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A partir de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) constatou que o medicamento "metilfenidato", comercialmente e popularmente mais conhecido como Ritalina, teve um aumento de 373% em sua produção e importação no Brasil em dez anos e 775% de aumento em seu consumo. O produto é utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, o TDAH.
Será que esse aumento é um reflexo de uma maior busca por tratamento ou seria consequência de um diagnóstico sem avaliação adequada e cautelosa?
Na maioria das vezes, a criança ou o adolescente é diagnosticado sem ser considerado seu contexto social, histórico e questões emocionais.
A avaliação deveria ser realizada por uma equipe multiprofissional, não centralizando no psiquiatra. Infelizmente, muitos psiquiatras não consideram desenvolver um trabalho em conjunto com outros profissionais da área da saúde, como o psicólogo. Mas só a medicação não trata!!!
Após o diagnóstico, é importante que, concomitantemente ao medicamento - quando este for necessário - o paciente seja acompanhado por uma psicoterapia para que ele possa aprender a lidar com suas dificuldades. E é importante que os familiares também sejam encaminhados para um psicólogo, para que sejam orientados e aprendam a administrar questões relacionadas ao paciente.
Devido à ansiedade da família, a busca por ajuda é voltada para uma resolução rápida e mais cômoda possível, reforçando a cultura de que somente a medicação resolverá o problema. Em muitos casos o resultado positivo é imediato, mas não cria-se habilidades saudáveis para lidar com as dificuldades, para aliviar o desconforto e inabilidades fora, não buscando as suas próprias ferramentas. Buscando e desenvolvendo suas habilidades interiores.
Por que as crianças francesas recebem menos diagnóstico de TDAH?
Além de não usarem o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, ou DSM, os psiquiatras franceses veem o TDAH como uma questão psicossocial e situacional, levando em consideração a avaliação do contexto social da criança.
A preocupação do tratamento é dar suporte para que o paciente saiba lidar com suas dificuldades e também à família do paciente, buscando a causa social subjacente aos sintomas.
Nós, profissionais da área da saúde, devemos ter cuidado para não priorizar a avaliação da doença, evidenciando os sintomas, mas sim, ter como prioridade compreender o paciente enquanto "pessoa", com seus históricos e singularidades.
Tel.: (21) 9 9165-0576
No ataque de panico a gente vê o rosto da morte mas ela não quer nada conosco, ainda bem, só que fica um sofrimento que parece que estamos no colo dela, ufa!! que doença safada de sentir.
ResponderExcluirAntonio bem isso faz um mes q me deu a primeira crise achei q eu estava infartando achei q eu iria morrer..
ExcluirA psicologa Rosanna é uma profissional brilhante, enriquece muito o blog. Vivemos num mundo Touch Screen (toque na tela) e faz muita falta o Touch Skin (toque na pele) por isso é muito importante os grupos de apoio mutuo. Conversas só por celular, rede social e outras mídias nos torna carente e superficiais e ansiosos e solitários na multidão.
ResponderExcluirComo faço para conseguir um tratamento gratuito para meu filho, que está com problemas comportamentais e agressivo? Ajudem- me por favor... Obrigada
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