar com o medo que o impedia de sair às ruas. (...)

Confira abaixo o relato de Sandro sobre a história de superação através do esporte:

Quando minha esposa ficou grávida do segundo filho (Gabriel), em 2012, sofremos um assalto dentro de um coletivo. (...) Foi um trauma terrível: fiquei oito meses sofrendo (...) Perdi as contas de quantas madrugadas passei acordado olhando para a porta de casa com medo do bandido voltar e tentar fazer alguma coisa com a minha família. Ir e voltar do trabalho era uma tortura para mim, chegava sempre com muito medo e saía em pânico, porque teria que entrar em um coletivo. (...)

Resolvi ir a um clínico geral, contei todo o problema para ele, e foi ali naquele momento que a minha vida começou a tomar novos rumos. Fui encaminhado a uma psicóloga, a Dra. Patrícia Barretto, que me encorajou, através do esporte. (...) No inicio, o meu grande desafio era vencer o medo de sair na rua para praticar esporte. Me sentia uma pessoa assustada com tudo ao meu redor, no entanto, também sentia uma grande vontade de estar ali podendo fazer coisas normais como todos. (...) Pesquisei na internet um esporte diferente e li uma matéria do apresentador Luciano Huck, que havia feito o primeiro triatlo ao completar 40 anos. Achei isso o máximo, até porque já estou beirando os 40 também.

Isso foi o primeiro passo no esporte, procurei uma assessoria esportiva para começar a treinar e me dedicar. Minha rotina de vida mudou completamente. Hoje, acordo todos os dias às 4h da manhã para treinar com a minha equipe em Copacabana, levo as crianças para a escola e tenho que estar às 9h no trabalho. (...) Sou uma pessoa feliz e mais confiante.

Agora, posso compartilhar com a minha família, amigos e, principalmente, com meus filhos a alegria de poder mostrar que consegui superar o medo através do esporte e me tornar um atleta de triatlo. Tento disponibilizar o tempo perdido nos finais de semana para levá-los para praticar esporte. Seja correndo, nadando e pedalando. Assim, eles vão crescer praticando atividade física e me acompanhando também nas competições, como já fazem".



Sandro com a família e a paixão pelo triatlo


Fonte: globoesporte.com
(reportagem: Bebel Clark e Igor Christ / fotos: arquivo pessoal Sandro Torres)

2 comentários:

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