Parque Flamboyant, Goiânia |
e o interessante é que muitas pessoas, falam, falam, quando na verdade só quem passa por esse tipo de problema é que sabe de fato como é. Respeitando, é claro, os profissionais da área.
Há um ano exatamente passei por isso, fiquei cerca de dez dias sentindo os piores sintomas, a ponto de não conseguir me locomover até a esquina próxima de casa, sem querer ver ninguém, exceto minha mãe e minha esposa, pessoas em quem
tivesse total confiança. Tentei resistir, mas ao mesmo tempo fraquejava pensando que não sairia daquela. Procurei então um profissional e enfim... o diagnostico: Transtorno do Pânico. "Medo de tudo"!
Daí então travei uma batalha comigo mesmo, uma vez que já sentia que as pessoas ao meu redor estavam a ponto de surtarem também, devido à tanta preocupação. Foi aí que resolvi levantar a cabeça. Levantar literalmente...
Já fazendo uso da medicação prescrita, mas ainda sem muita melhora, lembro-me que ao levantar em um certo dia, saí no quintal de casa e olhei pro sol já bem quente - coisas simples que não conseguia mais fazer, pois tinha medo da
luz, e o som do dia também me incomodava bastante.
Enfim... mesmo assim, busquei lá de dentro um resto de força e coragem que ainda tinha. Pensei então: vou sair! Dar uma volta, visitar algumas pessoas, conversar, tentar sorrir de novo...
Mas só eu sabia o quão difícil estava sendo aquele momento.
Imagina só! Um personagem de história de ficção, congelado! Começando a andar e o gelo se quebrando. Ou uma engrenagem voltando a funcionar.
Isso foi tremendamente importante, pois foi nesse momento que parte da angústia passara a se transformar em algum tipo de alegria.
Algo que contagiava, vontade de viver outra vez, uma alegria que me dizia que ali seria o recomeço.
Daí em diante foi um processo de reabilitação, no qual até hoje faço uso de algum medicamento. Ainda assim me sinto ótimo, graças a Deus, e diria até que aprendi algo com isso.
No entanto, o mais importante que pude observar nesses casos é que, como esse trabalho que vocês desenvolvem aí no Rio, a melhor forma de conter esse problema é poder dividir tudo isso com alguém que também já passou ou passa por essa dolorosa experiência. Essa sim é, com toda certeza, a forma mais eficaz de entender que é possível viver com isso... e o mais importante: viver feliz!
Parabéns pela iniciativa.
André, Goiânia/GO
Karen, você conhece algum lugar, de preferência no RJ, que recebe doações de ansiolíticos?
ResponderExcluirOlá. Infelizmente, desconheço. Mas vamos procurar saber se existem algum? Você teria esse tipo de medicação para doar?
ExcluirAbraços.
Dei uma pesquisada pela internet, porém, não encontrei nenhum. Sim, eu tenho alguns ansiolíticos para doar.
ExcluirEstou tentando ver isso também. Como se trata de remédios controlados, creio que somente em alguma clínica psiquiátrica, posto de saúde (SUS)...
ExcluirSe souber de algum local avisa aqui, por favor. Obrigada pela atenção :D
ExcluirMuito bem André vc é um exemplo pra muitos que passam por isso, sempre é bom compartilhar nossas experiências pq ela podem ajudar muitas pessoas, que Deus te conceda sempre sabedoria pra lidar com situações como essas e outras também.
ResponderExcluirObrigada Gracielle! Mas temos que ficar grato à pessoas como a Karen que desenvolve esse trabalho magnífico que com certeza irá servir como exemplo e apoio para muitas pessoas que sofrem com esse mal do mundo moderno...
ResponderExcluirRealmente o trabalho da Karen é magnifico e com certeza irá ajudar muitas pessoas que se escondem por traz desses transtornos, pois existem muitos que se escondem com medo de criticas ou do que as pessoas irão falar. Parabéns pelo seu trabalho Karen desejo muito sucesso e que vc possa ajudar muitas pessoas com seu trabalho.
ExcluirObrigada pelo carinho e apoio!!! Vamos em frente, há muito pelo o que lutar! ;)
ResponderExcluira nadadora rebeca Gusmão rebateu o padre Marcelo. ta no extra ! tentei compartilhar, mas não consegui.
ResponderExcluirExcelente!!!! Muito obrigada! Vou compartilhar com todos aqui no blog! :)
ExcluirExcelente depoimento. Parabéns André!
ResponderExcluirApós 07 meses desempregada, passando por um momento de agústia, aflição, decepção e muita porta fechada na cara, descobri a Síndrome do Pânico.
Li alguns artigos no Google, depoimentos e não quis acreditar. Como faço tratamento para TAG, vi que estava mais propensa a desenvolver outras patologias. A princípio é dificil aceitar, sempre tem o questionamento "por que eu?". As vezes paro pra pensar como seria mais fácil a minha vida, sem a ansiedade, o pânico, o sono por causa dos remédios, os dedos sem dor devido as unhas ruídas até a carne.
Mas acredito q temos um propósito nesse mundo, e que existem pessoas passando por situações tão complicadas e que muitas vezes não tem solução e aceitam com serenidade, a exemplo dos nossos irmãos na Africa com o ebola.
Então, tenho buscado o tratamento com medicamento, exercícios físicos, músicas relaxantes (NEW AGE por exemplo), artesanato, meditação, o estudo e a prática da fé em Deus.
Só digo uma coisa, não desistam, vcs nao estão sós e existem coisas maravilhosas nesse mundo e em suas vidas para serem vividas!
Abraços a todos.
Muito obrigada pelo seu comentário! Parabéns pelo seu empenho em se tratar e se sentir bem! :)
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